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Mercado de NFTs tem seus primeiros bilionários

Por| Editado por Claudio Yuge | 11 de Janeiro de 2022 às 15h40

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O clube dos bilionários acaba de receber novos integrantes. São os cofundadores da startup de blockchain OpenSea, dedicada a tokens não fungíveis (NFTs) e avaliada em US$ 13,3 bilhões (R$ 75 bilhões) após uma nova rodada de financiamento. Há seis meses, o valor era de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,5 bilhões).

Os cofundadores Devin Finzer e Alex Atallah valem, cada um, cerca de US$ 2,2 bilhões (R$ 12,4 bilhões), segundo estimativas da Forbes. Eles têm participação estimada em 18,5% na OpenSea e a Forbes aplica um desconto ao valor de empresas privadas, já que sua liquidez é limitada.

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A startup, fundada há quatro anos em Nova York, foi uma das primeiras empresas do mercado de NFTs. Os NFTs são arquivos de computador usados ​​para rastrear a propriedade de ativos digitais exclusivos, como arte, música e outros em uma blockchain. Cerca de US$ 23 bilhões (R$ 130 bilhões) em NFTs foram negociados em 2021, de acordo com dados da DappRadar.

A OpenSea se apresenta como uma plataforma em que os usuários podem criar, comprar e vender todos os tipos de NFTs. A taxa cobrada a cada venda é de 2,5%. “Nossa visão é ser o destino para que essas novas economias digitais abertas prosperem”, diz comunicado oficial da empresa.

Finzer, o CEO da OpenSea, cresceu na região de São Francisco, estudou na Brown University e, em 2015, cofundou sua primeira startup: o mecanismo de busca Claimdog — vendido um ano depois ao Credit Karma. Já Atallah, diretor de tecnologia, é do Colorado e estudou em Stanford.

Em janeiro de 2018, eles se uniram à aceleradora de startups Y Combinator com uma ideia de oferecer criptomoedas a usuários que compartilhassem seus hotspots Wi-Fi. Foram os CryptoKitties, entretanto, que capturaram sua imaginação.

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Os gatos virtuais de desenho animado estavam entre os primeiros exemplos de NFT. Finzer e Atallah, então, lançaram a OpenSea. A empresa já arrecadou mais de US$ 420 milhões (R$ 2,4 bilhões) de investidores. O lance de Série C mais recente foi de US$ 300 milhões (R$ 1,7 bilhão) liderado pela Paradigm e pela Coatue.

Planos para os recursos

A OpenSea agora planeja aumentar seu quadro de funcionários, com foco nas equipes de “confiança e segurança”. Além disso, vai investir para tornar seus produtos mais acessíveis a um público mais amplo. A competição no segmento é acirrada: a corretora Coinbase, por exemplo, anunciou planos de lançar uma bolsa NFT em outubro.

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Os críticos, por sua vez, apontam o potencial para fraudes e golpes no segmento. Em setembro, o chefe de produto da OpenSea foi dispensado depois que foi descoberto que ele comprava NFTs pouco antes de a companhia entrar no mercado. Recentemente, uma galeria de arte de Nova York alegou que US$ 2,2 milhões em NFTs foram roubados e oferecidos na OpenSea.

O crescimento da OpenSea foi rápido. Há dois anos, em março de 2020, a empresa tinha cinco funcionários, cerca de 4 mil usuários ativos, US$ 1,1 milhão (R$ 6,2 milhões) em transações mensais e cerca de US$ 28 mil (R$ 157,8 mil) em receitas mensais.

Em julho de 2021, a companhia já havia recebido US$ 100 milhões (R$ 563,5 milhões) em uma rodada de financiamento liderada pela Andreessen Horowitz. Naquele mês, registrou cerca de US$ 350 milhões (R$ 2 bilhões) em transações. Em agosto, as transações atingiram US$ 3,4 bilhões (R$ 19 bilhões) e as receitas de comissões somaram US$ 85 milhões (R$ 479 milhões).

Em dezembro, a OpenSea processou mais de US$ 3,3 bilhões (R$ 18,6 bilhões) em vendas e obteve receita de cerca de US$ 82,5 milhões (R$ 464,9 milhões). Atualmente, emprega mais de 70 pessoas.

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Fonte: Forbes