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Novo método promete previsões de erupções vulcânicas com precisão

Por| Editado por Patricia Gnipper | 10 de Fevereiro de 2023 às 16h42

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Imagem: Eduardo Robaina/Wikimedia Commons
Imagem: Eduardo Robaina/Wikimedia Commons

Enquanto métodos que buscam depósitos de magma próximos a vulcões ativos usando imagens de satélite, dados de terremotos ou GPS têm se mostrado imprecisos, uma nova técnica conseguiu um sucesso inédito nesta área. Ela consiste na análise de sinais microscópicos de fluidos presos em cristais vulcânicos e pode melhorar a capacidade de a ciência prever erupções vulcânicas.

A atividade de um vulcão pode ser desastrosa para a comunidade em seu entorno. Saber quando uma está para ocorrer pode garantir o tempo de evacuação e salvar muitas vidas.

De acordo com Esteban Gazel, professor da Cornell University, em Nova York, localizar o magma armazenado na crosta e no manto terrestre é fundamental para este objetivo. “Estamos demonstrando o enorme potencial dessa técnica quanto sua agilidade e precisão inédita. Podemos produzir dados no intervalo de dias a partir da chegada de amostras,” afirma o pesquisador.

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Quando o magma é liberado na forma de lava nas erupções, o gás contido nele confere a natureza explosiva do evento. Os cientistas procuram por certas rochas magmáticas em meio ao material expelido pelo vulcão para analisar a quantidade de gás carbônico aprisionado em sua estrutura cristalina. Essas intrusões gasosas oferecem uma estimativa incrivelmente precisa da localização original destas substâncias na crosta terrestre em quilômetros de profundidade.

Os cálculos são feitos a partir da densidade do dióxido de carbono, que varia com a pressão — essa, por sua vez, aumenta com a profundidade. Através de uma técnica chamada Espectroscopia Raman, os cientistas determinam a quantidade do gás presente nos cristais e assim inferem sua origem.

"Nós estamos descobrindo quão profundo o magma está armazenado através do que o vulcão traz para a superfície,” diz Kyle Dayton, estudante de doutorado que conduz o estudo. Ele e Gazel coletaram as amostras para a pesquisa após a erupção de 2021 do vulcão Cumbre Vieja em La Palma, nas Ilhas Canárias.

Fonte: Science Via: Phys.org