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YouTube é acusado de espionagem por bloquear adblockers

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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Natanaelginting/Freepik
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O consultor de privacidade Alexander Hanff pretende processar o YouTube na Irlanda sob a acusação de espionar usuários para detectar o uso de bloqueadores de anúncios na plataforma. Em comunicado enviado ao site The Register, o profissional informou que já entrou em contato com as autoridades do país para formalizar a queixa criminal.

A reclamação alega que a plataforma de vídeos usaria scripts ilegais para detectar quais pessoas usam adblockers e bloquear a reprodução de vídeo nas respectivas contas — de acordo com Hanff, a prática poderia ser considerada uma forma de espionar pessoas na União Europeia.

“Eu considero que o script do YouTube seja um spyware, pois é aplicado sem meu conhecimento ou autorização ao meu dispositivo com o único propósito de interceptar e monitorar meu comportamento (mesmo que os anúncios sejam exibidos ou bloqueados no meu navegador)”, explica o consultor.

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Antes disso, ele já havia formalizado uma reclamação no âmbito civil contra o YouTube para a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda. O órgão regulador do país entrou em contato com a Gigante da Web e ainda aguarda uma resposta da empresa sobre a acusação.

YouTube contra adblockers

A plataforma de vídeos do Google intensificou a luta contra bloqueadores de anúncios neste ano: agora, o YouTube exibe um aviso na tela para informar que esses plugins violam os termos de serviço do produto. É possível assistir a até três vídeos com o adblocker ligado, mas a reprodução é bloqueada logo em seguida — no entanto, algumas extensões ainda funcionam por lá.

A empresa já confirmou que este é um “esforço global” para combater quem tenta evitar as propagandas sem uma assinatura do YouTube Premium (o único método oficial para isso). Além disso, a companhia reforça que uma parte da verba obtida com anúncios é distribuída para criadores de conteúdo na rede.

Os termos de serviço da plataforma não mencionam os adblockers diretamente, mas um trecho informa que não é permitido “burlar, desabilitar, fraudar ou interferir com qualquer parte do Serviço (ou tentar realizar essas ações), incluindo recursos relacionados à segurança ou que impeçam ou restrinjam a cópia ou outro uso do Conteúdo ou limitem o uso do Serviço ou Conteúdo”, o que pode ser interpretado como uma proibição das ferramentas.

Fonte: The Register