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Satélite da NASA ajuda a proteger animais da extinção

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Junho de 2024 às 14h17

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Pixabay
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Para ajudar a salvar espécies e impedir que entrem em extinção, a NASA está usando os seus satélites para localizar potenciais habitats para tigres, onças-pintadas e elefantes. A busca por novos espaços cresce, conforme a população humana aumenta e coloca em risco as áreas ambientais, tradicionalmente ocupadas por esses animais.

Entre as informações captadas pelos satélites da NASA, estão as imagens  infravermelhas e de espectrorradiômetro, que revelam a saúde da vegetação em tempo real. 

“Os satélites observam vastas áreas da superfície da Terra diariamente ou semanalmente”, lembra Keith Gaddis, gerente do programa de conservação ecológica da NASA, em nota. 

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Dessa forma, é possível monitorar áreas abrangentes, com milhares de quilômetros, o que seria inviável para a maioria das equipes de pesquisa por via terrestre. Isso permite avaliar, por exemplo, o nível de desmatamento e também de preservação de áreas ocupadas por onças-pintadas.

Onça-pintada em risco?

No passado, as onças-pintadas dominaram as Américas, ocupando regiões que iam do sudoeste dos EUA até o Brasil. No entanto, esses felinos perderam mais de 50% da área original, tornando-se mais raros na maioria dos países. 

Hoje, são classificados como “quase ameaçados” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). No Brasil, o IBAMA classifica a espécie como ameaçada de extinção, desde 2003.

Em alguns pontos das Américas, a espécie Panthera onca corre mais risco, como acontece na planície da floresta Gran Chaco — área que se estende do norte da Argentina até a Bolívia e que sofre intenso processo de desmatamento.

Através dos dados de satélite da NASA, os biólogos mapearam áreas prioritárias de conservação para onças-pintadas e descobriram que 36% das regiões no Chaco argentino são atualmente zonas de “baixa proteção”, onde o desmatamento é permitido. 

As autoridades locais podem usar esses dados para definir um novo traçado do zoneamento florestal, proporcionando recuperação do habitat para esses felinos. Inevitavelmente, isso contribuirá para a recuperação da espécie.  

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NASA identifica novos habitats

Outro grupo de felinos que se beneficia dos dados da NASA são os tigres (Panthera tigris). Na Eurásia, eles perderam 93% da sua área de distribuição histórica e, por isso, são classificados pela IUCN como “em perigo de extinção”. Para dificultar ainda mais o cenário, as áreas restantes em que vivem diminuíram 11% de 2001 para 2020.

Entretanto, as informações coletadas pela NASA mapearam “novas” grandes extensões de florestas vazias, sendo que essas poderiam ser habitadas pelos tigres, desde que fosse preservadas e ocorresse a oferta de fontes de alimentos (presas). 

“Se esses habitats tivessem presas suficientes e os tigres fossem capazes de encontrá-las, a base terrestre ocupada pelos tigres poderia aumentar em 50%”, explica Eric Sanderson, ecologista conservacionista envolvido no projeto. O estudo foi publicado na revista Frontiers in Conservation Science.

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Dados semelhantes já foram identificados para apoiar a proteção de elefantes-asiáticos (Elephas maximus) no sul do Butão. Agora, é necessário garantir que as informações sejam usadas na prática.

Fonte: NASA e Frontiers in Conservation Science