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Review Redmi 10 Power | Celular para quem prioriza a bateria

Por| Editado por Léo Müller | 21 de Outubro de 2022 às 10h35

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Review Redmi 10 Power | Celular para quem prioriza a bateria
Review Redmi 10 Power | Celular para quem prioriza a bateria
Redmi 10 Power

Redmi 10 Power é um celular com 6.000 mAh de bateria e hardware intermediário. O modelo foi lançado no mercado indiano e atrai justamente pela promessa de muito tempo longe da tomada.

Além do foco em bateria, o celular de uma das submarcas da Xiaomi traz câmera de 50 MP na traseira, com promessa de fotos cheias de detalhes. Será que o dispositivo consegue entregar todas as promessas?

Eu analisei o Redmi 10 Power e conto tudo sobre o celular da Xiaomi na análise a seguir.

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Design e Construção

  • Dimensões: 169,6 x 76,6 x 9,1 mm
  • Peso: 203 gramas

O Redmi 10 Power tem tampa traseira texturizada em plástico. A pegada é excelente por conta dessa textura, e o celular não escorrega das mãos. Um quadrado no canto superior esquerdo abriga o leitor de impressão digital e as duas câmeras, além do flash LED.

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As laterais também são de plástico, com o topo e a parte inferior retas, e os lados curvos. Os botões de volume e energia ficam na direita, enquanto a gaveta de chips se localiza na esquerda. Embaixo, saída de som e conector USB-C. O conector de fone de ouvido fica no topo.

A parte frontal traz tela com poucas bordas e um pequeno recorte em gota centralizado para a câmera frontal. O display é protegido por um vidro Gorilla Glass 3.

Não há informação sobre proteção contra água no Redmi 10 Power. O celular pode ser encontrado nas cores preto e laranja.

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Tela

  • Tamanho: 6,7 polegadas, 106,2 cm² de área, ~81,7% de ocupação;
  • Tecnologia do painel: IPS LCD;
  • Resolução e proporção: HD (720 x 1650 pixels), 21:9;
  • Densidade aproximada: 269 pixels por polegada.

O único diferencial da tela do Redmi 10 Power é a sua proporção de cinema. Com isso, assistir a filmes no celular fica bastante confortável, geralmente sem as faixas horizontais que ajustam a imagem ao display.

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De resto, é uma tela normal, com painel IPS LCD e, portanto, contraste inferior a modelos com display OLED. O nível do brilho é razoável, mas também fica abaixo de aparelhos com outro tipo de painel.

Para a proposta deste modelo, está de bom tamanho. Porém, a resolução é HD, o que pode gerar alguns serrilhados em imagens. Além disso, o aparelho está limitado à taxa de atualização de 60 Hz.

Configuração e Desempenho

  • Sistema operacional: Android 11 sob MIUI 13;
  • Plataforma:Qualcomm Snapdragon 680 4G (6 nm);
  • Processador: Octa-core (4x 2,4 GHz Kryo 265 Gold + 4x 1,9 GHz Kryo 265 Silver);
  • GPU: Adreno 610;
  • RAM e armazenamento: 8/128 GB.
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O Redmi 10 Power conta com o Snapdragon 680 como processador. Trata-se de um hardware intermediário com potência próxima a modelos de entrada. Não é muito potente, mas dá conta de tarefas mais simples do dia a dia.

A pontuação do Redmi 10 Power nos testes do Wild Life e Geekbench só foram melhores do que os de Galaxy A03 e Moto E32, entre os modelos 2022 testados no Canaltech. São resultados pouco animadores, ainda mais para um aparelho com 8 GB de memória RAM.

A boa notícia é que, apesar disso, o smartphone consegue rodar bem jogos otimizados para Android, como o Asphalt 9. Neste ponto, o uso da resolução HD foi inteligente, pois exige menos do hardware para renderizar imagens, já que tem menos pixels.

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Enfim, o fato de ter 8 GB de memória RAM me parece um exagero. O Snapdragon 680 não é um processador muito veloz, e tanta memória não evita alguns gargalos de desempenho.

Interface e sistema

O software do Redmi 10 Power está um pouco defasado, ainda com o Android 11. Ao menos, ele já sai da caixa com a MIUI 13 instalada, com algumas novidades em relação à versão nativa do Redmi 10.

Não há informações sobre a possibilidade de o aparelho ser atualizado para outra versão do Android. Também não foi informado pela Xiaomi quantas atualizações da MIUI ele vai receber.

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Este modelo não tem NFC e traz o leitor de impressão digital na traseira, junto ao módulo de câmeras. Achei o local um pouco difícil de alcançar, mas dá para se acostumar com um uso mais prolongado.

Câmeras

  • Principal: 50 MP, abertura f/1.8, auto foco;
  • Profundidade: 2 MP, abertura f/2.4;
  • Selfies: 5 MP, abertura f/2.0;
  • Vídeos: 1080 a 30 fps (máximo).

A câmera traseira do Redmi 10 Power possui alta resolução e uma boa abertura de lente. E é acompanhada por um sensor extra de profundidade, que ajuda a recortar o fundo no modo retrato.

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Mas as fotos tiradas com o celular não ficam muito boas. Falta melhorar a faixa dinâmica, já que mesmo com o HDR no automático, ele prefere escurecer áreas importantes para não estourar regiões claras do enquadramento.

Não fosse isso, seria um smartphone bom para fotos. No geral, dá para fazer registros ocasionais, especialmente se for possível trabalhar bem a luz disponível e evitar que áreas muito claras comprometam o registro de detalhes nas áreas mais escuras.

Selfies e gravação de vídeo

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Com apenas 5 MP de resolução, a câmera frontal do Redmi 10 Power não faz um bom trabalho. As fotos não ficam imprestáveis, e mesmo em ambientes bem iluminados, há uma quantidade grande de granulação e ruídos. Além de ficarem escuras.

A gravação de vídeo fica limitada ao 1080p, mas ao menos é decente. Dá para fazer registros ocasionais, especialmente se a iluminação for boa.

Vídeo gravado com o Redmi 10 Power

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Sistema de Som

Diferente do Redmi 10, o modelo Power tem som mono. O áudio não chega a ser ruim e tem boa potência, mas dá para notar que os médios são priorizados, enquanto graves praticamente inexistem. E os agudos distorcem em volumes maiores.

Ao menos o Redmi 10 Power tem conector P2 para fone de ouvido. Além disso, é possível usar o Bluetooh 5.0 para utilizar saídas de som externas, incluindo fones de ouvido sem fio.

Bateria e Carregamento

  • Capacidade de carga: 6.000 mAh;
  • Recarga: 18 W com fio.

Duração da bateria é o grande destaque deste celular. O Redmi 10 Power tem 6.000 mAh e não é apenas um tanque grande: também é eficiente. Isso ficou claro em dois testes realizados aqui no Canaltech.

O primeiro é o de reprodução de vídeo online na Netflix. Com brilho da tela em 50%, o celular da Xiaomi consumiu apenas 11% da carga em três horas. Isso dá uma estimativa de 27,3 horas de uso total. Mais de um dia só em reprodução de vídeo.

No teste de uso real, foram apenas 14% consumidos em seis horas de vídeos, redes sociais, mensageiros e jogos. O teste teve mais de 3,5 horas de tela ativa, e ficou com média de 2,3 pontos percentuais gastos a cada hora.

Mantendo este ritmo, o Redmi 10 Power demoraria mais de 43 horas para descarregar totalmente. Contando as horas de sono, podemos imaginar que ele fique mais de dois dias longe da tomada com relativa tranquilidade.

O problema é a recarga. Com um adaptador de parede de 10 W na caixa, demora bastante para preencher todos os 6.000 mAh. Prepare-se para mais de duas horas para este processo ser concluído. Ou compre separadamente um carregador de 18 W, potência máxima suportada pela bateria do aparelho.

Concorrentes Diretos

É difícil encontrar um bom concorrente para o Redmi 10 Power por conta de sua bateria durável. Pensando neste aspecto, o Moto G32 poderia ser uma boa substituição, já que também tem bateria para mais de dois dias.

De resto, você fica com opções tão boas quanto em outros aspectos, mas sem a alta capacidade de bateria. E aí pode optar por Redmi 10CRedmi Note 11 e Galaxy A23. Eu iria além e recomendo um ainda melhor que todos esses: o Galaxy M23, que já tem 5G e é ainda mais potente.

Redmi 10 Power: vale a pena?

O Redmi 10 Power é um celular que cumpre a sua principal proposta: oferece excelente autonomia longe da tomada. De resto, não tem nada que estrague a experiência, desde que você tenha em mente que trata-se de um intermediário 4G.

Ou seja, é um smartphone que já não tem a potência de um concorrente com 5G. Daí a minha recomendação pelo Galaxy M23, que tem preço semelhante aos outros concorrentes do Redmi 10 Power, e é fácil de encontrar à venda no varejo online do Brasil.

E aí entra o ponto mais sério de desvantagem do celular da Xiaomi: ele é exclusivo do mercado indiano. Não é fácil importar um modelo destes para o Brasil, e não está à venda em sites como AliExpress — pois não está disponível no mercado chinês.

Ou seja, você fica com opções limitadas se fizer questão do Redmi 10 Power. Se quiser bateria com duração semelhante, sugiro o Moto G32. Mas se a sua opção é por outro Xiaomi, tem o Redmi 10C. Eu ainda acho o Galaxy M23 mais vantajoso.