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Estudo mostra causas das bruscas quedas de volume de gelo marinho no Ártico

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Março de 2023 às 14h24

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Pixabay
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Um estudo publicado na quarta-feira (15) revelou dois eventos que desencadearam a enorme perda de gelo marinho no Ártico. Há mais de uma década mais suscetível ao derretimento e com mais dificuldade de se recuperar, o artigo veiculado na revista Nature mostra as causas da atual fragilidade do polo norte do planeta.

As duas ocorrências chave para o derretimento do gelo no Ártico aconteceram em 2005 e 2007. Os cientistas afirmam que, antes disso, a massa de gelo marinho presente na região era mais antiga e resiliente, desempenhando um papel importante em manter as temperaturas do planeta amenas — um “ar-condicionado” natural da Terra. Agora, as formações de gelo mais jovens não estão conseguindo suportar da mesma maneira as consequências das mudanças climáticas.

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Até este período crítico, quase 20% do gelo no ártico tinha, pelo menos, 4 metros de espessura — agora este número caiu para menos de 10%. O material também não consegue se manter por tanto tempo: a idade média do gelo caiu de 4,3 anos para 2,7.

Apesar de outras pesquisas focarem na área total ocupada pelo gelo no mar Ártico, eles não puderam avaliar tão bem como a espessura está sendo afetada pelo aquecimento global. Hiroshi Sumata, especialista no estudo do gelo marinho do Instituto Polar da Noruega, afirma que uma camada espessa é “crucial para todas as formas de vida no Ártico.” Agora mais fino, o gelo derrete mais facilmente, causando um desequilíbrio no ecossistema.

Sumata diz que 2005 e 2007 foram períodos em que a água do oceano se aqueceu de maneira muito mais acentuada que nos verões anteriores, derretendo o gelo antigo e dificultando a consolidação do gelo jovem. Isso deu início a um ciclo vicioso em que a diminuição do gelo facilita o aquecimento do oceano e vice-versa. Outro fator importante neste processo é a maior facilidade com que o gelo mais fino consegue ser “empurrado” através dos mares para águas mais quentes ao sul.

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Com a continuidade do processo, projeções indicam que certas áreas do Ártico estarão completamente livres de gelo daqui a 20 a 30 anos. Com isso, Sumata conclui que “a situação que nós vemos indica que o ar-condicionado não está funcionando bem.”

Fonte: Nature via: Phys.org