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Nova forma de medir rugosidade de rochas pode revolucionar estudos de terremotos

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Imagem: John Wiley/Wikimedia Commons
Imagem: John Wiley/Wikimedia Commons

Cientistas americanos desenvolveram um novo método para medir a rugosidade das rochas ao longo de uma falha geológica. Essa medida — que ajuda a entender as dinâmicas que originam os terremotos — pode fornecer compreensões sobre estes desastres naturais.

A forma com que os blocos rochosos que formam uma falha geológica interagem influencia o resultado do processo: o acúmulo de energia entre eles, quando liberado, gera as ondas sísmicas de que consistem os terremotos. Medir a rugosidade das rochas que compõem uma falha é importante para entender essa dinâmica.

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Tradicionalmente, cientistas quantificam a rugosidade a partir da média de altura das elevações ao longo de uma superfície. O problema deste método é que a mesma rocha pode ter resultados diferentes de rugosidade a depender da escala considerada — em pequenas escalas, a rugosidade vai ser maior do que em escalas maiores — o que dificulta uma análise adequada.

A nova medida usa comprimentos de onda para quantificar esse parâmetro nas rochas. Por eles serem absolutos — não variarem de acordo com a escala usada para a medida — este procedimento fornece uma base de comparação mais adequada. A metodologia consiste em avaliar a distância com que as elevações e os rebaixamentos se repetem na superfície rochosa.

Resultados preliminares do uso da técnica têm indicado que, na verdade, a rugosidade pode ter até menos importância do que se imaginava. Essa compreensão ajuda os cientistas a investigarem outros parâmetros relacionados à geofísica dos terremotos.

Fonte: JGR Solid Earth VIa: Eos