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A volta dos aviões comerciais supersônicos está confirmada; veja o porquê

Por| Editado por Jones Oliveira | 04 de Junho de 2021 às 22h00

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Divulgação/Nathan Leach-Proffer, Boom Supersonic
Divulgação/Nathan Leach-Proffer, Boom Supersonic

O mercado da aviação mundial terá voos supersônicos comerciais novamente. A United Airlines, uma das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos, confirmou a compra de 15 aeronaves da startup estadunidense Boom Supersonics, que deverá entregar as primeiras unidades em 2029. Com isso, o setor deve sofrer uma volta consistente de aviões com essa tecnologia.

Desde 2003 sem voos oficiais, o Concorde é a referência quando pensamos em aviões supersônicos comerciais. A possibilidade de fazer rotas intercontinentais em menos tempo do que jatos convencionais, além do luxo a bordo, era privilégio para poucos devido aos altos custos operacionais. E é nisso que a Boom focou quando anunciou o desenvolvimento dos modelos comprados pela UA, o Overture.

A promessa da empresa é de que o avião seja ecologicamente mais correto e eficiente do que o modelo francês, que atuava com motores altamente poluentes de pós-combustão. A Boom projetou o Overture para ser 100% neutro em carbono desde seu primeiro voo, que ainda vai acontecer — em caráter experimental — até 2026. Além disso, a cabine e o serviço prometem ser mais confortáveis e menos custosos, chegando a mais pessoas pelo mundo, já que o Concorde, justamente por seus elevados gastos operacionais, tinha a presença majoritária de passageiros mais abonados.

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Tecnicamente falando, o Overture será tudo aquilo que o Concorde foi em termos de desempenho e autonomia. A promessa é de que ele faça voos entre Nova Iorque e Londres em apenas três horas e meia. Já a rota entre Los Angeles e Tóquio poderá ser realizada em apenas seis horas. Tudo a uma altura aproximada de 18 mil metros e a uma velocidade de 2.100 km/h.

Necessidades legais e operacionais

Além do desafio de construir uma máquina dessas, a Boom terá de correr com as regulamentações e certificados. Em muitos países não é possível operar com aviões supersônicos devido ao seu estrondo da ultrapassagem da velocidade do som. Mesmo com tecnologias sendo trabalhadas para mitigar esse som assustador, como a da NASA, esse desafio será enorme e demandará muito jogo de cintura da empresa.

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Mas, o principal desafio da Boom e, claro, da United Airlines é fazer com que os voos supersônicos estejam ao alcance de todos. Caso esse serviço se popularize, os clientes e a aviação tendem a ganhar. As empresas, aliás, estão buscando soluções para que o combustível utilizado seja o menos poluente possível, já que os motores do Overture serão, de fato, mais modernos e eficientes do que os do Concorde.

Lembremos, também, que outras empresas estão trabalhando em avões supersônicos, como a estadunidense Aerion.

Cronograma de operação

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A United Airlines deve receber as primeiras unidades do Overture em 2029. Já o primeiro voo de teste da aeronave deve ocorrer em 2026.

Fonte: CNET