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Fundador da Alibaba é confundido com homem preso, e ações da empresa desabam

Por| Editado por Claudio Yuge | 05 de Maio de 2022 às 14h00

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JD Lasica / Wikimedia
JD Lasica / Wikimedia
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Jack Ma, bilionário chinês dono da Alibaba, foi confundido com um homem preso na terça-feira (3) em Hangzhou, cidade natal da gigante do comércio eletrônico. Como consequência, as ações da companhia desabaram até 9,4% na Bolsa de Hong Kong.

A emissora estatal CCTV pôs no ar uma reportagem com a prisão de um suspeito, com o sobrenome Ma, de realizar atividades de risco à segurança nacional na internet. Como é o mesmo nome do fundador da Alibaba, muitos acharam que era o empresário. Além disso, o verdadeiro Jack Ma teve recentes problemas com as autoridades chinesas, o que ampliou a confusão.

O canal de TV revisou a reportagem e disse que o homem preso tem um nome de três caracteres, para deixar claro que não era o bilionário. Depois disso, as ações da Alibaba reduziram a maior parte das perdas e encerraram em queda de 1,76%. A agência Reuters entrou em contato com um porta-voz do Alibaba, que não respondeu.

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Em outubro de 2020, pouco antes do IPO (abertura de capital na Bolsa) do Ant Group, holding da Alibaba, Jack Ma fez um ataque público contra os bancos e fiscalizadores financeiros da China. Em uma reunião de cúpula realizada em Xangai, ele afirmou "que o sistema regulatório chinês estava sufocando a inovação e deve ser reformado para fomentar o crescimento". Ma disse ainda que os bancos chineses operavam com uma mentalidade de “casa de penhores”.

Mordidos pelo ataque do executivo, os reguladores chineses e funcionários do Partido Comunista começaram a supervisionar de perto o império financeiro de Ma, culminando com a suspensão do IPO da Ant.

Após o episódio, o executivo — que gostava bastante de aparecer em público — se recolheu, o que causou boatos de que estava desaparecido. Ele reapareceu em janeiro de 2021. Ainda neste mês, o CCTV produziu um documentário intitulado “Tolerância Zero” vinculando o Ant Group e outras empresas privadas à corrupção.

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Fonte: G1