Americanas compra rede de mercados Hortifruti Natural da Terra por R$ 2,1 bi

A Americanas anunciou nesta quarta-feira (11) a compra da rede Hortifruti Natural da Terra, formada por 73 lojas. A aquisição diversifica o negócio de varejo da empresa com a inclusão de uma nova vertical de produtos focados na alimentação saudável, em um negócio que movimentou R$ 2,1 bilhões.

• Americanas está de olho na Lojas Marisa e inicia conversa para aquisição
• Lojas Americanas e B2W unificam operações e formam a gigante americanas s.a.
• Empreendedores criam plataforma para investir no mercado imobiliário

A Hortifruti faturou R$ 2 bilhões em 2020, com uma margem de EBITDA próxima aos 12% e dívida líquida de R$ 300 milhões. A Americanas acredita que será possível multiplicar o EBTIDA em nove vezes com a aquisição e a implementação de sinergias com os demais negócios que já controla (incluindo as Lojas Americanas e da B2W).

Segundo o CEO Miguel Gutierrez afirmou ao site Brazil Journal, a compra se encaixa nas ambições futuras da empresa. “Não estamos preocupados apenas com volume de vendas, mas também em abrir novas verticais de negócios e aumentar a nossa recorrência”, afirmou.

As 73 lojas da Hortifruti estão presentes nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, e a Americanas planeja expandir a rede para outros locais do país como resultado da aquisição. Entre os primeiros resultados que deverão ser sentidos pelos consumidores está a integração da rede ao AME, carteira digital da Americanas.

Aquisição depende do CADE

A empresa pretende manter a equipe responsável pelo gerenciamento do negócio, que já conhece a especificidade da operação das lojas e da logística. A aquisição também marca a saída do negócio da Partner Groups, gestora de private equity suíça que entrou na empresa no final de 2015.

Com uma base de clientes formada principalmente pelos públicos A, B+ e B-, a Hortifruti possui 54 lojas tradicionais, 18 locais leves (com especialização em produtos de feira) e outras operações conhecidas como dark stores, usadas em operações de delivery. A transação ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Fonte: Brazil Journal