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Fósseis de 565 milhões de anos registram momento chave da evolução

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Clarke et al./Journal of the Geological Society
Clarke et al./Journal of the Geological Society

Paleontólogos descobriram fósseis importantíssimos de 565 milhões de anos no País de Gales, época em que os primeiros seres multicelulares ficaram complexos, deixando provas de sua diversificação preservadas em um vulcão galês. Os restos estavam nas cinzas vulcânicas da pedreira Coed Cochion, o local mais rico em fósseis de vida marinha rasa em todo o Reino Unido. Para datar as criaturas antigas, o material vulcânico foi essencial, já que permitiu precisão de até 0,1% na estimativa.

O trabalho de estudo dos restos de meio bilhão de anos atrás foi liderado por paleontólogos da Universidade de Curtin, na Austrália, que publicaram os resultados no periódico científico Journal of the Geological Society. As formas de vida em questão são do período Ediacarano (entre 630 milhões e 542 milhões de anos atrás), quando, após quatro bilhões de anos de vida unicelular, as criaturas do planeta começaram a ficar cada vez mais complexas, iniciando a criação da diversidade que conhecemos hoje.

A vida no Ediacarano

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Segundo os cientistas, os animais da época seriam semelhantes à vida marinha que conhecemos atualmente, como as águas vivas. Há, no entanto, muitas criaturas estranhas e desconhecidas, especialmente em sua biologia interna. Alguns fósseis lembram samambaias, outros, repolhos, bem como seres parecidos com as plumas-do-mar do mundo moderno. Os achados foram comparados com os já conhecidos da região de Ediacara, na Austrália, que deram o nome ao período geológico.

Os fósseis estão entre as evidências mais antigas de organismos multicelulares em larga escala, com a quantidade também sendo importante nesse caso. Bichos como a Aspidella terranovica, com formato de disco e que foi primeira forma de vida descrita do período, marcam um momento transformador na história biológica da Terra, de acordo com os cientistas.

O achado ajuda a entender o ecossistema primitivo do planeta, ajudando a desvendar o mistério de como foi a evolução da vida em seus primeiros estágios, antes de qualquer criatura sequer sonhar em conquistar a terra.

Fonte: Journal of the Geological Society