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Ilha de plástico no Pacífico vem abrigando espécies invasoras

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Abril de 2023 às 17h46

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Unsplash/Naja Bertolt Jensen
Unsplash/Naja Bertolt Jensen

Um estudo de pesquisadores americanos revelou uma nova dimensão do problema de poluição plástica nos oceanos: o transporte de espécies invasoras para o meio do Pacífico. A Grande Ilha de Plástico, como é conhecida a aglomeração dos resíduos no Pacífico, tem abrigado seres que tipicamente não seriam encontrados por lá.

Linsey Haram, uma das cientistas responsáveis pelo estudo, diz que “as questões com o plástico vão além da sua ingestão e do emaranhamento [de animais.]” Segundo ela, a poluição vem “criando oportunidade para espécies costeiras se expandirem para além do que achávamos que fosse possível.”

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A cientista já havia notado algumas destas espécies sendo levadas pelo plástico no oceano em um estudo anterior, tendo alertado para a possibilidade da criação de uma nova rota para espécies invasoras. Um exemplo prático deste fenômeno foi a aparição nos Estados Unidos de invertebrados provenientes do Japão — as espécies foram carregadas por destroços do tsunami em Fukushima, em 2011.

Investigando a Ilha de Plástico do Pacífico, Haram e seus companheiros de pesquisa encontraram animais costeiros em 70% das 105 amostras analisadas. Entre eles estavam crustáceos, anêmonas e briozoários — pequenos animais filtradores que formam colônias. A diversidade observada superou a esperada na região.

Os animais costeiros não foram vistos somente sobrevivendo, mas prosperando em um ambiente muito distinto do seu habitual, sendo capazes de se reproduzir e competir por recursos com a fauna original do local. Em seu artigo, os cientistas chamam a atenção para o fato de que, desta forma, os invertebrados transportados pelo plástico possam estar “alterando fundamentalmente” as comunidades oceânicas.

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Com seus resultados demonstrando a capacidade dos animais costeiros em ambientes como estes, os pesquisadores pretendem continuar a busca por estas espécies em seus estudos futuros.

Fonte: Nature Ecology & Evolution Via: Science Alert