Os 5 maiores icebergs do mundo
Por Rodilei Morais • Editado por Patricia Gnipper | •
Icebergs são blocos de gelo de água doce que flutuam pelos oceanos nas proximidades dos polos do planeta, existindo nos mais variados tamanhos. Eles têm origem em geleiras ou plataformas de gelo e são gerados a partir de uma fratura destes corpos maiores.
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Para receber o título de iceberg, é necessário que o fragmento meça, no mínimo, 500 metros quadrados — algo próximo à metade de uma piscina olímpica. O limite superior, porém, não existe: icebergs podem ser maiores que cidades ou até mesmo países.
Qual é o maior iceberg do mundo?
Os maiores icebergs do mundo são originados na Antártida, afinal, o continente é totalmente coberto por gelo. No Ártico, não há porção de terra alguma, apenas água do mar congelada.
O Canaltech listou os cinco maiores icebergs de que se tem registro. Note que o nome deles é composto por uma letra — A, B, C ou D, correspondendo ao quadrante do mapa em que ele se originou, sendo A a região que se inicia no Meridiano de Greenwich até 90 graus a oeste dele. Já o número indica a sequência de icebergs originados naquele quadrante desde o início dos registros.
5) D-28
O D-28 não é exatamente o quinto maior iceberg que o mundo já viu. Há pelo menos três maiores que ele, sendo que dois se desprenderam em 2021 do continente antártico. Ele, porém, é até hoje o maior iceberg que já se soltou em seu quadrante.
Com área inicial de 1.636 quilômetros quadrados, o D-28 chegou a medir 100 metros quadrados a mais do que toda a cidade de São Paulo. Sua origem foi a Plataforma de Gelo de Amery, em setembro de 2019.
4) C-19
Tendo se desprendido da Plataforma de Gelo de Ross em 2002, o iceberg C-19 chegou a medir 5.500 quilômetros quadrados, um pouco menor que o Distrito Federal brasileiro. Desde seu desprendimento, o iceberg já se rompeu em pedaços menores, que ganharam sufixos em seu nome para indicar sua origem: C-19A e C-19B.
O C-19 foi responsável por uma curiosa e preocupante consequência nas águas próximas à Antártida. No ano em que ele se formou, sua posição bloqueou a migração do gelo marinho no local, o que acabou por diminuir 90% a população regional de fitoplâncton, base da cadeia alimentar dos mares.
3) A-68
O iceberg A-68, com 5.800 quilômetros quadrados, foi o maior bloco de gelo separado da Antártida após os anos 2000. Desde sua origem em 2017, porém, o gigante seu dividiu em diversos pedaços menores
Todos eles já perderam significativamente sua massa de gelo, sendo que o maior dos seus “filhos”, o A-68A, se rompeu em 2020 enquanto ele ia rumo à Ilha Geórgia do Sul, um famoso “cemitério de icebergs.”
2) A-38
Com origem em 1998, o iceberg A-38 foi um excelente estudo de caso para os cientistas que desejavam ver toda a vida de um iceberg. Sua área inicial era de 6.900 quilômetros quadrados.
Logo após sua formação, o bloco já se rompeu ao meio, sendo que parte dele migrou em direção à Ilha Geórgia do Sul. No trajeto, o iceberg se dividiu em partes menores e todas elas desapareceram até 2004.
1) B-15
O maior iceberg já registrado pela humanidade, o B-15 teve origem na Plataforma de Gelo de Ross, chegando a ter mais de 11.000 quilômetros quadrados — uma área equivalente à da Jamaica. Mesmo o fragmento resultante de sua primeira quebra, chamado de B-15A, ainda era grande o suficiente para ocupar o terceiro lugar nesta lista.
Ainda existe um único fragmento do B-15 que tem a área mínima para ser monitorado. O B-15ab possui 20 km por 7 km e flutua próximo a região de Amery, no leste da Antártida.
E o iceberg do Titanic?
Apesar de ser provavelmente o iceberg mais famoso da história, o responsável pelo acidente com o navio Titanic está bem longe dos recordistas no quesito "tamanho". Estima-se que suas dimensões eram de 30 por 120 metros, o que gera uma área de 3.600 metros quadrados.
Além dos icebergs listados aqui, há relatos de um bloco de gelo cujas dimensões máximas de comprimento e largura seriam 333 por 100 quilômetros, o que resultaria em uma área maior do que toda a Bélgica. Porém, este iceberg data de 1956, quando ainda não havia imagens de satélite e, portanto, essas dimensões relatadas não são lá muito confiáveis.