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Review Honor X6 | Um celular barato, mas sem muitos benefícios

Por| Editado por Léo Müller | 24 de Novembro de 2022 às 16h10

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Review Honor X6 | Um celular barato, mas sem muitos benefícios
Review Honor X6 | Um celular barato, mas sem muitos benefícios

O Honor X6 é um celular básico desenvolvido para ser a alternativa da ex-subsidiária da Huawei para o mercado de entrada. Com configurações simples, o produto promete surpreender pela qualidade fotográfica.

Essa característica tem maior destaque graças ao seu sensor principal de 50 MP. Em conjunto com esse diferencial, o X6 tem 5.000 mAh de bateria para manter o usuário do produto com o aparelho longe das tomadas por dias.

Por outro lado, o hardware defasado pode ser o “calcanhar de Aquiles” do dispositivo para que ele se destaque no mercado em 2022. Quer saber se vale a pena comprar o Honor X6? Então, confira a resposta na análise completa.

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Design e construção

O corpo do Honor X6 não traz muitas novidades em seu visual. Seu design se encaixa bem no esperado para um celular de entrada, pois não traz detalhes visuais atrativos que o diferenciam dos demais concorrentes.

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Apesar de a traseira do celular ser em plástico, o material dá a impressão de ser vidro pela sua espessura. Consequentemente, é notório que o formato mais grosso faz o celular ficar pesado.

Nas laterais, o plástico também é utilizado. À direita, estão os botões para controle de volume, e o de energia, com função híbrida por também ser um leitor de digitais. Já à esquerda, está a gaveta para inserção de um chip de operador e um cartão microSD, ou dois SIMs.

Abaixo, está o único alto-falante do smartphone, a porta USB-C para recarga, bem como uma entrada 3,5 mm para fones de ouvido com fio. Atrás, o módulo de câmeras é grande, tem apenas três lentes e o flash LED, e parece o presente no Honor X8, mas de maneira mais exorbitante.

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Tela

A tela do Honor X6 me surpreendeu positivamente. O display apresenta uma qualidade superior aos modelos com as mesmas configurações. O painel LCD tem resolução HD+, e, apesar de ser um valor abaixo de diversas alternativas, a tela escolhida pela chinesa apresenta um padrão atrativo.

As cores são vívidas, a nitidez coerente com a resolução, e isso melhora a experiência de uso com foco em streaming. No entanto, algo que não me agradou foi o nível de brilho. Apesar de não ser um dos piores que eu já utilizei, a visibilidade dos conteúdos sob a luz do sol, com a iluminação em 50%, ainda fica muito prejudicada.

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Configuração e Desempenho

Acredito que o maior problema do Honor X6 seja a distribuição das configurações. Mesmo que o aparelho tenha o intuito de estar na categoria de smartphones básicos, há limitações. A memória RAM se limita aos 4 GB.

Mesmo para um celular de entrada, essa quantidade de memória dedicada ao controle de ações no dispositivo é pouca. Afinal, para um celular Android funcionar com conforto, 6 GB é a quantidade mínima necessária.

Outro ponto negativo é a performance, pois o chipset MediaTek Helio G25, o qual é um processador de 2020 utilizado pela Honor em um celular lançado em 2022. Apenas calculando os períodos, é notório que a empresa poderia ter optado por um hardware mais recente.

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Como consequência, as tecnologias ultrapassadas da plataforma não permitem a exploração do dispositivo com qualidade, pois é muito comum ele apresentar travamentos. Para completar, o X6 tem opções de 64 GB e 128 GB de armazenamento, mas possibilita a expansão via cartão microSD.

Usabilidade

O Honor X6 possui a interface Magic UI 6.1, e é baseada no Android 12. Apesar de ser uma personalização não tão familiar no Brasil, é interessante ver que a fabricante já disponibiliza a versão mais recente do sistema do Google para um modelo tão básico.

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Uma das partes mais complicadas de utilizar essa interface é o fato de ex-subsidiária da Huawei, neste smartphone em específico, não permitir a instalação de aplicativos diretamente da Play Store.

E, para complicar ainda mais a experiência de uso, a unidade que recebemos para análise não estava permitindo nem mesmo a instalação de APKs baixados fora da plataforma do Google. Para driblar esse bloqueio, foi necessário instalar o programa “APK Installer” no PC, desbloquear o modo de desenvolvedor e ativar a depuração USB.

O software também é mal otimizado, porque dá para sentir — em diversos momentos — que o sistema não responde aos comandos de maneira rápida. Por exemplo, ao abrir o app de câmera demora alguns milésimos de segundos para entender a rotação entre a horizontal e a vertical.

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Câmeras

O Honor X6 tem três sensores, sendo o principal de 50 MP e os outros de 2 MP para imagens em modo retrato e macro. Pela baixa resolução, os modos fotográficos secundários, principalmente para imagens com grande aproximação, se tornam desnecessários.

As imagens capturadas com o sensor principal são boas, mas ficam melhores quando o modo de IA está ativo. O equilíbrio de cores é ajustado e permite que os resultados sejam melhores. Todavia, sinto que a nitidez fica abaixo do esperado para a capacidade apresentada em números.

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Algo que eu senti muita falta no Honor X6 foi o modo noturno. Em 2022, diversos celulares básicos já suportam esse recurso, mesmo que o executem de forma simplória. Além disso, o hardware ultrapassado entrega, com o software, uma Inteligência Artificial limitada, mas ela é extremamente necessária para que as imagens fiquem mais equilibradas.

Selfie

A câmera frontal do Honor X6 tem a mesma configuração do tablet Pad 8, que é de 5 MP. Por isso, me arrisco a dizer, que o sensor foi aproveitado pelo smartphone. A qualidade de imagem fica muito abaixo dos concorrentes.

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Em selfies, o excesso de embelezamento — mesmo com o modo zerado — impacta negativamente na nitidez das imagens. Apesar de não puxar para os tons de azul, assim como o tablet, faz falta ter uma câmera frontal melhor nesse smartphone.

Sistema de som

O Honor X6 tem apenas um alto-falante. A reprodução é no formato mono, e isso impacta na distribuição das frequências. O som da voz fica nítido, mas o volume dos instrumentos são “engolidos” no processo.

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Os graves são completamente ausentes, o agudo fica estridente, e o médio tenta compensar tudo, mas falha devido às suas limitações de tonalidade. O mesmo acontece utilizando fones de ouvido, pois as falhas de hardware embutidas no speaker reverberam no acessório com fio, independentemente do preço.

Bateria e carregamento

A bateria do Honor X6 é um dos poucos pontos positivos do aparelho. Afinal, a sua capacidade de 5.000 mAh é capaz de dar conta do uso por até 2 dias sem precisar se preocupar com a recarga.

Durante os testes de reprodução de séries na Netflix ao longo de 3 horas, com o brilho automático e o volume em 50%, o celular gastou apenas 13% de sua carga. Na prática, isso significa que ele suporta, aproximadamente, 23 horas nesse formato de uso antes de descarregar.

Concorrentes diretos

Um grande concorrente do Honor X6 é o Samsung Galaxy a13. O aparelho da sul-coreana chama a atenção por trazer um display com melhor luminosidade e resolução mais avançada, e isso permite um aprimoramento na experiência de uso.

Outro ponto positivo do celular é o processador, pois o Exynos 850 entrega um desempenho mais avançado em comparação ao celular básico analisado. Com isso, o uso dos 4 GB de memória RAM é aprimorado pela “força” do chipset.

Além disso, para fotografias, a linha A é bem agradável, e o A13 segue o mesmo nível dos seus irmãos maiores. Por isso, o preço próximo de R$ 940 é coerente com a entrega efetuada pela Samsung nesse produto.

O Honor X6 vale a pena?

O Honox X6 é um celular desenvolvido para o mercado básico, mas a sua fabricante não soube balancear o hardware para dar coerência à existência do produto. Afinal, o dispositivo possui um processador mais antigo, e que não está dando conta de performar com o Android 12.

Consequentemente, a interface está apresentando travamentos que incomodam na usabilidade. As câmeras são bem simples, e o uso da Inteligência Artificial não ajuda a melhorar os resultados. Por outro lado, a bateria tem uma boa autonomia, e faz sentido para quem deseja manter o smartphone longe das tomadas.

Entretanto, não vale a pena comprar o celular de R$ 980 via importação, já que existem alternativas melhores à venda no Brasil. Esse é o caso do Samsung Galaxy A13, que tem câmeras melhores, interface mais fluida, e só perde em autonomia.Porém, o seu preço é próximo de R$ 940, sendo um valor menor por um celular melhor.

Caso tenha interesse na alternativa apresentada, é possível comprar nos links abaixo: