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Review Fitbit Versa 4 | Uma atualização morna do Versa 3

Por| Editado por Léo Müller | 02 de Março de 2023 às 14h45

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Review Fitbit Versa 4 | Uma atualização morna do Versa 3
Review Fitbit Versa 4 | Uma atualização morna do Versa 3

O Fitbit Versa 4 é a atualização que muita gente esperava do ótimo Versa 3. Com a aquisição da Fitbit pelo Google, esperava-se que os novos dispositivos da marca fossem equipados com o software da gigante das buscas, além de consertar alguns dos problemas de design e tela da geração passada.

Será que o Versa 4 atendeu às expectativas? É uma boa atualização do Versa 3? Testei a fitness tracker da Fitbit e conto minhas impressões nos próximos parágrafos.

Antes de começarmos, adianto que essa análise foi possível graças à nossa parceira de importação USCloser, que facilita o envio de produtos da gringa para o Brasil.

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Para importar produtos dos Estados Unidos que você não encontra por aqui, basta criar uma conta na USCloser. Você faz suas compras nos sites gringos normalmente, e a USCloser recebe por você lá nos EUA mesmo, em uma espécie de “caixa postal americana” criada exclusivamente para você. Depois, a USCloser encaminha os produtos para sua casa aqui no Brasil. É seguro, prático e rápido. Siga nosso tutorial para se cadastrar e comprar nos EUA economizando muito.

Construção e design

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A Fitbit escolheu o caminho mais fácil e não mexeu muito no Versa 4 externamente. O relógio continua muito bonito e bem construído, mas gostaria que houvesse algumas mudanças em relação ao Versa 3, como as bordas ao redor da tela extremamente grossas e antiquadas.

A pulseira e o formato do encaixe também permaneceram, o que, nesse caso, considero um acerto. Pode parecer estranho no começo o fato de não haver fivelas nem travas de metal, mas a solução “infinity band” da Fitbit é muito confortável durante atividades físicas.

Como estamos falando de um rastreador de exercícios, vale mencionar que o Fitbit Versa 4 continua resistente a mergulhos de até 50 metros de profundidade (5ATM), ganhando, assim, suporte a monitoramento de esportes como natação.

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A única novidade estrutural do novo relógio foi a mudança do botão capacitivo do Versa 3 por um botão físico na lateral. A peça não é tão bem construída quanto o resto do corpo, mas é uma solução muito melhor que o botão de pressão da geração passada que me fez passar raiva na época em que o testei.

A tela do Versa 4, por sua vez, é a mesma do Versa 3: AMOLED, 1,58 polegada e resolução de 336 por 336 pixels. Ok, a qualidade continua excelente — tem ótimo brilho, definição, cores e fluidez —, mas gostaria que fosse mais bem aproveitada ou maior, como comentado mais acima.

Pelo menos, todas as funções inteligentes do modelo anterior continuam, como a de levantar o pulso para acender a tela e o Always On Display. Nem preciso dizer que o modo de tela sempre ligada consome bem mais bateria, então, se você quiser passar do terceiro dia de uso, desative-o.

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Configurações e desempenho

Outra atualização importante que gostaria de ter percebido no Fitbit Versa 4 era a troca do Fitbit OS pelo Wear OS. Para quem não sabe, o Google comprou a Fitbit em 2021, portanto não seria muito incomum compartilhar o software — o app Fitbit é responsável pelos componentes de rastreamento do Pixel Watch, por exemplo.

Entretanto, infelizmente não foi isso que aconteceu, visto que o Versa 4 permaneceu com o basicão Fitbit OS. Mas isso não é o fim do mundo, pois acho a interface proprietária da marca bonita, funcional e direta ao ponto. Os ícones são simplificados e as fontes se adaptam bem à tela pequena, o que é bom.

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É possível acessar o menu de aplicativos facilmente apenas deslizando o dedo da direita para esquerda, enquanto de cima para baixo você encontra a central de notificações. Da esquerda para direita, há algumas configurações rápidas, como os modos dormir e não perturbe.

No entanto, infelizmente a Fitbit foi para um caminho semelhante ao do Google ao restringir o download de aplicativos de terceiros — no Versa 3, até podíamos armazenar músicas localmente através do Deezer. Ou seja, você tem acesso apenas ao que o Google/Fitbit acha necessário, como o Mapas.

Outras funcionalidades “smart” do Versa 4 incluem: chamadas Bluetooth, Wi-Fi (embora para qual finalidade?), comandos de voz através da Alexa — não Google Assistente —, e pagamentos por aproximação pelo Fitbit Pay. Seria um diferencial interessante se a plataforma suportasse algum banco/bandeira presente no Brasil, mas não é o caso.

Vale mencionar que o Versa 4 também suporta inúmeras watchfaces, ou mostradores. Há algumas opções no próprio relógio, mas você consegue acessar dezenas de opções no aplicativo Fitbit.

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Saúde e exercícios

O Fitbit Versa 4 consegue monitorar a frequência cardíaca continuamente, os níveis de oxigenação no sangue (SpO2), sono, temperatura da pele, detecção de ronco ou ruído ambiente durante o sono, e rastrear o ciclo menstrual. Essencialmente, é o mesmo conjunto do Versa 3.

Como um bom rastreador de exercícios, faltou o sensor de atividade eletrodérmica (EDA), que serve para medir o nível de estresse do usuário, além o ECG, para realizar eletrocardiograma — este último, especificamente, até entendo a ausência por conta da categoria.

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Por ter basicamente o hardware do Versa 3, mantenho quase tudo o que disse sobre o antecessor: o monitoramento de sono foi bastante preciso durante os meus testes, não deixando passar nem aquela soneca durante a tarde.

O sensor de batimentos cardíacos também funcionou muito bem em repouso, mas se mostrou um pouco exagerado durante algumas atividades físicas. Antes de registrar precisamente meus batimentos cardíacos enquanto corria na esteira, a marcação subiu bastante até normalizar.

Mas, no geral, não tive grandes problemas durante a semana em que usei o Versa 4. Tirando essa dificuldade em alguns exercícios mais complexos, foi basicamente o resultado que obtive no Versa 3: em sua maioria preciso e confiável.

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Exercícios

Quanto aos exercícios, o Versa 4 suporta mais de 40 modos, contra cerca de 20 do Versa 3. O reconhecimento automático de algumas atividades continua por meio do giroscópio, altímetro e acelerômetro de três eixos, inclusive funcionando em corrida, elíptico e outros.

O suporte a mais treinos é interessante, mas confesso que não acho um incremento muito significativo praticamente, até porque as métricas são as mesmas, apenas com nome diferente.

Os exercícios que utilizam o GPS, pelo menos, funcionaram melhor do que eu esperava. O contador de passos também melhorou em relação ao Versa 3, com o qual tive problemas na época em que o testei.

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Todos os dados ficam armazenados no aplicativo Fitbit, um dos trunfos da empresa. Ele é bastante completo e oferece inúmeras estatísticas sobre os resultados das medições, sem contar uma plataforma cheia de treinos, níveis de dificuldade, programas guiados, dentre outros.

É possível desbloquear ainda informações e análises mais detalhadas se você for assinante premium do app. O Sense vem com seis meses de Fitbit Premium grátis, mas, depois desse período, é preciso pagar uma assinatura que não é barata.

Bateria e carregamento

Se você não usar o modo de tela sempre ligada nem visualizar as notificações constantemente, é possível usar o Versa 4 por uma semana inteira, assim como consegui. No entanto, esse resultado foi pouca coisa superior ao Versa 3, que já durava seis dias.

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Caso queira deixar todas as funções inteligentes ativadas, o relógio da Fitbit deve durar três dias, no máximo. A duração de bateria cai bastante, porém é maior do que a do Apple Watch SE, por exemplo, que mal chega a dois dias de carga.

O carregamento magnético do Versa 4 é o mesmo do Versa 3, fazendo com que você encha totalmente o tanque do relógio em pouco menos de 50 minutos.

Concorrentes diretos

Infelizmente, a Fitbit não tem atuação oficial no Brasil. No site oficial da marca, o relógio custa US$ 199,95, o equivalente a R$ 1.040,06 em conversão direta para a nossa moeda.

Por cerca de R$ 1.000 você consegue encontrar ótimos modelos como Amazfit GTS 4 e Amazfit GTR 4, ambos igualmente limitados como o Versa 4 em termos de recursos inteligentes, porém mais completos nos quesitos design, construção, tela e monitoramento de saúde.

Claro, também preciso citar as populares Mi Band 7 e 7 Pro, caso você queira um excelente rastreador fitness, em formato de pulseira, que custe cerca de R$ 500.

Vale a pena comprar o Fitbit Versa 4?

O Fitbit Versa 4 é uma atualização muito modesta do Versa 3. A troca do botão de pressão pelo físico foi uma boa ideia, o sistema Fitbit OS continua bem fluido e funcional, e a bateria de maior duração agora aguenta uma semana de uso moderado.

No entanto, ao não melhorar o aproveitamento da parte frontal, não equipar o relógio com o sistema operacional do Google ou uma versão modificada para rastreadores fitness, e não permitir o download de aplicativos de terceiros, fica muito difícil de recomendar o Versa 4 num segmento tão competitivo.

Não há nada que se destaque no modelo — nem o excelente hardware de monitoramento da Fitbit funciona completamente por aqui — a ponto de me fazer recomendá-lo em vez dos ótimos Amazfit GTS 4, 4 Mini, GTR 4 e Mi Band 7. Esses modelos que citei são mais acessíveis, interessantes e igualmente competentes em rastrear sua saúde e exercícios físicos.

Se, ainda assim, você quiser um fitness tracker da Fitbit, recomendo o Versa 3, que continua uma das melhores opções da marca.