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Facebook pode ter de vender Giphy após análise antitruste no Reino Unido

Por| Editado por Claudio Yuge | 12 de Agosto de 2021 às 15h00

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Divulgação/Facebook
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Uma decisão da Autoridade de Concorrência e Mercados (Competition and Markets Authority – CMA) do Reino Unido — cujo papel é semelhante ao do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que regula a concorrência no Brasil — pode fazer o Facebook ter de vender o Giphy, uma ferramenta de criação de GIFs. O Facebook comprou o site em maio do ano passado para integrá-lo ao Instagram. A firma de análise de mercado Axios estima que o acordo custou US$ 400 milhões (mais de R$ 2 bilhões).

Segundo o órgão, a associação das duas empresas pode afetar o segmento de publicidade. “O Facebook poderia começar a retirar GIFs de plataformas concorrentes ou solicitar mais dados dos usuários que quisessem usá-los. Além disso, a compra tira do mercado um potencial concorrente”, aponta Stuart McIntosh, presidente da entidade.

Após investigação, a CMA descobriu que antes do acordo com o Facebook, o Giphy considerava expandir seus serviços pagos de publicidade, já disponíveis nos EUA, para outros países. Logo após a negociação, entretanto, o Facebook encerrou as parcerias do Giphy.

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Um porta-voz do Facebook diz que as conclusões da CMA não são amparadas por evidências. “Como demonstramos, essa fusão é interessante para pessoas e empresas do Reino Unido e de todo o mundo”, declara. A empresa destaca, ainda, que vai continuar a trabalhar com a CMA. Já o Giphy preferiu não comentar.

Caso

Outras ocorrências

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Esta não é a primeira vez que a CMA indica preocupação sobre grandes aquisições. O acordo de US$ 9,2 bilhões (quase R$ 50 bilhões) que uniu o eBay e a Adevinta, de anúncios online, passou por algo semelhante. Além disso, o órgão pediu que os irmãos Issa, do EG Group, acalmem a concorrência em relação à compra do supermercado Asda e seus postos de combustível.

A entidade, no momento, tem a ajuda de outras agências para revisar a transação e, com isso, ter mais subsídios para a investigação. Os envolvidos estão convidados a comentar o processo até 2 de setembro.

Fonte: Reuters