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Três maiores ricaços de big techs da China perdem mais de R$ 80 bi em um dia

Por| Editado por Claudio Yuge | 17 de Março de 2022 às 21h20

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Wikipedia/Creative Commons/Rede de Notícias da China
Wikipedia/Creative Commons/Rede de Notícias da China

Com a queda das ações de big techs chinesas, os três dos mais ricos da China perderam mais de R$ 80 bilhões em apenas um dia. As perdas ocorreram em meio a um tombo histórico do índice Hang Seng, de Hong Kong — que fechou no nível mais baixo em mais de cinco anos e meio, na última sexta-feira (11).

Os bilionários chineses que enfrentaram perdas na última sexta-feira (11) incluem o cofundador da Tencent, Ma Huateng (ou Pony Ma), que liderou a queda com a redução da sua fortuna em US$ 6,1 bilhões (R$ 31,5 bilhões), seguido pelo presidente da Nongfu Spring, Zhong Shanshan, também conhecido como o “rei da água engarrafada” na China com uma perda de US$ 5,6 bilhões (R$ 28,9 bilhões) e o vice-presidente da Country Garden, Yang Huiyan, que teve um prejuízo de US$ 4,7 bilhões (R$ 24,2 bilhões).

Queda das ações

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As empresas chinesas, incluindo as de Huateng, Shanshan e Huiyan, estão sendo prejudicadas por uma série de fatores. A primeira questão envolve outra possível sanção econômica da China por parte do Ocidente — que poderia pressionar ainda mais a economia chinesa — devido à preocupação relacionada aos laços mais estreitos entre a segunda maior economia do mundo e a Rússia — que inclui o fornecimento de assistência militar para o país soviético por Pequim.

Além disso, as restrições rigorosas do país na pandemia também têm prejudicado o crescimento e as receitas das empresas chinesas. Embora as medidas restritivas não afetem diretamente na oscilação das ações, elas podem impactar a cadeia de suprimentos e aumentar as preocupações geopolíticas — e possivelmente afastar algumas fábricas da China.

Por fim, a Tencent , proprietária do WeChat — considerado o WhatsApp da China — e uma das maiores empresas de tecnologia do país, enfrenta a possibilidade de sofrer uma grande multa em breve por violações das regras de antilavagem de dinheiro da China, sinalizando que a repressão regulatória de Pequim para "controlar o monopólio" — que se intensificou durante o ano de 2019 — ainda não acabou.

Na semana passada, as ações de diversas big techs chinesas listadas em Wall Street também tiveram uma queda brusca depois que a Comissão de Valores Mobiliários anunciou que retiraria cinco empresas chinesas das bolsas de valores dos EUA até o final do mês, caso elas não cooperassem com as regras de divulgação de auditoria norte-americanas.

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Com a tensão entre as duas maiores economias do mundo, a incerteza em relação às medidas regulatórias de Pequim e a economia da China, além da possível deslistagem de empresas chinesas de Wall Street, as ações de big techs do país asiático listadas nas bolsas dos EUA e da Ásia sofreram uma forte queda — impactando a fortuna dos maiores bilionários da China.

Pequim promete ajudar suas big techs

Apesar da queda na última semana, as ações de big techs chinesas negociadas nos EUA dispararam na última quarta-feira (17) após uma promessa feita pelo Conselho de Estado da China. O órgão informou que Pequim adotaria políticas favoráveis ​​à estabilidade econômica em uma reunião realizada pelo vice-primeiro-ministro, Liu He, na quarta-feira.

Na conferência, He disse que o governo chinês “ introduzirá ativamente políticas favoráveis ​​ao mercado e políticas que tenham um efeito contracionista com prudência”. Em resumo, Pequim planeja adotar um plano que consiste em amenizar ou eliminar por completo o déficit público.

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De acordo com a mídia estatal da China, as autoridades chinesas e norte-americanas estão desenvolvendo um plano de cooperação para permitir a listagem de companhias chinesas nos EUA. “O governo chinês continua a apoiar vários tipos de listas de empresas no exterior”, segundo um artigo do veículo.

De acordo com o portal chinês iFeng, cerca de 160 empresas chinesas registraram um crescimento de 10% ou mais. Empresas como Alibaba, JD.com, Baidu e Pinduoduo aumentaram cerca de 40%, após o anúncio.

As medidas de apoio as big techs chinesas ainda não foram divulgadas, porém, é certo que a liderança chinesa está sob pressão para manter o crescimento econômico do país estável ao mesmo tempo que enfrenta desafios de todos os lados, desde a desaceleração do consumo ao ressurgimento do Covid até a pressão internacional em relação ao seu posicionamento no contexto da guerra Rússia-Ucrânia.

No início de março deste ano, o primeiro-ministro Li Keqiang informou que a previsão de crescimento para a economia chinesa neste ano é de cerca de 5,5%, — considerada a meta mais baixa do país em 30 anos — porém acima da expectativa do Banco Mundial de 5,1% e da previsão do Fundo Monetário Internacional de 4,8%.

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Fonte: Forbes,Tech Node,CNBC