Review JBL Tune Flex | Um fone para todos os ouvidos
Por Felipe Junqueira | Editado por Léo Müller | 21 de Abril de 2023 às 10h00
Se você não gosta de fones de ouvido intra-auriculares, o JBL Tune Flex pode ser a opção ideal para você. Mas, se você prefere ter ponteiras isolantes, ele também pode servir.
Assim como o nome sugere, o fone de ouvido sem fios da JBL tem um design híbrido. Ou seja, pode ser usado aberto ou fechado, com ou sem ponteiras isolantes. Na primeira opção, o cancelamento ativo de ruído tenta compensar a falta de isolamento para lhe ajudar a focar na música.
Entenda melhor como funciona o JBL Tune Flex e descubra se ele é, de fato, um fone para todos os ouvidos. Incluindo os seus.
🛒 Veja o preço do JBL Tune Flex no Magalu
🛒 Veja o preço do JBL Tune Flex no Zoom
🛒 Veja o preço do JBL Tune Flex na Amazon
Design flexível
Um dos diferenciais do JBL Tune Flex é seu design híbrido. Ele permite o uso tanto como um fone de ouvido mais tradicional quanto com ponteiras, tornando-se intra-auricular para ampliar o cancelamento de ruído.
Com isso, o produto deve agradar tanto aqueles que gostam do conforto e segurança de um fone dentro do canal auditivo quanto quem não gosta — meu caso é o segundo. Realmente, sem as ponteiras os fones ficam um pouco mais propensos a cair, mas ainda seguram bem no ouvido.
Me senti levemente incomodado com o uso prolongado dos fones tanto no modo intra-auricular quanto no outro modo. Mas isso pode ser mais por uma questão pessoal, pois tenho uma sensibilidade maior nos ouvidos. Ainda assim, demoraram algumas horas para eu sentir algum desconforto.
O estojo tem a traseira reta, enquanto a frente e os lados são mais arredondados. O conector USB-C para recarga fica na parte inferior. Na frente, logo abaixo da tampa, você tem um trio de luzes LED que ajudam a verificar a quantidade de carga do case.
O acabamento externo é majoritariamente em plástico, com as pontas emborrachadas e ponteiras intercambiáveis em silicone. O JBL Tune Flex possui certificação IPX4, e sobrevive a respingos de água e suor.
Conectividade e usabilidade
Este fone de ouvido possui Bluetooth 5.2 e se conecta facilmente a qualquer dispositivo mais atual. A JBL não informa o raio de alcance, mas dá para manter o funcionamento a cerca de 10 metros do dispositivo.
Porém, reparei que o Tune Flex sofre um pouco mais com obstáculos do que outros fones sem fio que já testei. Nada muito grave, só notei um engasgo de conexão a cerca de 10 metros com mais de três paredes, além de móveis, entre o fone e o computador conectado.
O fone de ouvido possui controles por toque tanto nas hastes quanto na concha. São os principais, como pausar ou continuar a reprodução, pular ou voltar à faixa. E também dá para chamar o Google Assistente e alternar entre os modos de cancelamento de ruído.
Você pode instalar o app JBL Headphones no celular para fazer um controle mais preciso dos fones de ouvido. O aplicativo é bastante completo, com equalizador, opção pelo modo de som aberto ou com isolantes, níveis de cancelamento ativo de ruído, gestos, modo de áudio ou vídeo e até nível de sensibilidade a vozes.
Som limpo e equilibrado
Achei o som do JBL Tune Flex bastante limpo e equilibrado. Não senti falta de agudos, nem de graves ao escutar diferentes tipos de músicas do rock ao pagode. A voz é bem clara com o equalizador desligado. E você pode fazer ajustes manuais de acordo com suas preferências pelo app JBL Headphones.
O volume poderia ser um pouco mais potente. Na rua e no metrô, eu tive um pouco de dificuldade de escutar a música, mesmo chegando quase ao máximo. O panorama muda completamente quando você coloca uma ponteira isolante, que torna a música muito mais clara.
Assim como praticamente todos os fones de ouvido da JBL, o Tune Flex conta com a tecnologia Pure Bass. Não senti graves tão marcantes, mas vi outras pessoas descreverem o som deste fone como um pouco mais grave do que o ideal.
Cancelamento de ruído muito bom para a faixa de preço
Você pode usar o cancelamento ativo de ruído, que já consegue reduzir um pouco do barulho externo até mesmo no modo aberto. Não é o suficiente para realmente isolar sua música do resto do mundo, mas ajuda um pouco. Para quem realmente não gosta de colocar ponteira no canal auditivo, é a opção disponível.
Para melhorar o isolamento, é necessário trocar a borrachinha do modo aberto para uma das ponteiras isolantes. E aí, sim, você consegue um nível de cancelamento muito bom para um fone do preço do JBL Tune Flex.
Eu cheguei a usar nos dois modos em uma oficina de marcenaria, que tem todo tipo de ruído possível. No modo aberto, o cancelamento ativo de ruído me isolou bem pouco, especialmente quando alguma máquina mais potente era ligada. Mas funcionava bem quando eram apenas os sons mais comuns de um local movimentado.
Mas, mesmo com a ponteira isolante, ainda dava para escutar bastante barulho da oficina. Eu já usei outros fones com isolamento acústico e ANC que reduziram melhor o som das máquinas, mesmo que não reduzissem totalmente.
Bateria duradoura como o prometido
O JBL Tune Flex tem previsão de durar oito horas com o ANC desligado, e seis horas com ele ativado. E mais 24 horas (ou seja, três recargas) com o estojo de transporte — ou mais 18 horas com o cancelamento ativo de ruído.
Pelos meus testes, é uma estimativa bastante realista. Eu passei seis horas ouvindo música direto pelo YouTube Music, com qualidade alta e volume acima do recomendado, pois estava em uma oficina de marcenaria. Ao final deste tempo, o celular apontava ainda 20% de carga restante.
O teste foi realizado com alternância de cancelamento de ruído ativo ligado e desligado, e acredito que ficou 50% do tempo em cada modo. Ou seja, mesmo com o ANC, eu consegui um tempo de uso um pouco melhor do que prometido pela JBL.
Mas isso pode variar com diversos fatores. Desde o tipo e qualidade de música reproduzida até a distância dos fones para o celular. Eu fiquei com o meu no bolso o tempo todo, então ele estava sempre próximo.
Fiz o equivalente a duas recargas completas com o estojo, e a bateria dele ficou em 40%. Ou seja, também é plausível que o case ofereça até três recargas completas.
Concorrentes diretos
Na mesma faixa de preço do Flex Tune, de menos de R$ 500, você encontra o Galaxy Buds 2. O fone da Samsung é ligeiramente mais elegante no acabamento e no design, e concorre em pé de igualdade em qualidade de som e recursos. Mas não tem a opção de usar no modo aberto.
O Redmi AirDots 4 Pro também está em uma faixa de preço semelhante. Mas tem menos recursos e uma qualidade de som um pouco inferior aos outros dois aqui citados. E também só funciona com as ponteiras isolantes.
Se você quer opções sem as ponteiras isolantes, tem o QCY T20 AlyPods, que fica na faixa de R$ 300 e pode ser um custo-benefício melhor. Ou o Edifier W220T, que é até um pouco melhor e custa menos, na casa dos R$ 400. Uma terceira alternativa é o Nothing Ear Stick, que custa cerca de R$ 470, mas só tem importado.
Nenhum deles oferece o design híbrido, no entanto.
O JBL Tune Flex vale a pena?
Eu gostei bastante do JBL Tune Flex, especialmente pela opção de usar com ou sem ponteira isolante. A meu ver, este pode ser um caminho a ser seguido por outras fabricantes.
Com esta flexibilidade, você pode evitar a ponteira intra-auricular na maior parte do tempo. E apelar a ela quando for usar o fone em locais com muito mais barulho, como no transporte público ou em uma oficina de marcenaria — para citar dois casos em que eu usaria a ponteira.
Isso dá uma liberdade para quem não gosta muito do intra-auricular. Há vezes em que o isolamento precisa ser mais “agressivo”, e não vejo tanto problema em usar ponteiras uma vez ou outra. É sempre bom ter opção.
Além disso, achei que a duração de bateria está dentro do esperado, já que atende o prometido pela fabricante. A qualidade do som também está dentro da faixa de preço do JBL Tune Flex. Por cerca de R$ 500, é uma boa alternativa de fone de ouvido Bluetooth para quem quer fugir dos intra-auriculares, maioria no mercado atualmente.
🛒 Veja o preço do JBL Tune Flex no Magalu