YouTube remove canal do Pornhub por violar regras da plataforma
Por Alveni Lisboa | Editado por Douglas Ciriaco | 19 de Dezembro de 2022 às 20h15
O YouTube baniu o canal oficial do Pornhub da plataforma por violação da política de conteúdo sexual. O site pornográfico tinha mais de 900 mil assinantes e milhões de visualizações em seus vídeos nos oito anos de existência.
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Embora não publicasse vídeos pornográficos, o site teria inserido links para páginas externas que hospedam conteúdo não permitido pelo YouTube. “Após análise, encerramos o canal Pornhub Official após várias violações de nossas diretrizes da comunidade”, disse o porta-voz do YouTube, Jack Malon, em comunicado à Variety.
Segundo o representante do serviço de vídeos, canais que violam repetidamente a política, repetindo as mesmas falhas, ou são dedicados a "conteúdo violador" são encerrados. A iniciativa é uma forma para proteger usuários de links que possam gerar problemas, principalmente considerando que o YouTube é muito acessado por crianças.
O Pornhub garantiu que nunca apontou links para conteúdos pornográficos e que seria alvo de perseguição apenas por atuar no ramo da indústria adulta. A MindGeek, dona do site adulto, alega sempre ter mantido as "melhores medidas de confiança e segurança" para não violar diretrizes da comunidade do YouTube.
“Infelizmente, este é apenas o exemplo mais recente de discriminação contra a indústria adulta, uma tendência vista nas mídias sociais e em todas as outras facetas da vida, especialmente quando os grupos confundem conteúdo adulto consensual com exploração”, ressaltou a empresa no comunicado.
Histórico de banimentos do Pornhub nas redes sociais
Esse não é o primeiro banimento do Pornhub nas mídias sociais. Em setembro, o Instagram também removeu a conta oficial do site adulto por violação das regras sobre nudez.
A plataforma é alvo de inúmeras críticas sociais desde quando permitiu a hospedagem de vídeos com conteúdos sexuais envolvendo crianças e adolescentes. Além disso, a empresa de cartões de crédito Visa foi acusada de colaborar com a pedofilia ao oferecer métodos de pagamento para assinaturas do site.
Em todos os casos, a MindGeek sempre disse ter sido alvo de marginalização dos profissionais do sexo. Essas pessoas precisam ter perfis em redes sociais para se envolver com os fãs, mas acabam barradas das plataformas devido à nudez ou aos conteúdos sexualizados.
A maioria das redes sociais é bastante conservadora quando o assunto é a temática sexual. O objetivo alegado é a proteção das crianças, adolescentes e pessoas que não querem visualizar esse tipo de conteúdo. É também uma forma de se prevenir de abusadores, pedófilos e exploradores, que poderiam ser aproveitar desse tipo de conteúdo para atacar vítimas.
Fonte: Variety