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Review JBL Flip 6 | Caixinha Bluetooth tem ótimo som e certificação IP67

Por| Editado por Léo Müller | 20 de Julho de 2022 às 15h46

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Review JBL Flip 6 | Caixinha Bluetooth tem ótimo som e certificação IP67
Review JBL Flip 6 | Caixinha Bluetooth tem ótimo som e certificação IP67

A JBL Flip 6, mais nova integrante da linha Flip da marca americana, foi lançada no Brasil em maio de 2022, trazendo os mesmos 20 watts RMS de potência do modelo anterior. E potência sonora não é a única característica que ela compartilha com sua antecessora: na verdade, temos aqui uma caixa Bluetooth muito parecida com a Flip 5.

Contudo, em sua nova versão, a JBL Flip 6 traz aprimoramentos muito bem-vindos no que se refere à qualidade de áudio. De resto, a caixa de som manteve a já conhecida qualidade atribuída à JBL, principalmente no quesito construção.

Além da resistência contra a água, a nova Flip 6 agora conta com proteção contra a poeira, o que é um ponto bastante positivo para usuários que valorizam a durabilidade.

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A Flip 6 honra a fama da marca em oferecer caixas de som pequenas com ótima qualidade sonora e graves que “desafiam a física”, considerando seu tamanho compacto. Mas isso é suficiente para recomendar este produto? Confira nossa análise completa.

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Design e construção

Olhando rapidamente, a Flip 6 tem o mesmo visual da Flip 5. O diferencial mais visível é a mudança na logo da companhia. Enquanto na versão anterior a logo da JBL fica situada dentro de uma moldura retangular bem pequena, na versão mais atual da caixinha, ela é bem grande, e fica colada diretamente sobre o forro que reveste o equipamento, sem moldura alguma.

As principais características físicas da linha Flip estão todas aqui: corpo cilíndrico revestido com uma malha de nylon, com detalhes emborrachados, e a possibilidade de usar a caixa de som tanto na horizontal quanto na vertical. Mesmo com essa versatilidade, a Flip 6 poderia ter ganhado novos aspectos que auxiliariam em sua estabilidade sobre as superfícies.

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Ao contrário da Flip 5, a Flip 6 conta com uma fina tira de borracha que faz contato com a superfície. Como a própria estrutura da caixa causa peso, de modo que ela tende a ficar sempre na mesma posição (quando está na horizontal), essa tira de borracha acaba funcionando como um apoio. Dessa forma, sabemos que a caixinha está na posição correta, emitindo o som na direção do usuário.

Apesar de ser uma adição bem-vinda em relação à sua antecessora, a solução é pouco eficaz. Seria melhor se ela tivesse duas barras (ou quatro pequenas protuberâncias) em suas bordas, que poderiam funcionar como pezinhos enquanto o dispositivo fosse usado na horizontal. A fita de borracha implementada pela JBL acrescenta pouca estabilidade e passa a impressão de fragilidade.

Outra mudança no design da Flip 6 em relação à Flip 5 fica por conta da área onde ficam situados os botões de liga/desliga, Bluetooth, a barra indicadora de bateria, a entrada USB-C para carregamento e o passador do cordão de segurança. Antes, esta área emborrachada se estendia até as extremidades da caixa. Agora, ela fica concentrada somente na região que compreende os botões, e também está mais estreita.

De resto, as dimensões e peso da Flip 6 são praticamente idênticos aos da Flip 5, com mudanças que não passam de poucos milímetros e meros 10 gramas. Os botões de play/pause, volume+/volume- e da função PartyBoost continuam da mesma forma, em alto relevo.

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As caixas portáteis da JBL elevaram o patamar deste segmento no quesito durabilidade. E não é diferente com a Flip 6. A nova caixinha Bluetooth da marca traz a certificação IP67, indicando que ela é tanto resistente contra a água quanto contra a poeira. Assim como a Flip 5, ela pode ser submersa em água doce por até 30 minutos, desde que a profundidade não ultrapasse um metro. A Flip 5, no entanto, não tem proteção contra a poeira.

Há ainda outras semelhanças com a Flip 5 na parte externa, como a possibilidade de ser usada na vertical, já que suas extremidades possuem cavas que permitem a passagem dos sons graves gerados pelos dois radiadores passivos. Além disso, há somente uma única conexão via cabo: a porta USB-C usada para recarregar a bateria.

Essa entrada USB-C, aliás, foi motivo de reclamação por parte dos usuários da Flip 5, pois a conexão fica exposta, sem nenhuma tampa de borracha que a proteja de líquidos e detritos. Na Flip 6, a JBL incluiu um recurso que alerta o usuário, caso ele tente carregar a caixa de som e haja algum resquício de água na porta USB-C. Ainda assim, a entrada segue sem proteção externa.

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Qualidade de som

Um dos maiores aprimoramentos da Flip 6 diz respeito à qualidade de áudio. Se a Flip 5 chiava ao atingir o volume máximo, a Flip 6 não demonstra absolutamente nenhuma perda de desempenho nas mesmas condições.

Isso se deve à adição de um tweeter na estrutura da caixa, ou seja, um alto-falante dedicado somente aos sons agudos. Dessa forma, a Flip 6 consegue entregar performance superior durante a reprodução de frequências mais altas, o que resulta em vocais com mais brilho e nitidez, sem soarem estridentes. Nos meus testes, a Flip 6 tirou de letra o “abuso” de pratos em “Painkiller”, do Judas Priest.

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Por outro lado, como o falante para graves e médios agora é independente do tweeter, a nova versão da caixinha acabou ganhando frequências médias mais encorpadas em relação à Flip 5. O resultado são músicas com vozes e alguns instrumentos mais marcantes, como guitarra, violão, piano, sax, etc.

Eu testei a Flip 6 com diversos gêneros musicais, como MPB, Bossa Nova, Heavy Metal, Classic Rock e música eletrônica, e ela se saiu bem em todas as faixas.

Resumidamente, a caixa está mais bem equalizada que sua antecessora. A Flip 6 possui os mesmos 20 watts RMS que a Flip 5, mas tem melhor aproveitamento dessa potência, sem perder definição sonora com nenhum tipo de música, mesmo no volume máximo.

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Para completar, a caixa agora pode ter suas frequências graves, médias e agudas ajustadas por meio do software JBL Portable. O equalizador é simples, mas pode ser útil para resolver problemas com áudios defeituosos, ou mesmo se o usuário quiser graves mais potentes.

No meu caso, eu curti levantar os agudos para obter vocais mais cristalinos. O app não faz milagre, mas a mudança é perceptível.

O recurso PartyBoost, que estreou na Flip 5, também está presente na Flip 6. Por meio da função, é possível parear até 100 caixas de som compatíveis, todas tocando a mesma música. É possível até mesmo conectar caixas de modelos diferentes.

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Bateria e conectividade

A Flip 6 tem bateria com capacidade idêntica à da Flip 5, ou seja, 4.800 mAh. O tempo de carregamento de 0% a 100% de carga é de 2,5 horas, de acordo com a JBL, o que condiz com meus testes utilizando um carregador Samsung de 15 W.

A fabricante informa que o tempo de reprodução contínua de música é de 12 horas, a mesma marca alcançada pela Flip 5. Contudo, ela não especifica como esse resultado é obtido. Para avaliar a bateria, realizamos o seguinte teste:

  • Teste de bateria com Spotify na JBL Flip 6:
  • Nível de bateria antes do teste: 100%;
  • Nível de volume: 50%;
  • Tipo de músicas reproduzidas: eletrônica;
  • Tempo reproduzindo música: 6 horas;
  • Nível de bateria após teste: aproximadamente de 20% a 30%;
  • Tempo estimado total de reprodução: de 7,5 a 9 horas.
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Como vimos, o tempo total de reprodução está abaixo do prometido pela JBL, ao menos nas condições citadas. Talvez, seja possível alcançarmos as 12 horas de reprodução contínua se baixarmos um pouco o volume e escolhermos uma playlist mais calma.

Sim, o tipo de música influencia no consumo energético. Mas também é sensato dizer que nem mesmo o aplicativo da JBL informa o nível exato de bateria.

Sobre conectividade, só é possível utilizarmos a Flip 6 via Bluetooth, que foi atualizado e está na versão 5.1. Não há entrada de áudio de 3,5 mm, leitor de cartão de memória, nem entrada USB-A para a leitura de arquivos a partir de pendrives. Outras faltas, visto que estes recursos estavam presentes até a Flip 4, são a ausência de um microfone para atender chamadas, e também da compatibilidade com assistentes de voz.

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Ficha técnica

  • Versão do Bluetooth: 5.1;
  • Potência de saída: 20 watts RMS;
  • Proteção: IP67 (imersão em água doce até um metro, por no máximo 30 minutos, e vedação contra poeira);
  • Capacidade de bateria: 4.800 mAh;
  • Autonomia de bateria: 12 horas;
  • Tempo de recarga: 2,5 horas;
  • Entrada cabo de áudio de 3,5 mm: não;
  • Viva-voz: não;
  • Integração com assistente: não;
  • Power bank: não;
  • Dimensões (L x P x A): 17,8 x 6,8 x 7,2 cm;
  • Peso: 550 gramas.

Concorrentes diretos

A JBL se consagrou entre os usuários brasileiros pela qualidade de suas caixinhas portáteis Bluetooth. Elas são extremamente compactas, resistentes e têm áudio excelente, com graves impressionantes.

Hoje em dia, no entanto, elas sofrem com a concorrência de modelos chineses que copiam suas principais características e custam bem menos. Um bom exemplo disso é a Mifa Wildrod, que, embora seja rotulada com potência de 30 watts RMS, é apenas um pouco mais alta que a Flip 6. A Mifa Wildrod pode ser encontrada por menos de R$ 400 em varejistas chinesas.

Se você prefere um produto com procedência nacional e quiser abrir mão da proteção contra poeira e áudio de alta qualidade, mesmo no volume máximo, a Flip 5 ainda é uma boa opção de caixa portátil Bluetooth. Ela pode ser encontrada custando quase R$ 100 a menos que a Flip 6, com preços variando entre R$ 500 a R$ 600, em média.

Outra possibilidade é a Edifier MP380, que também é uma caixinha Bluetooth muito compacta. Neste caso, eu ressalto que ela tem uma pegada um pouco diferente da linha JBL Flip, e é mais indicada para usuários que vão utilizá-la dentro de casa, sem exposição à água ou poeira.

Mesmo assim, a MP380 é um passo adiante em relação à Flip 6 no quesito qualidade de áudio e conectividade, sem ser tão maior ou mais pesada. Ela tem Bluetooth 5.0, entrada USB para pendrives, leitor de cartões de memória, entrada auxiliar e funciona como hub USB para diversos dispositivos.

Fora isso, ela conta com microfone embutido para chamadas de voz e videoconferências. A MP380 custa em torno de R$ 700 no site oficial da Edifier.

Vale a pena comprar a JBL Flip 6?

A Flip 6, embora seja muito parecida com a Flip 5, evoluiu consideravelmente na questão da qualidade sonora. Isso, claro, considerando ouvidos mais atentos e exigentes. Para boa parte dos usuários, a diferença pode não ser tão grande.

De qualquer forma, pela pouca diferença de preço, vale a pena investir diretamente na Flip 6 ao invés do modelo anterior. De quebra, você ainda ganha proteção contra a poeira e um equalizador via app.

A Flip 6 só não é uma boa pedida, caso o usuário não se importe em comprar uma de suas “cópias” chinesas, que possuem qualidade semelhante ao modelo fabricado pela marca americana. Neste caso, pode-se fazer uma boa economia, mas, claro, abrindo-se mão da garantia e assistência nacionais.

Outro caso em que a Flip 6 sai perdendo é contra a Edifier MP380, que é superior em qualidade sonora e conectividade, mas não foi projetada para enfrentar intempéries. Ela, com certeza, é a melhor opção para usuários que precisam de uma caixa portátil para ser usada ao abrigo da água e da poeira.