Recuperação judicial da Oi chega ao fim e ações da empresa disparam 50%

Nesta quinta-feira (15), a Oi Móvel anunciou o fim do seu processo de recuperação judicial, após seis anos de duração. O encerramento foi decretado pela 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, onde a companhia revelou que conseguiu pagar uma dívida de R$ 4,6 bilhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros passivos.

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O prazo inicial para o encerramento da recuperação era 4 de outubro de 2021, mas foi prorrogado pela Justiça para o dia 31 de março de 2022. Nesta data, a Oi recebeu mais 60 dias para apresentar o novo quadro geral de credores e a atual situação dos acordos para pagamentos das dívidas da empresa.

O processo judicial teve início em 2016, quando a companhia de telecomunicação devia R$ 65,4 bilhões — sendo considerado o maior da América Latina. Após quatro anos, a Justiça aprovou a divisão dos ativos da Oi em cinco Unidades Produtivas Isoladas (UPIs), postas à venda — incluindo os serviços de operação móvel. Em abril de 2022, a compra da empresa pela Claro, TIM e Vivo foi concluída.

Ações preferenciais da Oi disparam 50% com fim da recuperação judicial

Após o anúncio do fim da recuperação judicial, os papéis preferenciais (PN) da companhia na Bolsa de Valores brasileira (B3) dispararam acima de 50% na manhã desta quinta-feira. Às 12h42, as ações PN da empresa chegaram a 63%, valendo R$ 0,72, enquanto os papéis ordinários (ON) subiram 47%, a R$ 0,25.

Apesar de a notícia ser positiva, a equipe da Genial Investimentos segue enxergando a companhia como "debilitada financeiramente". Segundo os analistas, a Oi ainda deve ter prejuízos pelo resultado financeiro negativo, com apenas um ativo promissor e capaz de gerar caixa: a participação minoritária na empresa de fibra óptica V.tal.

Para a Oi, a conclusão do processo é essencial para a reformulação e diminuição da complexidade da companhia, que deverá focar na expansão da tecnologia de fibra e negócios digitais.

Fonte: Reuters;