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Amazon encerra os direitos de venda de 3 mil contas chinesas

Por| Editado por Claudio Yuge | 21 de Setembro de 2021 às 14h30

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Reprodução/Reuters/Brendan McDermid/Files
Reprodução/Reuters/Brendan McDermid/Files
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Nos últimos cinco meses, a Amazon encerrou os direitos de venda de cerca de 600 marcas chinesas e 3.000 contas, incluindo os perfis de alguns dos maiores comerciantes da plataforma. Na última sexta-feira (17), a vice-presidente global da empresa americana na China, Cindy Tai (Dai Lingfei), deu mais informações sobre o bloqueio.

“Esses vendedores tiveram avaliações múltiplas repetidas e séries de comportamentos irregulares, além de muitas outras violações. Nos últimos meses, a Amazon advertiu os lojistas continuamente. Houve avisos e eles tiveram muitas oportunidades de apelar e até tiveram suas contas restauradas. No entanto, estes comerciantes continuaram violando as regras, por isso decidimos encerrar a relação de cooperação", disse Cindy.

A plataforma já vem enfrentando problemas com lojistas chineses há algum tempo. Segundo a Amazon, os vendedores estariam pagando por avaliações. A lista de empresas sancionadas incluía perfis com vendas anuais superiores a US$ 1 bilhão. No entanto, o marketplace adotou diferentes formas de lidar com as infrações, para não causar grandes prejuízos aos varejistas.

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Uma vez que que a conta seja desativada devido a uma violação, a plataforma fornecerá a oportunidade ao comerciante de protestar e provar que não houve infração, caso contrário, os fundos serão congelados por 90 dias e usados para compensar o cliente, bem como outras despesas pendentes do vendedor. Se não houver nenhuma violação após os 90 dias, o acesso aos fundos poderá ser recuperado.Em caso de reincidência na quebra das regras, o varejista poderá ter suas contas encerradas.

Presidente do "Vale do Silício chinês" vê injustiça na decisão

A presidente da Shenzhen Cross-Border E-Commerce Association, Wang Xin, disse ao Global Times em agosto que a Amazon estaria sendo injusta em relação aos lojistas chineses. Ela afirmou que o marketplace não só bloqueou as contas que violavam as regras mas também aquelas que estavam operando de acordo com as diretrizes, além disso, Wang questionou se as decisões estariam sendo tomadas com base nas regras da plataforma ou se seriam decisões estratégicas, considerando que ainda havia produtos semelhantes aos dos perfis bloqueados, sendo vendidos.

Muitas das empresas sancionadas fazem parte de um número crescente de companhias que aproveitam a proximidade e a facilidade de acesso à manufatura do país asiático, para exportar os produtos por meio de marketplaces como a Amazon e o eBay. Segundo a instituição especializada em pesquisas na área de e-commerce, o Marketplace pulse, estima-se que quase metade dos vendedores nos mercados internacionais da empresa mais valiosa do mundo estão na China, embora a mesma conteste os números.

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O governo chinês, por sua vez, vê o comércio eletrônico internacional como um meio de aumentar suas exportações para o exterior. Em agosto, após as sanções da Amazon, Shenzhen, o “Vale do Silício Chinês”, passou a oferecer um incentivo de 2 milhões de yuans (R$ 1,6 bilhões) para que empresas de e-commerce cross border pudessem estabelecer suas próprias lojas online sem depender da plataforma americana, informou o South China Morning Post.

Além disso, muitas empresas chinesas, orientadas pela Shenzhen Cross-Border E-Commerce Association, estão agora em busca de alternativas para substituir a Amazon. Alguns estão optando por rivais como o eBay, enquanto outros procuram o Shopify como solução.

No entanto, as medidas adotadas pelo marketplace americano não diminuíram o ritmo do comércio eletrônico internacional da China. No primeiro semestre do ano, o comércio eletrônico internacional do país se manteve estável, atingindo 886,7 bilhões de yuans (R$ 725 bilhões), um aumento anual de 28,6%, de acordo com estatísticas alfandegárias.

“A velocidade de crescimento será maior, pois além do mercado americano, alguns países em desenvolvimento do Sudeste Asiático e da África também têm demanda por produtos chineses. Enquanto conseguirmos vender todos os produtos, com certeza, haverá uma alta velocidade de desenvolvimento.", disse ela.

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Fonte: IT Home,GlobalTimes,Quartz