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Amazon é acusada de plagiar produtos para impulsionar as próprias vendas

Por| Editado por Claudio Yuge | 18 de Outubro de 2021 às 15h20

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Bryan Angelo / Unsplash
Bryan Angelo / Unsplash

Recentemente, a Amazon foi acusada de plagiar produtos e favorecer suas próprias marcas nos resultados de busca do marketplace, atravé de dados internos, para ver os produtos mais populares de outros vendedores. Com base em uma reportagem da Reuters, um grande número de documentos da Amazon da Índia parecem confirmar essas alegações, que a gigante já havia negado anteriormente.

Os documentos revelam que a filial indiana da companhia teria se aproveitado de dados internos da empresa para copiar os produtos mais vendidos por terceiros e listar as mesmas mercadorias em sua plataforma como se fossem da própria Amazon, além de manipular os resultados de pesquisa para que os produtos da marca aparecessem nas primeiras posições.

A “estratégia” de encontrar “artigos de referência” e copiá-los foi descrita em um documento de 2016, onde foi detalhado um plano para o lançamento de uma marca própria da Amazon, chamada "Solimo", adaptada para o mercado indiano. O objetivo era utilizar as informações de outros vendedores da plataforma na versão indiana para desenvolver novos produtos e comercializá-los.

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Na lista de marcas e produtos de referência da Amazon na Índia, estavam panelas da Prestige, uma das maiores empresas de equipamentos de cozinha do país e camisas masculinas das marcas Peter England e Louis Philippe, ambas fabricadas pelo conglomerado Aditya Birla Group. Nenhuma das empresas comentou sobre o ocorrido, exceto a Prestige. "Não temos conhecimento de que somos uma 'marca de referência' para a Amazon e não sabemos o que significa ser uma marca de referência da Amazon". disse Chandru Kalro, diretor-executivo da TTK Prestige.

De acordo com a Reuters, duas fontes confirmaram que a Amazon utilizou algumas ferramentas para alterar as classificações de pesquisa e impulsionar suas próprias mercadorias. Piyush Tulsian, um varejista de acessórios de computador de Nova Deli, informou à Reuters que costumava ganhar cerca de 1.500 dólares (8.300 reais) por mês vendendo mousepads da Logitech na plataforma. 

Porém, há cerca de dois anos, as suas vendas começaram a cair. Tulsian descobriu que a Amazon favorecia as próprias mercadorias, mostrando um anúncio do mousepad da AmazonBasics para todos os clientes que haviam clicado no anúncio do mousepad da Logitech. Além disso, o produto da marca suíça também começou a aparecer em uma posição muito mais baixa nos resultados de pesquisa, disse ele. Tanto a Amazon, como a Logitech recusaram-se a comentar sobre o assunto, segundo a Reuters.

O que diz a Amazon?

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Em resposta à reportagem, a Amazon declarou: “Exibimos os resultados da pesquisa com base na relevância para a consulta de pesquisa do cliente, independentemente de tais produtos terem marcas privadas oferecidas pelos vendedores ou não”. A empresa não replicou em sua declaração sobre as provas documentais de que funcionários teriam copiado produtos de terceiros para favorecer suas próprias marcas.

Há muito tempo, as autoridades da Índia, dos EUA e da Europa têm acusado a gigante estadunidense de adotar práticas anticompetitivas. A Reuters salienta em sua reportagem que uma investigação na Índia está verificando se a companhia promoveu injustamente seus próprios produtos.

Fonte: Reuters