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Reino Unido exige meio para acessar dados criptografados do iPhone; entenda

Por  • Editado por Bruno De Blasi | 

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Reprodução/Unsplash
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Oficiais de segurança do governo do Reino Unido ordenaram à Apple que disponibilize os arquivos que qualquer usuário ao redor do mundo suba no iCloud, serviço de armazenamento na nuvem da empresa. As informações foram divulgadas pelo jornal Washington Post nesta sexta-feira (7).

A ordem do governo britânico impõe que as autoridades tenham acesso total ao material criptografado que os usuários salvam na nuvem, e não apenas recebam ajuda para investigar uma conta específica. 

Diante da situação, segundo o jornal, é esperado que a Apple pare de oferecer o serviço de criptografia para arquivos na nuvem para usuários do Reino Unido, o que não seria suficiente pois outros clientes ao redor do mundo ainda teriam acesso ao serviço.

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O Reino Unido pode ordenar acesso a estes arquivos?

O Ministério do Interior enviou à big tech um documento que ordena o acesso aos arquivos criptografados com base na Lei de Poderes Investigativos de 2016.

Essa lei, apelidada de “Carta dos Bisbilhoteiros”, autoriza a interceptação de comunicações, interferência em dispositivos para obtenção de dados e a retenção de dados dos usuários por parte dos provedores de serviços de comunicação, por até um ano.

Inclusive, é ilegal divulgar ordens do governo com base nessa lei.

Até o momento, a Apple não se pronunciou sobre o caso.

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O embate entre a empresa americano e o Reino Unido esquentou nos últimos meses. 

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Em janeiro, a Apple foi acusada de abusar da sua posição de superioridade no mercado de aplicativos pela comissão de vendas na App Store de 30%. O julgamento corre no Tribunal de Apelação da Concorrência de Londres e os reclamantes buscam uma indenização de 1,5 bilhão de libras esterlinas.

Já em novembro de 2024, a companhia foi processada por supostamente violar leis de concorrência e forçar milhões de usuários britânicos a usarem o iCloud. Caso perca o processo, estima-se que em torno de 40 milhões de consumidores teriam direito a uma indenização de, em média, 70 libras esterlinas, a depender do tempo de assinatura do serviço.

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Fonte: Washington Post