Tremor de terra é registrado no interior de São Paulo
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela | •
Na noite de segunda-feira (29), às 22h48, um tremor de terra com magnitude de 2,3 graus na escala Richter foi detectado na cidade de Paraibuna, no interior do estado de São Paulo. O município com cerca de 18 mil moradores, segundo dados do IBGE, fica a cerca de 120 km da capital.
Apesar da baixa magnitude, moradores da região relatam ter sentindo os efeitos do abalo sísmico, como tremores. No entanto, a prefeitura não divulgou, até o momento, nenhum tipo de dano relacionado ao fenômeno natural.
O abalo sísmico do interior de São Paulo foi registrado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e, em seguida, foi analisado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).
Tremores são comuns no Brasil
É importante destacar que tremores de baixa magnitude são relativamente comuns no Brasil, segundo especialistas da RSBR. Na maioria dos casos, esses sismos são causados por pressões geológicas movimentando pequenas fraturas na crosta terrestre, sem riscos estruturais ou danos às populações locais.
No histórico do estado de São Paulo, o último tremor de terra registrado ocorreu em Monte Azul Paulista, no dia 19 de setembro de 2023. A magnitude do sismo foi de 2,2 graus na escala Richter.
Impacto de terremotos
Há cerca de 10 dias, um terremoto foi identificado no Brasil, segundo a RSBR e outros serviços internacionais de monitoramento geológico. Nesse caso, o abalo sísmico ocorreu em Ipixuna, cidade do Amazonas próxima à fronteira com o Peru e perto do Vale do Javari, com magnitude de 6,6 na escala Richter — três vezes mais intenso que o tremor do município de Paraibuna.
O interessante é que, no episódio no Norte do país, não foram compartilhados relatos sobre o tremor de terra pela população local, como se "ninguém" tivesse sentido. Nesta semana, mais um tremor ocorreu próximo à região, com 6,5 graus, e novamente não foi associado a danos.
Entre as possíveis explicações, está a profundidade em que o abalo ocorreu (614,5 quilômetros de profundidade), um fator que limita o impacto e, consequentemente, a percepção das pessoas próximas do epicentro e o nível de destruição.
No oposto, quanto mais rasa é a profundidade dos tremores, maior pode ser o impacto de destruição e de letalidade de um terremoto, como foi observado nos abalos sísmicos que atingiram a Turquia e a Síria no mês de fevereiro do ano passado. Com o primeiro terremoto marcando 7,8 graus na escala Richter, mais de 10 mil pessoas morreram em consequência do fenômeno. Situação semelhante já foi observada na Indonésia.