Setembro de 2020 atingiu recordes de temperaturas altas em todo o planeta
Por Natalie Rosa | 16 de Outubro de 2020 às 18h40
O mês de setembro trouxe temperaturas altas para todo o Brasil, mas o aquecimento não foi registrado somente por aqui. Neste ano de 2020, o planeta vem enfrentando recordes extremos de incêndios florestais, que trazem como consequência temperaturas elevadas, e o mês ficou registrado também como o setembro mais quente dos últimos 30 anos, desde que os recordes começaram a ser registrados.
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Em comparação com o mesmo período do ano passado, setembro deste ano esteve 0,05 °C mais quente que 2019, que também já sustentava um recorde. Embora muitos países tenham sentido um aumento nas temperaturas, o aquecimento foi bastante alarmante em regiões da América do Sul, Austrália, na costa do norte da Sibéria e no Oriente Médio.
Mas aumento das temperaturas não aconteceu somente em setembro. Em junho, por exemplo, uma cidade da Sibéria atingiu a temperatura recorde de 38 °C, sendo a maior já registrada acima do Círculo Ártico. O inverno e a primavera na região foram mais quentes que o normal, apresentando temperaturas de cerca de 10 °C acima do comum no mês de maio. Em agosto, o Vale da Morte, deserto da Califórnia, chegou a atingir 54,4 °C, sendo a maior temperatura já registrada em mais de um ano, além de também ter sido a mais alta do mundo.
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Também neste ano, as queimadas da Califórnia quebraram recordes de destruição, com mais de 1,6 milhão de hectares afetados. Desde 1950, os incêndios no estado norte-americano só vêm aumentando, ano após ano. Setembro registrou ainda o recorde de menor quantidade de gelo marinho no mundo, com a sua extensão reduzindo consideravelmente nas últimas décadas.
As informações são do Climate Change Service, que faz parte do programa Copernicus, da União Europeia, coletadas a partir de um conjunto de dados chamado ERA5.
Fonte: Space.com