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JBL Charge 6 é caixa de som que também serve como power bank; Canaltech testou

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Léo Müller/Canaltech
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JBL Charge 6

A JBL Charge 6 foi anunciada como a nova caixa de som Bluetooth com alta capacidade de bateria, inclusive com um aumento de autonomia em relação à geração passada. No entanto, os testes reais feitos pelo Canaltech mostram uma história um pouco diferente. 

Veja abaixo a análise da JBL Charge 6 feita pelo Canaltech, assim como seus principais pontos positivos e negativos:

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Prós

  • Som bastante equilibrado, mesmo em volumes mais altos
  • Diversas opções de personalização de áudio
  • Mais portabilidade com nova alça superior

Contras

  • Bateria com duração abaixo do prometido pela marca
  • Porta USB-C exposta
  • Ausência de conectividade Wi-Fi

JBL Charge 6 é caixa de som e power bank ao mesmo tempo

Assim como seu nome pode sugerir, o maior ponto de atratividade da JBL Charge 6 é a sua alta capacidade de bateria. Por isso, ela pode até mesmo ser utilizada como uma power bank para carregar o celular enquanto o som está tocando, por exemplo. 

O recurso, que funciona por meio da porta USB-C da caixa, é bastante útil e entrega carga ao aparelho com velocidade comparável aos adaptadores de parede. Ou seja, muito melhor que colocar em uma porta USB mais fraca de notebook, por exemplo. 

Quando se verifica a duração de bateria da caixa de som em si, as notícias não são muito positivas. 

A análise da antecessora Charge 5 já apontou que os resultados ficam um pouco abaixo do prometido pela JBL, e a situação se mantém a mesma para o modelo novo. 

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Em seus materiais de divulgação, a JBL alegou que o modelo pode chegar a 24 horas de bateria antes de precisar de uma recarga. É uma evolução quando comparada com as 20 horas do modelo anterior. 

Na prática, testes feitos pelo Canaltech mostram que o produto consumiu cerca de 40% em um teste padronizado de seis horas. A avaliação usa o produto com volume em 50%, e toca música em diversos estilos, como o pop, sertanejo, rock e outros. 

Portanto, isso se refletiria em uma autonomia estimada de 15 horas. No entanto, os valores podem mudar de forma significativa de acordo com o volume e configurações de som, entre outras características. 

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Um destaque positivo da Charge 6 vai para a sua velocidade de carregamento, já que é possível recuperar toda a energia em questão de duas horas — mais rápido do que a própria JBL indica. 

O teste foi feito com o cabo que vem na caixa, e um adaptador de parede de alta potência. 

Por outro lado, o próprio cabo é algo que a JBL poderia repensar, já que se mostra muito curto e exige que a Charge 6 fique “colada” na parede. Um fio mais longo seria um toque caprichado para um produto que não é exatamente de entrada. 

Outro potencial problema associado ao tema está na própria porta USB-C do speaker, que não tem qualquer tipo de proteção física, como uma tampa de borracha, por exemplo. 

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Para um produto que costumeiramente é levado para praias e outros lugares “sujos”, talvez fosse uma boa ideia cuidar destas peças mais sensíveis. 

"A duração de bateria da JBL Charge 6 ficou, mais uma vez, abaixo do esperado".

Vinícius Moschen

Equilíbrio e personalização do som são destaques

A JBL Charge 6 ganhou uma sutil melhoria de som em relação ao modelo anterior, já que a potência passou de 40 W para 45 W RMS. Estes 5 W extras estão no tweeter, e por isso é possível perceber a diferença nas frequências mais agudas. 

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O produto ainda conta com o recurso de AI Sound Boost, que analisa a música em tempo real para oferecer resultados mais precisos e com menos distorções.

No dia a dia, isso significa que a Charge 6 oferece um som muito equilibrado em diferentes volumes. Graves são bastante presentes por conta dos woofers laterais, mas perdem intensidade nos volumes mais altos — como é esperado para speakers Bluetooth dessa magnitude. 

Mesmo assim, até o volume médio é significativamente mais potente que outros modelos de categorias abaixo, como a Flip 6. Por isso, a Charge 6 é bastante adequada para animar confraternizações pequenas e até mesmo festas de médio porte em ambientes abertos. 

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Assim como ocorre com outras caixas da JBL, uma das características mais legais é a personalização de som. Por meio de aplicativo para smartphone, é possível escolher entre quatro modos predefinidos de equalização:

  • JBL Signature, com o som ajustado por especialistas da marca;
  • Chill, voltado para músicas mais tranquilas;
  • Energetic, que valoriza graves para uma batida mais forte;
  • Vocal, para focar na emissão das frequências de voz, o que é útil para tocar rock, por exemplo.

Em geral, o modo Energetic parece explorar mais as capacidades dessa caixa de som, embora as preferências sejam puramente subjetivas. 

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Outro modo disponível no aplicativo é o Partytime Boost, feito especificamente para situações de festa. Ele aumenta o som e prolonga o tempo de reprodução para 28 horas antes de precisar de uma recarga, segundo a JBL. 

No entanto, o modo tem seus contrapontos expostos de maneira bastante clara, já que torna o som muito mais básico e sem profundidade, a ponto de poder ser classificado como “sem graça”. 

Se nenhum dos modos for totalmente do agrado, também é possível realizar a equalização manual do som. Neste caso, está disponível o ajuste de sete faixas de frequências, uma quantidade bastante interessante para quem quer deixar o som exatamente como imagina.

"A JBL Charge 6 tem som muito equilibrado e satisfatório, e as possibilidades de personalização de áudio são bastante divertidas".

Vinícius Moschen
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Charge 6 ficou mais portátil

Embora seja visualmente bastante parecida com a geração anterior, a Charge 6 traz mudanças em alguns pontos específicos. O mais importante deles é o suporte para alça superior de transporte, e o acessório acompanha o produto na caixa. 

É uma alteração positiva, já que torna o produto muito mais fácil de carregar por aí, e sem custo extra. Também fica mais estiloso, dependendo das preferências individuais. 

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Essa nova possibilidade de levar a Charge 6 de um lado ao outro é ainda mais importante ao considerar que a geração atual ficou mais pesada, passando de 0,96 para 1,37 kg. 

A nova geração ainda ganhou resistência IP68, contra IP67 do antecessor, o que é uma adição positiva ao permitir mergulhos em um metro de profundidade por 30 minutos. 

Conectividade satisfatória, exceto por um detalhe

A JBL Charge 6 é pareada por meio de Bluetooth 5.4, uma boa atualização em relação à versão 5.1 da caixa antecessora. Em geral, a conexão acontece rapidamente, com a ajuda do aplicativo JBL One, que dá informações complementares de bateria e outras condições de uso.

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Também é possível usar o recurso de Auracast para conectar diversas caixas da marca ao mesmo tempo, e obter som sincronizado para festas maiores, por exemplo. 

Embora não tenha entrada auxiliar para reproduzir som com cabo, uma característica legal da Charge 6 é o suporte para reprodução via porta USB-C. Isso é útil para obter conteúdos sonoros lossless de alta qualidade, especialmente em serviços de streaming que oferecem essa possibilidade. 

Mesmo assim, dá para sentir falta de uma opção de conectividade: o Wi-Fi. A Charge 5 ganhou uma versão com o recurso, mas seria bem melhor se ele já aparecesse como padrão em todos os speakers da nova geração. 

O suporte para conectividade Wi-Fi significa que os comandos de reprodução de som podem ser feitos diretamente da rede, em vez de fazer apenas um emparelhamento do que é reproduzido em um dispositivo móvel. 

Portanto, a Charge 6 com Bluetooth ainda está sujeita a interrupções caso alguém faça uma chamada, ou se outra mídia for reproduzida sem querer por meio do dispositivo conectado.

Principais concorrentes

Os principais rivais da JBL Charge 6 no mercado brasileiro são feitos pela LG. É o caso do modelo XG8T, que tem resistência de nível militar, mas duração de bateria mais baixa, com 15 horas segundo a marca coreana. 

O modelo da LG é apontado como concorrente por ter preço relativamente parecido, mas traz potência bem mais alta, de 60 + 60 W RMS. Portanto, pode ser considerado por pessoas que costumam curtir um som mais potente ou fazer muitas festas, por exemplo. 

Tanto a JBL Charge 6 quanto a LG XG8T custam algo próximo de R$ 1.050 atualmente.

Por sua vez, o modelo LG xboom Bounce oferece potência parecida (40 W) e um pouco mais de bateria (30 horas), por preços consideravelmente mais baixos, saindo a partir de R$ 800.

Vale a pena comprar a JBL Charge 6?

Um dos problemas que costuma atingir esse tipo de produto é que suas respectivas gerações passadas podem ter preços mais baixos, e portanto apresentar melhores relações custo-benefício. 

É uma situação próxima do que acontece com a Charge 6: afinal, as mudanças para o modelo deste ano são incrementais, sem grandes revoluções. Por isso, antes de comprar, vale a pena pesquisar para saber se a geração anterior não está disponível por uma diferença de valor significativa. 

Além disso, a presença de caixas da LG com potência superior e/ou preço mais baixo fornece opções igualmente ou até mais interessantes que a JBL Charge 6. 

De qualquer forma, não há como negar que o modelo da JBL tem vantagens bastante claras. A presença de um som limpo e potente tornam ela uma boa compra. Fatores como a personalização de áudio e carregamento reverso tornam a Charge 6 uma opção bastante competitiva no mercado.

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