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A história da linha Moto G após 10 gerações

Por| Editado por Léo Müller | 16 de Fevereiro de 2022 às 12h09

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Eric Mockaitis
Eric Mockaitis

A Motorola sempre foi uma marca muito forte no mundo dos celulares, desde o queridinho Razr V3. E isso não foi diferente quando ela inaugurou a linha Moto G, que conseguiu abalar toda a indústria de smartphones na época. Neste artigo, vamos contar um pouco da história dessa linha tão querida e amada que trouxe aparelhos memoráveis ao consumidor brasileiro.

A proposta não é apenas citar cada modelo e suas especificações técnicas. Inclusive, porque elas não servem de muita referência para o que temos hoje em dia, mas, nem por isso, deixaram de ser o auge quando foram lançadas.

O que pretendo aqui é apenas relembrar os principais modelos Moto G e comentar brevemente sobre alguma função ou destaque que eles receberam.

Além disso, a linha Moto G está quase completando 10 anos de existência e, por isso, decidimos fazer uma breve linha do tempo para entendermos como ocorreu toda a evolução de uma gigante da tecnologia.

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Primeiro, um pouco de história

Antes de começarmos a comentar sobre os aparelhos, primeiro é preciso relembrarmos um pouco de como era o mercado de smartphones há alguns anos.

Mais especificamente, estou falando do período de 2011 a 2013. Nessa época, a Motorola já não era mais aquela referência em smartphones. Ela teve alguns modelos aqui e ali, mas nada perto do sucesso que teve, por exemplo, com o Razr V3.

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Por isso, ela tinha essa urgência de impactar novamente o mercado. Isso porque, nesse período tínhamos grandes players roubando todos os consumidores. Principalmente a Apple com seu iPhone, e a Samsung com os aparelhos Galaxy.

Quando a Motorola percebeu que não conseguia emplacar um concorrente à altura, resolveu seguir por outro caminho. Agora já sob a tutela da Google — que comprou a fabricante de smartphones em 2011 — tentou produzir um dispositivo que entregasse tanto performance quanto funcionalidades, mas sem extrapolar no preço, trazendo o famoso custo-benefício.

Dessa forma, ela não só conseguiu chamar a atenção de milhões de consumidores, como também inaugurou o segmento de smartphones que, hoje, categorizamos como intermediários.

Tudo isso graças ao seu primeiro aparelho mediano realmente competitivo, o Moto G.

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Sob o guarda-chuva de Lenovo desde 2014, a Motorola continua dando continuidade à família Moto G, que agora já tem inclusive alguns modelos que concorrem com os principais top de linha.

Moto G, o pioneiro

O conceito de intermediário como conhecemos hoje surgiu quando a fabricante, que até então pertencia à Google, lançou o Moto G. Em 2013, quando ele foi anunciado, não existia a opção “meio termo”. Ou você adquiria um celular top de linha, que era mais caro, ou então apostava em um barato, que muitas vezes não funcionava direito.

Com o Moto G, era possível ter um celular que conseguia rodar diversos aplicativos, obviamente não todos e não com um excelente desempenho, mas que nunca deixa o usuário na mão.

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Isso foi possível porque a empresa conseguiu integrá-lo com um chipset quad-core (na época era sinônimo de grandes performances). Contudo, foi preciso realizar diversos outros cortes para encaixá-lo na faixa de preço desejada — abaixo de R$ 700.

Moto G2

Já no ano seguinte, a Motorola lançou o Moto G 2014 (ou G2 para os íntimos), com discretas mudanças, mas continuando com o sucesso de vendas e fama.

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Um destaque deste modelo foi a compatibilidade com TV Digital, que fez um certo sucesso aqui no Brasil.

Ainda assim, não foi um dos modelos mais memoráveis. Ele já se mostrou defasado e talvez apressado em ser lançado. O Moto G2 4G (2ª Geração) sequer tinha suporte à rede 4G, recurso essencial para a época.

Apesar disso, a linha Moto G continuava a se solidificar no segmento de intermediários, até porque não possuía (ainda) muitos concorrentes.

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Moto G3

Na geração seguinte, tivemos algumas novidades mais expressivas, e o Moto G3 veio para corrigir alguns probleminhas do irmão mais velho.

Entre elas, a tão aguardada conectividade ao 4G finalmente estava disponível no intermediário. Dessa forma, era possível ter um celular acessível que conseguia oferecer uma excelente velocidade ao navegar pela internet móvel.

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O Moto G3 foi lançado já sob a nova chefia da Motorola, que deixou de ser uma empresa pertencente à Google quando foi comprada pela gigante chinesa Lenovo.

Além disso, este aparelho veio com certificação IPX7, que garantia resistência à água, mesmo mergulhando até um metro de profundidade. Outra novidade foi a chegada do sistema de carregamento Turbo Power.

Este era o início do carregamento rápido em smartphones, e a Motorola foi uma das pioneiras nesse tipo de tecnologia. Hoje em dia, vemos praticamente todos os modelos sendo compatíveis ou que oferecem recarga rápida. Mas, na época do Moto G3, ele foi um dos primeiros.

Moto G4

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Agora na quarta geração da linha Moto G, ela começa a ter uma carinha parecida com a que a gente conhece hoje. Foi a partir do Moto G4 que tivemos a diversificação de versões diferenciadas.

Ou seja, neste momento, foram inauguradas as opções Play e Plus, que traziam propostas mais específicas, além, é claro, do modelo base. Com isso, a Motorola conseguiu atingir consumidores de forma ainda mais ampla.

Outra novidade do Moto G4 é a presença do leitor de impressões digitais, que hoje já é o clássico logo na traseira do aparelho. Isso foi trazendo um ar de requinte para os intermediários.

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Por conta disso, obviamente, seus preços também começaram a aumentar. Ainda assim, tinham valores bastante competitivos no segmento e conseguiam atrair muitos interessados.

Moto G5

No Moto G5, tivemos outro tropeço por parte da marca. Ao invés de lançarem a linha completa, com todas as inovações propostas, ela veio “parcelada”.

No começo do ano, tivemos a chegada dos Moto G5, G5 Play e G5 Plus, que já não vinham com muitas melhorias em relação a seus predecessores. Entretanto, foi no segundo semestre de 2017 que chegaram os novos modelos: Moto G5S e Moto G5S Plus.

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Esses sim tinham mais novidades e justificavam o upgrade para o novo modelo. Mas, não é para surpresa de ninguém que os consumidores não ficaram satisfeitos de comprarem um celular que ficou defasado no mesmo ano.

Por conta disso, a fabricante não repetiu essa estratégia e seguiu com lançamentos anuais para a linha Moto G.

Ainda assim, o Moto G5 trouxe o conjunto duplo de câmeras traseiras para a família, tornando-se mais competitivo com os concorrentes. Concorrentes esses que começavam a roubar novamente os clientes da Motorola.

Moto G6

Cada vez mais, a família Moto G começa a adotar uma aparência mais premium. Com o Moto G6, não foi diferente. Agora temos um acabamento em vidro e finalmente uma evolução na tela, o padrão “Max Vision”.

Neste modelo, a tela aumentou consideravelmente e mudou sua proporção, saindo do 18:9 igual ao que vemos em TVs para algo mais alongado e trouxe mais imersão para conteúdos consumidos no aparelho, desde filmes e séries até jogos.

Além disso, o Moto G6 não trouxe grandes outras novidades, mas ainda assim marcou seu lançamento. Contudo, já estávamos tendo sinais que a linha estava começando a definhar perante concorrentes de peso como a Xiaomi.

Moto G7

A sétima geração da família intermediária da Motorola foi tão tímida quanto sua antecessora. Não trouxe grandes novidades, a não ser pela adoção do notch em formato de gota na tela, característica que ficou marcante na linha a partir desse modelo.

Além disso, foi na sétima geração que a marca implementou mais uma versão, o Moto G7 Power, com grande foco na bateria. Com isso, temos consolidado a aparência da linha Moto G que conhecemos até 2021. Com a versão base, Play, Plus e Power.

Contudo, a linha Moto G continuou a perder força e, mais uma vez, não estava emplacando tanto sucesso quanto antes. Porém, isso estava para mudar um pouco no próximo ano.

Moto G8

O Moto G8 conseguiu reviver um pouco da glória que a marca conquistou ao longo da década de 2010. Ele trouxe algumas melhorias e inovou bastante no quesito design e também tecnologia de câmeras.

Afinal, foi a partir dele que a Motorola começou a utilizar o famoso “Quad-Pixel”, recurso que sintetiza quatro pixels da foto em apenas um. Na prática, isso proporciona uma imagem muito melhor, com mais qualidade e bastante nitidez.

Ainda nesta geração, a fabricante trouxe melhorias significativas para o sistema de som, que agora era estéreo em duas versões do aparelho: no Moto G8 Plus e no Moto G8 Power.

Inclusive, o modelo Plus foi considerado um dos melhores intermediários do ano, devido a suas configurações e hardware presente. Ele conseguiu, mais uma vez, subir o patamar da linha.

Moto G9

No final de 2020 é quando vimos a chegada do Moto G9. De novo, algumas melhorias no quesito componentes, mas o grande destaque fica para a chegada do suporte ao 5G.

Além dessa nova compatibilidade com a quinta geração de dados móveis, o Moto G9 vinha com um conjunto quádruplo de câmeras e uma bateria de 6.000 mAh. Isso resultou em um celular muito competitivo mesmo frente aos concorrentes já estabelecidos no mercado brasileiro.

Por fim, outro upgrade muito bem-vindo foi a adoção da linha 700 do chipset Snapdragon. Finalmente a Motorola começou a embarcar no seu flagship um processador bastante competente e que trazia uma performance diferenciada para o segmento.

Moto G10

Por fim, chegamos à atual geração da linha Moto G e, aqui, as coisas começam a tomar um rumo totalmente diferente do que vimos até agora. Isso porque a marca resolveu criar uma sub-segmentação dentro da família de intermediários.

Isto é, agora temos os Moto G básicos, intermediários e top de linha, quebrando com a ideia de “Moto G = celular mediano”. Já que a partir de 2021, temos um modelo específico para cada tipo de consumidor, desde aquele que gosta do simples até o mais faminto por recursos e inovações.

Dessa forma, a família foi dividida entre: Moto G10, Moto G20, Moto G30, Moto G60 e Moto G100 (pelo menos esses foram os modelos que vieram para o Brasil). E já temos também o Moto G200, que é o sucessor do G100.

Assim sendo, os primeiros da linha são os básicos, até o Moto G30, que já tem cara de intermediário. Por isso, contam com componentes bastante humildes e sem grandes destaques.

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