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Mesmo com La Niña, os 8 últimos anos são os mais quentes da história

Por| Editado por Patricia Gnipper | 11 de Janeiro de 2023 às 16h07

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Gerd Altmann/Pixabay
Gerd Altmann/Pixabay

O serviço de mudanças climáticas do Programa Copernicus, da União Europeia, divulgou nesta terça-feira (10) seu compilado de medições do ano de 2022. O documento coloca o ano como o segundo mais quente da história da Europa e o quinto mais quente de todo o mundo.

Nem a ocorrência de La Niña – fenômeno climático nas águas do Pacífico que resfria a atmosfera – desde 2020 foi capaz de impedir 2022 de entrar para a história com sua alta temperatura. Isso estende a sequência de anos mais quentes da história: os oito últimos, desde 2015, tiveram temperaturas médias maiores que todos os anos anteriores de que se tem registro.

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O período acompanhou o acontecimento de fortes ondas de calor, tanto na própria Europa quanto na Índia e no Paquistão. Esse último ainda sofreu também com outro extremo climático: as chuvas, que inundaram um terço do país, atingindo 33 milhões de pessoas e causando um prejuízo estimado em 30 bilhões de dólares.

De mal a pior

Foi um ano de muitos recordes quebrados – para o lado negativo. Até a estação mais remota da Antártida registrou a maior temperatura já vista pela humanidade no local, -14 ºC. Ainda pode ser frio, mas a média por lá durante o verão é de -27, enquanto no inverno ela chega a casa dos -70 ºC. A perda de gelo marinho no continente também atingiu números sem precedentes.

Estes aumentos de temperatura são um indicador de que a meta estabelecida pelo Acordo de Paris, assinado em 2015 com o objetivo de manter o aquecimento global em, no máximo, 1,5 ºC não vai bem.

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Para reverter a situação, é necessária a redução da emissão de gases estufa. Mas isso não é o que vem acontecendo segundo Vincent-Henri Peuch. O diretor do serviço de monitoramento atmosférico do programa Copernicus diz que “as concentrações [dos gases] vem subindo sem sinal de queda.”

O gás carbônico e o metano atingiram, respectivamente, 417 partes por milhão e 1.894 partes por bilhão – as maiores em milhões de anos. Na corrida contra o aquecimento global, quem quebra recorde atrás de recorde são os vilões.

Fonte: Copernicus Via: Science Alert