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Musk explicará à Justiça compra de empresa de energia solar por US$ 2,6 bi

Por| Editado por Claudio Yuge | 12 de Julho de 2021 às 17h30

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Steve Jurvetson/Wikimedia Commons
Steve Jurvetson/Wikimedia Commons
Elon Musk

Elon Musk, bilionário chefe da Tesla e SpaceX, terá que se explicar à Justiça de Delaware (EUA) detalhes sobre a aquisição da empresa de painéis solares SolarCity em 2016, por US$ 2,6 bilhões.

Ele será a primeira testemunha do caso, que foi movido por acionistas da Tesla. Eles processaram Musk e membros do conselho da montadora. Alegaram que a compra foi para salvar as finanças da SolarCity e só serviu para enriquecer a família do executivo.

A companhia de paineis solares foi fundada por Peter e Lyndon Rive, primos de Musk. Ele e seu irmão Kimbal se beneficiaram da compra, pois o dono da Tesla também tinha 22% de partcipação na SolarCity da empresa e na época era também presidente do conselho.

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Musk diz ter feito a aquisição para criar uma usina de energia limpa, segundo disse no blog da Tesla. Mas acionistas minoritários e dissidentes da montadora alegaram que ele queria usar o dinheiro deles para salvar a SolarCity, que na época da fusão tinha uma dívida de US$ 3 bilhões.

No ano passado, os membros do conselho da Tesla citados no processo – incluindo o irmão Kimbal – fizeram um acordo com os demais acionistas da montadora no valor de US$ 60 milhões, e com isso não admitiram irregularidades na aquisição. Musk foi o único réu que optou por levar a disputa aos tribunais. Como uma das pessoas mais ricas do mundo, ter bons advogados para defendê-lo não será um problema.

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De qualquer forma, é bom ele ter cuidado. Se a Justiça determinar que o negócio foi indevido, Musk teria que devolver dinheiro à Tesla – embora seja um valor menor do que os US$ 2,6 bilhões que a montadora pagou pela SolarCity na época. O julgamento está previsto para durar até 23 de julho de 2021, a menos que os envolvidos busquem um acordo que encerre a disputa fora dos tribunais.

O polêmico executivo já teve outros problemas na Justiça. Em 2018, por exemplo, a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) o processou por fraude por causa de um tuíte de Musk sobre fechar o capital da Tesla por US$ 420 a ação, o que fez o preço das ações da companhia dispararem. O execuivo e a montadora fizaram um acordo e pagaram US$ 20 milhões cada, e Musk foi forçado a deixar temporariamente o posto de executivo-chefe da Tesla como parte do acordo.

Fonte: TechCrunch, CNBC, Wall Street Journal