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Golfinho aprende nova "língua" para conversar com toninhas

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macniak/Envato
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Pela primeira vez na história, foi documentada uma situação incrível que mostra um golfinho se comunicando com outra espécie usando uma "língua" diferente da sua. O golfinho Kylie foi flagrado batendo um papo com toninhas em um porto na Escócia, em 2022 — algo tido pela ciência como um marco e tanto na comunicação entre espécies.

Pesquisadores estudaram o caso e publicaram um artigo científico sobre ele a fim de discutir o que levou o golfinho a se comunicar com outros animais. A "conversa" ocorre de tal forma que, ao invés de emitir os tradicionais sons de assobios, característicos dos golfinhos, Kylie passou a emitir sons de alta frequência que lembram cliques, bastante comuns no linguajar das toninhas — que, apesar da semelhança com os golfinhos, são de outra espécie e usam outro tipo de comunicação.

A equipe de pesquisadores gravou um trecho dessa comunicação entre eles e constatou que Kylie "definitivamente se identifica como uma toninha". Além de não assobiar como os golfinhos, o animal adotou o idioma das toninhas de tal forma que foi flagrado emitindo sons como se fosse um exemplar da espécie até mesmo quando estava sozinho.

Era mesmo uma conversa?

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Para entender se os ruídos emitidos por Kylie eram aleatórios ou se faziam mesmo parte de uma iniciativa de comunicação da parte dele, os pesquisadores analisaram a tônica de suas vocalizações. E constataram que, sim: o golfinho vocalizava com uma rítmica característica de uma conversa.

A situação ocorreu espontaneamente, e a participação dos fatores ambientais na vida de Kylie foi fundamental para que esse bate-papo acontecesse. Faz 14 anos que Kylie deixou seu grupo e foi "adotado" por uma família de toninhas.

Já é sabido que golfinhos são um dos animais mais inteligentes do mundo, e, apesar das descobertas, um mistério ainda ficou no ar: agora, resta saber como foi que Kylie aprendeu essa nova língua e como desenvolveu fluência em um idioma diferente. Para tanto, seria necessário saber o que levou o golfinho a se separar de seu grupo, se teve alguma doença ou ferimento, ou se enfrentou condições climáticas adversas no mar.

Fonte: Bioacoustics

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