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Qual a diferença entre neve, geada e granizo?

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Peter Frese/Pexels
Peter Frese/Pexels

A atmosfera da Terra permite que a precipitação ocorra de maneiras variadas; ou seja, a água cai do céu em diferentes estados. Ainda assim, tudo não passa de água. Então qual é a diferença entre neve e geada? E como esses dois elementos se diferenciam do granizo?

No fim das contas, todos esses fenômenos não passam de uma “chuva” cuja a água assume determinadas características a partir de condições meteorológicas, como temperatura e pressão atmosférica específicas.

O que é neve?

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A neve nada mais é do que um amontoado de minúsculos cristais de gelo que se formam na atmosfera da Terra. Esses flocos de gelo podem ser encarados como uma “chuva de inverno” que precisa de determinadas condições meteorológicas para se formarem.

Esse tipo de precipitação surge quando a umidade da superfície se acumula em nuvens no alto da atmosfera, onde encontram temperaturas em torno de 0 °C ou abaixo. A baixa temperatura transforma o vapor de água em cristais de gelo; ou seja, a água passa do estado gasoso para o sólido sem se transformar em líquido.

Quando esses minúsculos cristais de gelo se acumulam e formam flocos de neve mais pesado, eles começam a pesar e então, precipitam. No entanto, a neve só consegue alcançar o solo quando não há variação de temperatura entre a atmosfera e a superfície.

Se por acaso a temperatura próxima à superfície estiver mais quente em relação à região da atmosfera onde os cristais de gelo se formaram, os flocos de neve derretem e se tornam meras gotas de chuva. No Brasil, o fenômeno é raro, mas de vez em quando essas condições se combinam e dão origem à neve.

O que é granizo?

O granizo, caracterizado por um pequeno bloco de gelo (o tamanho pode chegar até uns 5 milímetros), se forma a partir de um processo semelhante ao da neve, mas ainda é um tipo diferente de precipitação.

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Existem dois caminhos pelos quais os granizos podem ocorrer. No primeiro, o granizo pode surgir em decorrência do derretimento da neve ainda na atmosfera. Quando a neve, ao cair, encontra uma camada de ar quente, ela derrete e vira água líquida. Essas gotas de água, então, continuam caindo, mas se elas encontram uma camada de ar próxima a 0 ºC, o granizo se forma.

O segundo caminho para a ocorrência do granizo é no interior de nuvens do tipo cúmulo-nimbo, aquela nuvem de chuva cuja base é horizontal e seu desenvolvimento vertical é bem grande — ou seja, ela sobe bastante em direção ao céu.

Quando uma corrente de vento veloz transporta a umidade da superfície para o interior dessas nuvens, cuja temperatura gira em torno dos 0 °C ou abaixo, o vapor de água se condensa nesse caminho e, uma vez atingindo as partes mais frias da grande nuvem, transforma-se na característica pedra de gelo chamada granizo.

O que é geada?

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A geada é um fenômeno mais sutil do que os anteriores: ela ocorre diretamente na superfície, formando uma fina camada de gelo. A formação de geada está associada a baixas temperaturas, céu livre de nuvens e a umidade no ar. Na maioria das vezes, a geada ocorre durante a noite, quando esses fatores se combinam.

A ausência de nuvens contribui para a queda de temperatura porque atuam como um cobertor acima da superfície, que mantém parte do calor aprisionado. No entanto, sem nuvens, a superfície perde seu calor rapidamente para a atmosfera, então a temperatura próxima a ela cai.

À medida que a temperatura cai até atingir algo em torno de 0 °C, o vapor de água próximo à superfície (conhecido como orvalho) começa a se se cristalizar sobre ela, formando a característica paisagem coberta por uma fina camada de gelo — a geada.

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No Brasil o fenômeno é comum ao longo do ano e ocorre principalmente nas regiões mais ao sul do país, como nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, onde a elevada altitude de regiões montanhosas contribui para um clima mais frio.

Fonte: AccuWeather, Governo de SC