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Rios atmosféricos estariam acelerando derretimento de gelo na Groenlândia

Por| Editado por Patricia Gnipper | 05 de Maio de 2023 às 11h51

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Reprodução/Sentinel via University of Wisconsin
Reprodução/Sentinel via University of Wisconsin

Um estudo recente de cientistas americanos revelou que rios atmosféricos — fluxos de vapor d’água na atmosfera — estão favorecendo o derretimento das geleiras no norte da Groenlândia.

Não é somente na superfície que a água se desloca pelo planeta. Podendo alcançar milhares de quilômetros, os rios atmosféricos são um importante meio de transporte de umidade ao redor do mundo. Graças a eles, locais que de outra forma seriam secos conseguem receber as chuvas que necessitam. Por outro lado, porém, rios atmosféricos muito intensos podem ocasionar inundações e alagamentos.

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Esta consequência do fenômeno não é a única negativa, de acordo com artigo publicado na revista Nature Communications. As geleiras de até 3.000 metros de espessura que cobrem a Groenlândia estão sendo ameaçadas pela dinâmica dos rios atmosféricos. Isso vem acontecendo por conta do calor liberado na condensação do vapor d’água para sua forma líquida, que estaria aquecendo os ventos sobre a ilha de tal forma que o gelo é afetado em decorrência.

Os cientistas apontam que o relevo da Groenlândia facilita o processo, já que elevações naturais em seu litoral servem de barreira para a circulação das massas de ar mais quentes. Este ar, então, é obrigado a subir pela atmosfera, onde o vapor d’água se converte para forma líquida ou em neve. Se o processo já vem resultando na perda de gelo — processo que contribui ainda com o aumento do nível dos oceanos — Kyle Mattingly, cientista da Universidade de Wisconsin e principal responsável pelo estudo, as mudanças climáticas podem agravar as consequências do fenômeno.

“A quantidade de umidade transportada pelos rios atmosféricos é projetada para aumentar em cenários de aquecimento global,” explica Kyle. “Isso pode aumentar o impacto do derretimento no nordeste da Groenlândia.”

Fonte: Nature Communications Via: University of Wisconsin