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Europa está esquentando o dobro da média do resto do mundo

Por| Editado por Patricia Gnipper | 03 de Novembro de 2022 às 16h01

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Imagem: Calvin Hanson/Unsplash
Imagem: Calvin Hanson/Unsplash

Um relatório publicado pela World Meteorological Organization (WMO) aponta que a Europa vem esquentando a uma taxa que corresponde ao dobro da média mundial. Nesse ritmo, o continente europeu tende a ter um aumento de temperatura de 2ºC, independentemente de reduções na emissão de gases estufa.

Após passar pelo verão mais seco dos últimos 500 anos, segundo estimativas, a Europa não tem boas perspectivas para o clima futuro. De acordo com os dados da WMO, compilados em parceria com o programa Copernicus da Agência Espacial Europeia (ESA), o continente passou por um aumento de 2,2ºC em relação à era pré-industrial.

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Entre as consequências deste aumento estão incêndios florestais, escassez de água, perda de cerca de 30 metros de gelo nos alpes nas últimas duas décadas e uma alta na incidência de tempestades e inundações. Estima-se que os danos causados por estes últimos eventos tenham atingido 50 bilhões de dólares somente em 2021.

O que causa o aumento de temperatura na Europa?

Os motivos deste drástico aumento de temperatura não estão claros para os cientistas. Uma hipótese aponta para a proximidade do continente com o Ártico, a parte do mundo que mais está esquentando.

Extremo norte do globo terrestre, o Ártico passa por um aumento de temperatura que chega a casa dos 3ºC. Isso se deve às mudanças em seu albedo, índice físico que indica o quanto de luz uma superfície absorve ou reflete. As poças d’água que têm se formado no Ártico retém mais calor que o gelo, o que acaba intensificando o aquecimento na região.

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O que esperar do futuro

As projeções indicam que, mesmo com uma diminuição na quantidade de gases de efeito estufa, a mudança de temperatura veio para ficar.

Embora esse seja o cenário, o continente europeu é o que mais tem feito esforços para diminuir suas emissões. A União Europeia reporta uma diminuição em 31% das emissões entre 1990 e 2020, esperando chegar a 55% até 2030.

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A questão também acende um alerta para outras regiões do mundo. Petteri Taalas, secretário geral da WMO, diz que “mesmo sociedades mais preparadas para as mudanças climáticas não estão a salvo dos impactos de eventos extremos.”

Fonte: WMO; Via: Space.com