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Lenovo estaria tentando comprar a BlackBerry

Por| 20 de Outubro de 2014 às 14h25

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Lenovo estaria tentando comprar a BlackBerry
Lenovo estaria tentando comprar a BlackBerry
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Se você é desses que dizem que o Facebook tem os bolsos fundos e quer comprar o mundo, é melhor pensar novamente. A Lenovo estaria disposta a fazer uma grande aquisição da BlackBerry, comprando uma bela participação acionária na fabricante de smartphones e ampliando seu foco no mercado mobile, só que agora de olho no mundo corporativo.

Os rumores foram publicados pelo site Phone Arena e não são novidade para quem acompanha o noticiário de tecnologia. Desde o início de 2013, quando a Lenovo começou a falar publicamente sobre a diversificação em suas atividades e uma possível compra de companhias em diversos mercados, a BlackBerry tem sido assunto. Muitas teriam sido as negociações, sempre infrutíferas, e maiores ainda as especulações, que já estão prestes a completar dois anos de idade.

Mas, agora, a coisa parece ser séria. A Lenovo teria oferecido US$ 15 por ação para compra de um número não revelado de cotas da BlackBerry, dando a ela um belo controle sobre a companhia. A empresa chinesa estaria disposta a negociar um valor de até US$ 18 por papel, o que representaria uma gigantesca injeção de dinheiro em uma fabricante que anda precisando de investimento, apesar de encontrar-se atualmente em esforços de ressurgimento e foco em sua base atual de clientes, de forma a não perdê-la para concorrentes muito mais poderosos como Apple e Google.

Já para a Lenovo, a ideia é expandir sua forma de atuação, já que o foco quase que único no mercado de computadores não tem dado tanto resultado. De olho nos números que mostram a troca de notebooks e similares por smartphones e tablets, a companhia já adquiriu a Motorola. Além disso, procura intensificar sua presença junto aos segmentos corporativos com a compra da divisão de servidores da IBM e, agora, se os rumores estiverem certos, também com a BlackBerry.

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Os números recentes exibidos pela fabricante do mundo mobile teriam impressionado e a colocado de volta na mesa para discussões. O BlackBerry Passport, mais recente aparelho da companhia, com design quadrado e teclado físico, esgotou nas prateleiras em seus primeiros dias. Foram apenas 200 mil unidades fabricadas, é verdade, mas a disponibilidade controlada e o sucesso mostrou que ainda existe demanda por aparelhos mais convencionais.

Seria, então, um jogo no qual a Lenovo se voltaria para os dois lados. De um, estão os aparelhos com Android, incluindo alguns de topo de linha como o Nexus, com a mais alta tecnologia da categoria. De outro, há o segmento corporativo, com BlackBerries e grandes empresas, com seus altos executivos utilizando os smartphones para o trabalho. E a receita de ambas as vertentes iria para o mesmo bolso.

Mas especialistas já antecipam uma série de problemas caso o negócio realmente vá adiante. No passado, a Lenovo sofreu com um banimento de máquinas próprias em diversos setores do governo norte-americano. Agora, esse mesmo empecilho existe quando o assunto são os servidores. Imagine o que aconteceria caso a companhia chinesa adquirisse também a BlackBerry, que tem o próprio presidente Barack Obama como um de seus mais ilustres usuários?

O medo das autoridades dos EUA é, claro, a espionagem. A ideia de ter sua infraestrutura e aparelhos usados por altos oficiais sob o controle de uma companhia chinesa desagrada bastante, e, provavelmente, é um fator a ser levado em conta pela Lenovo. Mas parece cedo demais para falar sobre isso, já que as negociações sobre uma possível compra parecem ter recomeçado apenas recentemente e ainda estariam um tanto quanto longe de uma finalização.

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Por enquanto, nada de informação oficial. Mas como normalmente acontece, onde há fumaça, há fogo. Executivos da Lenovo já falaram oficialmente sobre o assunto e a única pergunta que fica é se, agora, a aquisição realmente vai para frente.