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Cashless economy: o futuro sem dinheiro em espécie

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Envato/leungchopan
Envato/leungchopan

A grande parte dos brasileiros já realizou pagamentos por cartão de crédito e débito ou então "já fez um Pix". O que a maioria não sabe é que isso faz parte de um projeto de cashless economy, que consiste em um modelo econômico sem dinheiro em espécie.

Os métodos de pagamento digitais estão ganhando cada vez mais espaço no país, incluindo desde os pagamentos por aproximação até o Pix. Segundo os dados apresentados no Relatório de Tendências 2022, da Zoop, entre os meses de janeiro e outubro de 2021, R$ 40 bilhões em espécie deixaram de circular no país — montante 10,5% menor que o ano anterior.

Enquanto isso, desde o seu lançamento há dois anos, o Pix se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, com 117,7 milhões de brasileiros cadastrados. As carteiras digitais, como PicPay, também ganham destaque pela rápida adesão do público.

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Segundo uma pesquisa da Federação de Bancos do Brasil (Febraban), cerca de 87% das entidades financeiras entrevistadas afirmaram que alta expectativa dos clientes impulsionaram os esforços para a digitalização dos bancos. No Brasil, o Banking as a Service (BaaS) gerou uma receita de US$1,392 bilhões (R$ 7,28 bilhões) em 2021, representando 73% da receita total da América do Sul.

Com isso, é possível traçar o cenário em que um mundo sem dinheiro físico não é tão estranho, considerando a facilidade em que o brasileiro adotou métodos alternativos, principalmente para pagamentos à distância com o crescimento do e-commerce. O Brasil ainda tem mais um projeto no forno para contribuir com esse futuro: o Real Digital.

Real digital

O Brasil é um dos países mais avançados no desenvolvimento da moeda digital de Banco Central (CBDC, em inglês): o Real Digital. O dinheiro virtual será pareado com a moeda fiduciária do país e visa desenvolver uma tecnologia segura e eficaz para melhorar os serviços da Open Finance e se preparar para a economia da Web 3.0.

A professora da PUC-SP e ESPM, Cristina Helena P. Mello, em entrevista para o portal Prensa, afirma que os brasileiros já utilizam uma moeda digital, ao realizarmos pagamentos através do Pix ou por aproximação. "A diferença, agora, é a tecnologia que está por trás do que estamos chamando de Moeda Digital".

A tecnologia será baseada em blockchain, a mesma utilizada para criptomoedas, mas terá como principal responsável o Banco Central do Brasil — ao contrário do que é proposto pelas finanças descentralizadas (DeFi).

Em entrevista a Exame, Fábio Araújo, coordenador do projeto de desenvolvimento do Real Digital, explica que a proposta é “construir uma plataforma de programabilidade para meios de pagamentos com uso de protocolos de finanças descentralizadas, de pagamento contra entrega, de pagamento contra pagamento e aplicações para internet das coisas”.

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Apesar de já estar sendo testado, a previsão é que o real digital seja lançado apenas em meados de 2024.

Fonte: Zoop; Prensa; Cartos