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Facebook pode ter compra do Giphy desfeita em decisão no Reino Unido

Por| Editado por Claudio Yuge | 29 de Novembro de 2021 às 23h20

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Divulgação/Facebook
Divulgação/Facebook

A Meta, antes conhecida como Facebook, pode não receber autorização da Autoridade de Competição e Mercados (CMA) do Reino Unido para a compra do Giphy. O órgão está pronto para reverter a operação e a prazo final para o anúncio da decisão é quarta-feira (1º).

A compra foi anunciada em maio de 2020 e envolveu uma soma de US$ 400 milhões (mais de R$ 2,23 bilhões na cotação atual). Os reguladores antitruste do Reino Unido e da Austrália passaram a avaliar a transação um mês depois do acordo entre as empresas. Inicialmente, a CMA emitiu uma ordem para que o Facebook paralisasse a integração com o Giphy enquanto a investigação era conduzida. Em agosto de 2021, um relatório inicial informou que a fusão afetaria os concorrentes e que a única solução era que a Meta vendesse o Giphy.

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Isso porque, se a empresa tivesse o controle do Giphy, teria uma vantagem injusta sobre as mídias sociais concorrentes, como o Snapchat e o TikTok, que também usam o recurso. Sem contar que isso removeria o Giphy do cenário de concorrentes no segmento de exibição de publicidade.

Embora ambas as empresas sejam americanas, a CMA pode intervir em qualquer aquisição que as partes controle mais de 25% de um serviço oferecido no Reino Unido. Juntos, Meta e Giphy controlariam de 80% a 90% do mercado de busca de adesivos animados.

Em outubro, a CMA multou o Facebook em US$ 70 milhões porque a empresa não apresentou informações de como pretendia continua a competir com o Giphy. A empresa, por sua vez, argumentou que estava fazendo o possível para cumprir os requerimentos da CMA.

Bloqueio completo ou parcial

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Greg Taylor, professor associado de economia no Instituto de Internet de Oxford, aponta que a CMA pode bloquear a operação completa ou parcialmente. Se o órgão optar por desfazer o negócio entre Meta e Giphy, isso pode se tornar uma referência para outras grandes empresas de tecnologia.

Ele destaca que, fora do setor, fusões são investigadas o tempo todo e não é incomum que tenham de fazer alguma reparação. “Já no segmento de tecnologia quase nunca houve grandes intervenções para impedir fusões de grandes empresas. Nas duas últimas décadas, elas adquiriram centenas de companhias", destaca Taylor. “Essa é a primeira vez e acho que significa que estão impondo limites.”

Nos últimos anos, a Meta e outras empresas do mesmo porte no segmento têm sido constantemente investigadas por órgão reguladores por práticas anticompetitivas. Em julho de 2020, o deputado democrata David Cicilline, que dirige o subcomitê antitruste, disse que a companhia deveria ser dividido por ter "comportamento clássico de monopólio".

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No início de novembro, fundadores do app Phhhoto iniciaram uma ação judicial contra o Facebook. Eles dizem que plataforma clonou e destruiu seu aplicativo depois de inicialmente tentar fazer uma parceria com a desenvolvedora.

Fonte: Business Insider