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5 formas de proteger o mundo das mudanças climáticas

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Akil Mazumder/pexels
Akil Mazumder/pexels

Os principais relatórios científicos sobre a crise climática, pela qual nosso planeta atravessa, apontam para um cenário nada animador pelas próximas décadas, caso a humanidade não encare este problema de frente — apesar de ainda haver esperança para reverter este cenário. Como em qualquer momento de crise, esta é a hora de trabalhar com afinco e se concentrar nas soluções que ainda podem proteger o mundo das mudanças climáticas.

Felizmente, o conhecimento científico das últimas décadas revolucionou nossa compreensão não apenas do sistema complexo que compõe a superfície da Terra, mas também as atividades humanas que afetam o planeta e como elas podem se tornar aliadas na superação da crise climática. Desde andar de bicicleta a comprar produtos orgânicos, o que não faltam são maneiras simples de salvar o planeta — mas, para isto, é necessário que cada um faça a sua parte.

Nesta matéria, listamos cinco formas pelas quais você pode se tornar um agente desta mudança:

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Consuma alimentos orgânicos

Uma alimentação saudável não é apenas sinônimo de saúde e mais qualidade de vida, como também de preservação do planeta. Segundo dados da National Cleantech Conference & Exhibition (NCTCE), a atual produção de alimento mundial é responsável por cerca de 25% das emissões de gases de efeito estufa lançadas à atmosfera. Além disso, 70% das fontes de água doce do planeta são destinadas à agricultura, a qual provoca 60% do desmatamento.

Quando uma postura de alimentação saudável é adota, inicia-se uma mudança a longo prazo na produção e processamento das safras que, hoje, em sua maioria, são baseadas em dinâmicas insustentáveis, como o desperdício de água. Ainda, a agricultura em larga escala usa uma série de agrotóxicos que não apenas contaminam o solo e eventuais lençóis freáticos, mas que também afetam a biodiversidade e a saúde da população.

A agricultura familiar, realizada por pequenos proprietários rurais, tem como objetivo conservar os recursos naturais, impactando de maneira mínima o solo. Portanto, consumir alimentos orgânicos destes produtores é apoiar medidas sustentáveis e incentivar esta postura consciente.

Plante árvores

Segundo o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU, publicado em 2018, para limitar o aquecimento global em até 1,5 °C até a metade desta década, é necessário que 1 bilhão de hectares de árvores sejam plantadas. Em média, uma árvore jovem pode absorver até 5 kg de dióxido de carbono (CO2) — um dos principais agentes do aquecimento global — ao ano.

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Quando adultas, lá pelos 10 anos, estas árvores passam a sequestrar muito mais carbono da atmosfera, enquanto armazenam este elemento nelas. Estima-se que, em sua fase mais eficaz, uma árvore consiga retirar até 21 kg de CO2 por ano. Pode soar clichê, mas plantar árvores é uma das medidas mais simples e acessíveis, além de profundamente eficaz, no combate às mudanças climáticas.

Além de cumprirem o fundamental papel de sequestradoras de carbono atmosférico, as florestas possuem uma relação íntima com o clima local e no ciclo da água. De modo geral, elas favorecem a formação de nuvens e, consequentemente, das chuvas que reabastecem os ecossistemas presentes.

Use menos plástico

A poluição do meio ambiente a partir das sobras de produtos sintéticos, como os plásticos, não se trata de uma mera sujeira, mas de um profundo impacto negativo para a biodiversidade do planeta. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP, na sigla em inglês), estima-se que, em todo o mundo, 1 milhão de garrafas plásticas sejam compradas a cada minuto. Quando se trata de sacolas plásticas, este número sobe para 5 trilhões.

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O problema é que a maior parte dos produtos plásticos são pensados para um único uso, descartados em seguida. Atualmente, o lixo plástico é encontrado em todos os lugares da Terra e alguns cientistas até sugerem que ele possa ser um indicador do Antropoceno — o período mais recente da história, marcado pela presença humana. Sem contar que o material é derivado do petróleo, ou seja, sua produção em si já é danosa ao meio ambiente.

Em vez de comprar uma nova garrafa de plástico sempre que sair, carregue a sua própria na bolsa. Assim, o tempo de uso deste material será prolongando e o manterá mais distante da natureza. Ainda, substitua as sacoles plásticas por uma ecobag (“bolsa ecológica”, numa tradução livre), que dura por muito mais tempo e é até mais resistente. No mais, é necessário romper com o hábito de consumir produtos que vão gerar lixo plástico.

Reduza o desperdício

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Qualquer produto adquirido, em algum nível, impactou o meio ambiente. Seja pelo uso da energia vinda de fontes "sujas", como usinas termelétricas, ou até mesmo a água usada durante a produção. Em se tratando do plástico, por que não usar aquele pote de manteiga vazio como um “porta-trecos”? É uma maneira criativa de reutilização e de se evitar o desperdício de um material que está pronto e em condições para ser usado com nova funções.

No entanto, reduzir o desperdício vai muito além do que apenas reutilizar estes materiais. Estima-se que um terço de todos os alimentos produzidos no planeta sejam jogados fora. É necessário ter em mente que toda essa comida foi produzida a partir de recursos valiosos, como a água. Além disso, o transporte de toda essa demanda produz uma quantidade considerável de gases poluentes.

Procure desperdiçar a menor quantidade possível e, o que não puder ser reaproveitado, pode ser aplicado a outras finalidades, como a compostagem.

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Apoie boas iniciativas.

Nem sempre é possível colocar as boas ideais em prática. Neste caso, é necessário procurar por movimentos e organizações que atuem ativamente pela proteção do meio ambiente e, consequentemente, contra as mudanças climáticas. O que não faltam são projetos que precisam, inclusive, de apoio financeiro para realizar todo seu trabalho de conscientização e atuação nesta linha de frente

Outra maneira é adquirir produtos de empresas que tenham adotado práticas sustentáveis. Por exemplo, conferir como a marca daquela sua roupa preferida maneja os resíduos dos produtos utilizados na fabricação da peça, se eles são reaproveitados, se não há desperdício de água e mais. Além disso, é possível somar às boas iniciativas participando de ações e campanhas pela redução da emissão de gases de efeito estufa ou em favor da preservação das florestas.

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O que não faltam são boas ideias e práticas eficazes para protegermos o planeta das mudanças climáticas. Para isto, é necessário mudar parte dos hábitos “poluidores”. No começo, pode parecer difícil, mas, no fim das contas, é também uma questão de prática — da qual todos saem ganhando.

Fonte: EcoWatch, NCTCE, UNEP