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Oi pede proteção contra credores e sinaliza novo pedido de recuperação judicial

Por| Editado por Claudio Yuge | 02 de Fevereiro de 2023 às 18h20

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Fotoarena / Agência O Globo
Fotoarena / Agência O Globo
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Nesta quarta-feira (1), a Oi entrou com uma liminar na Justiça solicitando proteção contra credores, cuja soma das dívidas chega a cerca de R$ 29 bilhões — incluindo bancos e detentores de títulos. O pedido foi protocolado na 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

A operadora anunciou o fim do sua recuperação judicial em dezembro, após seis anos de duração. No entanto, o pedido pode ser precursor de mais um novo processo para tentar evitar a falência da empresa. O novo pedido pode ser feito em até 30 dias após a tutela cautelar.

A Oi argumenta que tentou chegar a um acordo com os credores para refinanciar a sua dívida, mas não obteve sucesso até o momento. A operadora afirma que não consegue pagar os R$ 600 milhões que deve aos detentores de títulos no domingo (5) — o que causaria a aceleração de quase todas as dívidas financeiras da companhia.

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Confira a nota da Oi na íntegra:

A Oi esclarece que a solicitação da tutela de urgência cautelar foi uma medida de proteção adequada neste momento para proteger a Companhia e suas subsidiárias contra a exigibilidade de créditos e garantias e permitir o avanço das discussões e tratativas com os credores, em curso desde o ano passado, visando uma potencial renegociação das dívidas da Companhia. A medida também busca resguardar as possibilidades de recursos processuais formais de recuperação aos quais possa recorrer no prazo legal, bem como garantir a otimização de sua liquidez e do perfil de endividamento, permitindo a continuidade da execução de sua estratégia com a oferta de serviços diferenciados a seus clientes B2C e B2B, sempre em linha com as regras e compromissos assumidos junto à ANATEL.

A Oi ressalta que iniciou a renegociação de sua dívida financeira com a contratação da consultoria Moelis & Company, em outubro de 2022. As negociações, ainda em curso, vêm sendo conduzidas com total transparência junto aos credores financeiros e o mercado em geral. Dentro deste processo, a Companhia celebrou acordos de confidencialidade que previam, ao final do período previsto, a divulgação de informações relevantes e não públicas prestadas no contexto de discussões com os credores. Estas informações foram divulgadas em dezembro de 2022 e incluíram as propostas de renegociação, levando em consideração os resultados futuros previstos da Companhia, seus ativos atuais, possíveis fontes de garantia, entre outros fatores.

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Apesar da conclusão de etapas importantes do seu Processo de Transformação, como a venda das UPIs e da mudança do seu modelo de negócio, a Companhia ainda precisa encontrar soluções para questões essenciais para a sua sustentabilidade futura. Hoje, além do crescimento das receitas dos negócios core e desenvolvimento de novas fontes de receita; as prioridades da Companhia são a transformação organizacional e readequação da sua estrutura de custos; o equacionamento dos passivos operacionais e regulatórios da concessão de telefonia fixa e suas operações legadas; além da continuidade da adequação e otimização de sua estrutura de capital. Nesse sentido, o equilíbrio de sua dívida é um dos pontos mais relevantes, exigindo uma contínua revisão de sua estratégia financeira e uma intensa busca de alternativas eficientes e viáveis para a sustentabilidade da Companhia.

Ciente da relevância do seu papel no mercado brasileiro, a Oi deve e continuará explorando todas as opções disponíveis para otimizar sua liquidez, e garantir a plena execução de seu Plano Estratégico de longo prazo, atendendo não apenas aos seus interesses econômicos e sociais, mas também os de seus acionistas e demais stakeholders. A Oi manterá o mercado informado sobre qualquer evolução relevante nas discussões conduzidas com seus credores.

Fonte: Folha de S. Paulo