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Micróbios no solo têm papel vital na luta contra mudanças climáticas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 31 de Maio de 2023 às 14h56

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AtlasComposer/envato
AtlasComposer/envato

Um novo estudo, publicado na última semana na revista Nature, destacou o papel importante dos microrganismos presentes no solo ao armazenar carbono. A presença dos micróbios na terra faz com que este meio possa abrigar até três vezes a quantidade dessa substância na atmosfera.

A disponibilidade de carbono no solo é tema de estudo há pelo menos 200 anos, mas sua abordagem sempre foi relacionada com a entrada desta substância através das raízes de plantas e da serrapilheira — a cobertura de folhas e outros materiais orgânicos em diferentes estágios de decomposição que recobre a terra. De acordo com Yiqi Luo, professor da Cornell University, em Nova York, “nós somos o primeiro grupo que avaliou a importância relativa dos processos microbianos em relação aos demais.”

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Essa importância chega a ser quatro vezes maior do que a de outras dinâmicas que acontecem no solo. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores mediram a eficiência do uso de carbono pelos microrganismos — isto é, de toda a quantidade dessa substância que eles absorvem, o quanto é usado para o seu crescimento, permanecendo em suas células, em relação ao que é perdido no metabolismo. Quando armazenado na célula, o carbono deixa de desempenhar seu papel como contribuinte do efeito estufa.

A atividade microbiana no solo é fundamental para manter a saúde de solo adequada para uma boa produção agrícola. Dessa forma, a pesquisa indica que buscar formas de melhorar a eficiência do uso de carbono pelos microrganismos pode contribuir também com a garantia de segurança alimentar no mundo.

Além disso, os cálculos deste estudo foram feitos usando técnicas de big data e aprendizagem de máquina, permitindo a análise de um enorme banco de dados que contou com informações do solo de todo o planeta. Os pesquisadores esperam que a metodologia desenvolvida abra novas possibilidades de análise para estudos ambientais semelhantes.

Fonte: Nature Via: Cornell University