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Review Redmi 10 5G | Celular da Xiaomi simples demais

Por| Editado por Léo Müller | 09 de Dezembro de 2022 às 10h34

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Review Redmi 10 5G | Celular da Xiaomi simples demais
Review Redmi 10 5G | Celular da Xiaomi simples demais
Redmi 10 5G

Em agosto de 2022, a Xiaomi atualizou sua linha de celulares mais acessíveis no Brasil e trouxe ao nosso mercado o Redmi 10 5G. O modelo se destaca por oferecer a conectividade de rede móvel da nova geração para um segmento mais básico da marca, para quem quer pagar menos sem deixar de lado uma velocidade alta de internet.

Entre suas características, no entanto, está um chip de desempenho médio, combinado com boas opções de memória e armazenamento dentro da categoria de celulares de entrada.

Mas será que realmente vale a pena optar por este celular? Eu testei o Redmi 10 5G por alguns dias e agora trago o meu veredito sobre o “baratinho” da Xiaomi para te ajudar a decidir se compensa ou não o investimento neste smartphone.

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Design e Construção

O Redmi 10 5G tem um design bem simples, o que é normal para um aparelho de sua categoria. Ele conta com o acabamento em plástico na traseira, mas suas laterais são feitas em metal, o que deixa ele um pouco mais pesado, com 190 gramas.

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A dupla de câmeras fica alojada em um módulo retangular no canto superior direito, e a finalização da traseira é feita com uma textura de padrões em ondas. Na frente, sua tela é cortada por um entalhe em forma de gota, que dá espaço para a lente para selfies. As bordas não são tão finas, mas não chegam a ser espessas demais.

O aparelho ainda conta com um sensor de impressões digitais, que divide espaço com a tecla power na lateral direita, logo abaixo dos dois botões de controle de volume. Na parte inferior, encontramos o speaker, um microfone e a entrada USB-C, enquanto na superior há um sensor infravermelho e um conector para fones de ouvido.

Tela

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O Redmi 10 5G conta com uma tela IPS LCD de 6,5 polegadas com resolução de 1080 x 2048 pixels e taxa de atualização de 90 Hz. Aliás, esse é um ponto positivo, já que o telefone não para nos 60 Hz que são o padrão da categoria.

A tela é apenas “ok”. Não chega a ser uma tela boa e, sob uma luz solar muito forte, pode ser um pouco difícil enxergar o conteúdo exibido mesmo com o brilho definido no máximo. Mas, em locais fechados, é possível ver tudo com clareza, mas sem muita vivacidade.

A proteção ainda é Gorilla Glass 3, que já é um pouco ultrapassada, então é recomendado tomar um cuidado maior para evitar arranhões ou danos no display.

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Configuração e desempenho

O Redmi 10 5G é equipado com plataforma móvel MediaTek Dimensity 700, que garante o suporte à rede móvel 5G. O chip é de médio desempenho e tem frequência máxima de 2,2 GHz em apenas dois núcleos, enquanto os outros seis são de 2,0 GHz, portanto não espere muito em termos de eficiência. Ele conta, ainda, com combinações que chegam a 128 GB de armazenamento interno e 6 GB de RAM.

Para navegação em redes sociais, é possível notar bastante lentidão e alguns engasgos mesmo ao rolar o feed do Twitter ou Instagram. Não chega a travar, mas também não executa com fluidez.

Já para jogos, eu me surpreendi — reduzindo a qualidade gráfica e a taxa de quadros é possível ter uma performance relativamente boa em Call of Duty Mobile. Já peguei smartphone melhor que não se saiu “tão bem” assim.

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Em relação ao teste padrão de desempenho, o Redmi 10 5G atingiu a marca de 309 pontos na análise Wild Life Extreme Unlimited e 1.136 na Wild Life Unlimited, do app 3D Mark. Essa não é uma marca tão ruim, já que é inferior à do Galaxy A13, mas, pelo menos, fica acima do Moto G60, por exemplo.

Usabilidade

O Redmi 10 5G conta com uma versão bem recente da interface personalizada da Xiaomi, a MIUI 13. Isso quer dizer que muitos dos recursos mais atuais da companhia chinesa já estão disponíveis nele.

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No entanto, a UI é ainda mais capada neste telefone. Enquanto muitos modelos já têm funcionalidades limitadas — como a ausência dos Super Wallpapers — este aparelho sequer tem o modo Segundo Espaço, que cria um segundo “perfil” para garantir mais segurança ao acesso de apps bancários, por exemplo.

Câmera

O Redmi 10 5G conta com uma dupla de câmeras traseiras, com um sensor principal de 50 MP e um de profundidade de 2 MP. Isso quer dizer que apenas uma lente poderá ser usada para capturar imagens, enquanto a outra serve apenas para aplicar um efeito desfocado no modo retrato. Já a câmera de selfies tem resolução ainda mais modesta, com 5 MP.

A câmera, no geral, tira fotos bem simples. O sensor principal, mesmo com 50 MP, não é capaz de captar tantos detalhes, e as cores são mais “mortas”, sem muita intensidade. As imagens feitas de plantas ou árvores, por exemplo, deixam claro que a câmera não é o forte desse celular.

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Ao menos ele trabalha bem para compensar a claridade e não estoura o branco do céu. Infelizmente, não tive a sorte de testar sua câmera em um dia ensolarado, mas as fotos ao ar livre com tempo aberto mostraram um desempenho aceitável neste quesito.

Já as selfies, por sua vez, ficam bem granuladas mesmo com boa iluminação, principalmente se as fotos forem feitas dentro de casa. Ao ar livre, há uma pequena melhora, mas ainda há um pouco de pixelização.

Gravação de vídeo

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A gravação de vídeo do Redmi 10 5G não fica muito boa. O celular filma em 1080p a 30 fps no máximo, tanto com a câmera traseira quanto com a frontal.

A resolução é bem baixa, assim como já acontece com as fotografias, mas outro ponto negativo das filmagens é que a estabilização é bem ruim, então os vídeos podem sair bastante tremidos. Veja, abaixo, exemplos de vídeos feitos com a câmera traseira e frontal do Redmi 10 5G.

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Sistema de som

O Redmi 10 5G conta com um sistema mono de áudio, como já é de se esperar de um modelo desta categoria. A qualidade sonora não é das melhores, então, ao ouvir músicas, você nota que as frequências ficam bem enroladas, principalmente no volume máximo. Ao menos ele tem uma entrada para fone de ouvido com fio.

Já para assistir a filmes e séries, ele não deixará você na mão. Apesar de só ter uma saída de áudio, o volume é consideravelmente alto, caso queira assistir em plataformas de streaming ou no YouTube.

Bateria e carregamento

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O Redmi 10 5G conta com uma bateria de 5.000 mAh com suporte para carregamento de 18 W — apesar de o kit incluir um acessório de 22,5 W. Na prática, o celular se sai consideravelmente bem no gerenciamento de energia.

Durante o nosso teste padrão, ele consumiu 16% da carga após reproduzir três horas de filme na Netflix com brilho e volume ajustados no nível médio. Essa é quase a média para smartphones no geral, já que muitos chegam a 20% e outros ficam em torno de 10 a 12%.

No dia-a-dia, ele pode chegar a um dia de uso com uma única carga, mas isso depende de um uso mais moderado, assim como deixar alguns recursos — como Bluetooth e rede móvel — desativados quando não estão em uso.

Por fim, o tempo de carregamento é de cerca de 2 horas para ir de 5 a 100% com o carregador original do dispositivo.

Concorrentes diretos

O principal concorrente para o Redmi 10 5G é o Galaxy A22 5G. Apesar de terem sido lançados com alguns meses de intervalo, ambos contam com o mesmo chipset e têm configurações muito parecidas — como a memória RAM de 4 GB e o armazenamento de 128 GB.

O modelo da Samsung, no entanto, se destaca um pouco mais por oferecer um conjunto de câmera mais encorpado: ele tem um trio liderado por um sensor de 48 MP, que é auxiliado por uma câmera ultrawide de 5 MP e uma de profundidade de 2 MP. Até o sensor de selfies tem mais resolução, com 8 MP.

Outro ponto que pesa a favor do modelo da Samsung é o preço e disponibilidade. O Redmi não é encontrado com tanta facilidade por importação, então a forma mais fácil de comprá-lo aqui é pelos canais oficiais, mas seu preço não compensa, já que ele é vendido de R$ 2.000 a R$ 2.500, enquanto o rival fica em torno de R$ 1.500 a R$ 2.000.

Redmi 10 5G: um bom celular, mas não vale a pena

O Redmi 10 5G é um celular bem simples e, mesmo com especificações mais básicas, oferece um bom desempenho dentro da categoria, assim como a bateria com boa durabilidade. O conjunto de câmeras não oferece tanta qualidade, mas também não deixa a desejar entre os modelos mais básicos.

Pelo preço, no entanto, compensa mais optar pelo rival, o Galaxy A22 5G, que também é vendido oficialmente no Brasil e pode sair até R$ 1.000 mais barato. Já se puder desembolsar mais de R$ 2.000 por um celular, a alternativa é olhar para um segmento mais avançado, como o intermediário premium Galaxy S21 FE.