Por que os computadores da Apple são chamados de Mac
Por Thiago Furquim • Editado por Bruno Salutes |
A linha de computadores Mac se tornou bastante tradicional na Apple, com lançamentos de novos produtos todos os anos e uma série de modelos icônicos em sua história desde que fora criado, em 1984. No entanto, você sabe por que se chamada "Mac" ou "Macintosh", seu nome de origem?
O prelúdio do Macintosh
Lançado em 1977, o Apple II representou uma grande fatia do lucro da Apple até o início dos anos 80. Reforçar o nome da empresa em seu principal produto não era uma estratégia nova, mas visto em seu precedente, Apple I, e também incluído no sucessor Apple III. Nesse período, as empresas que competiam no mercado de computadores pessoais estavam surgindo — a era da informática popular estava dando seus primeiros passos.
As coisas começaram a mudar em 1979, ano em que a Apple designou alguns funcionários para trabalharem em projetos alternativos aos que estavam sendo lançados pela empresa. Enquanto Steve Jobs estava concentrado em criar o modelo Lisa, Jef Raskin, funcionário da Apple, projetava um computador rápido e barato voltado ao consumidor comum, o Macintosh.
Referência perfeita à Apple, a Red McIntosh é um tipo de maçã bastante popular no hemisfério norte e a favorita de Raskin. Para evitar problemas com registros e direitos autorais, o projetista acrescentara o artigo "a" ao nome do computador.
Devido à ousadia do projeto, a equipe original do Macintosh não conseguiu achar alternativas viáveis para baratear o custo diante da complexidade exigida para um computador de ponta, que precisaria de hardwares mais potentes. Em janeiro de 1981, Steve Jobs resolve assumir o Macintosh pela identificação com a proposta concebida por Raskin.
O Macintosh como conhecemos
Em 1983, Steve Jobs lançou o primeiro computador com interface gráfica para o mercado corporativo, o Apple Lisa. Porém, o fracasso das vendas e a baixa popularidade do modelo geraram um conflito entre o visionário e os acionistas majoritários da empresa, obrigando-o a focar suas atenções apenas ao Macintosh. Nessa época, os projetistas do Mac trabalhavam em uma estrutura afastada do principal prédio da Apple, denominada por funcionários como Sibéria.
Ao assumir o projeto, Steve Jobs não estava mais interessado em recriar um Apple II mais potente, e sim criar um computador que deixaria sua marca na história da informática pessoal. Ele pensava que “um computador é uma bicicleta para a mente”, por isso, tentou mudar o nome do projeto para "Bicycle", mas não pegou.
O Macintosh original, lançado em 1984, de fato foi um computador que iniciou uma mudança de paradigmas no mercado voltada ao usuário comum. A inserção de uma interface gráfica, com metáforas de área de trabalho, pastas, documentos, lixeiras, botões e outros artifícios foram cruciais para tornar o computador mais acessível e inclusivo.
Nessa época, surgiram aplicativos como o MacPaint e MacWrite que podiam ser usados por qualquer pessoa, de crianças a idosos, e serviu de pontapé para a criação de outros programas populares, como a suíte Office e o Paint no sistema operacional Windows.
O Macintosh se torna Mac
Naturalmente, a sigla "Mac" se tornou bastante popular dentro e fora da Apple, adotada pela empresa nos lançamentos seguintes. O nome não somente tomou conta da linha de computadores, como também tornou-se referência para o lançamento do sistema macOS — substituindo nomes genéricos como System 1 e Macintosh System.
Com o retorno de Steve Jobs em 1996 e o lançamento do iMac em 1998, além de trazer a abreviatura como nome principal para seu computador, a Apple se viu ressurgir como uma das principais empresas do mercado de computadores pessoais e corporativos novamente. O lançamento de produtos posteriores continuaram seguindo a tradição, com lançamentos populares como o PowerMac G5, iMac G5, Macbook Pro e o Macbook Air.