Sony pode abandonar o mercado de smartphones em 2016
Por Douglas Ciriaco | 07 de Outubro de 2015 às 18h08
Que a Sony vem passando por maus bocados financeiro ao longo dos últimos anos, não é surpresa nenhuma. Mas a leve retomada que a companhia apresentou recentemente parece que ainda não é suficiente para devolver a tranquilidade à criadora do PlayStation e do Walkmann.
De acordo com a agência de notícias Reuters, o presidente-executivo da Sony Kazuo Hirai até tem conseguido bons números graças aos bons ventos soprando a favor do PlayStation e também dos sensores de imagens produzidos pela gigante japonesa. Além disso, a venda da divisão de computadores, realizada no início do ano passado, serviu para livrar a companhia de um setor problemático, outra vitória.
Entretanto, a divisão de smartphones da companhia não está com o futuro garantido, conforme relata a publicação. Isso porque este mercado, bastante povoado, também está demorando a voltar a dar retorno para a Sony.
2016 é o limite
“Nós vamos continuar neste negócio desde que estejamos no caminho de um cenário de equilíbrio financeiro a partir do próximo ano”, informou Hirai a um grupo de jornalistas. “Caso contrário, nós não eliminamos a possibilidade de considerar algumas alternativas”.
Resumindo, se os smartphones não voltarem a dar lucro para a Sony a partir do ano que vem, é bem provável que a companhia deixe o setor. Vale lembrar que a possibilidade de vender a sua divisão de celulares foi cogitada no início deste ano, mas foi oficialmente descartada ainda no primeiro semestre de 2015.
“Eu tenho a sensação de que a reviravolta em nosso setor de eletrônicos já mostra progresso. O resultado de três anos de reestruturação começa a se mostrar”, comenta o presidente da Sony. “Mas nós ainda precisamos nos reestruturar nos smartphones”.
Mas o quadro não é nada animador. A concorrência com empresas mais tradicionais, como Apple e Samsung, e também com novatas, como Xiaomi e outras asiáticas, vem sendo dura para a Sony. A linha de smartphones Xperia representa, hoje, apenas 17,5% do mercado japonês, e esta fatia é ainda menor na América do Norte (somente 1%).
Fonte: Reuters