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Google usa geolocalização de usuários para medir isolamento social pela COVID-19

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O Google está usando dados de geolocalização dos usuários para elaborar relatórios direcionados às organizações e autoridades de saúde, a fim de auxiliar as entidades a medir o volume do isolamento social causado pelo avanço do vírus SARS-CoV-2 pelo mundo e determinar se as pessoas estão de fato seguindo as recomendações de quarentena estipuladas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A informação foi divulgada pelo próprio Google, em um post publicado em seu blog oficial e assinado por Jen Fitzpatrick (vice-presidente sênior de geolocalização) e Karen DeSalvo (Chief Health Officer, ou simplesmente “CHO”). Os relatórios produzidos pela empresa de Mountain View se valem de dados anônimos, com o Google ressaltando que nenhuma informação que possa levar à identificação individual de pessoas é coletada ou compartilhada.

O Google informa que seu relatório (o primeiro foi divulgado hoje, 3) “oferece informações pertinentes ao que mudou na ação de trabalhar de casa, abrigos locais e outras políticas direcionadas a ‘achatar’ a curva desta pandemia. Esses relatórios foram desenvolvidos com o intuito de fornecer auxílio enquanto são aderentes às nossas rígidas normas e protocolos de privacidade”, diz um trecho do post.

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Outro trecho detalha o funcionamento da coleta de informações em si: “Os relatórios usam dados agregados e anônimos para catalogar tendências de movimento conforme o passar do tempo sobre uma determinada geografia, atravessando diversas categorias de locais, como comércio ou zona recreativa, mercados e farmácias, parques, estações de transporte público, locais de trabalho e de residência. Vamos mostrar essas tendências ao longo de diversas semanas, com a informação mais recente configurando as 48 a 72 anteriores [à divulgação de cada relatório]”.

Os dados só podem ser coletados de dispositivos que tenham a função de histórico de navegação acionados — um smartphone Android que navegue na internet pelo Chrome, por exemplo. O Google ressaltou, porém, que a função é desligada por padrão e sua ativação é feita manualmente pelo próprio usuário.

O intuito é, obviamente, o de auxiliar entidades de saúde a medirem o impacto da COVID-19, a doença que deriva do novo coronavírus, pelo mundo. Em 11 de março de 2020, a OMS declarou a doença uma pandemia de escala global e, segundo o mapa interativo de monitoramento da doença criado pelo próprio Google, já são 1.039.166 casos confirmados em escala global. No mundo todo, foram 55.092 mortes e 219.019 recuperados. A média é de 147,48 casos por milhão de pessoas, pelas informações de hoje de manhã.

O avanço da COVID-19 pelo mundo vem causando extremas consequências tanto para empresas como para o cidadão comum, com grandes eventos dados como certos sendo adiados ou cancelados, destacando-se as Olimpíadas de Tóquio, a MWC 2020, o festival SXSW e o Festival de Cannes 2020 — este último, inclusive, oficialmente cancelado hoje cedo.

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Os relatórios do Google serão disponibilizados publicamente, então você mesmo pode consultar as informações pertinentes ao dados que a empresa vem coletando. “Esta é uma época sem precedentes e vamos continuar a avaliar esses relatórios conforme recebemos o feedback de oficiais da saúde pública, organizações e grupos sociais, governos locais e da comunidade como um todo. Nós esperamos que estes insights colaborem com outras informações da saúde pública para ajudar as pessoas e comunidades a se manterem saudáveis e seguras”, diz a empresa, no post publicado.

Fonte: Google (1) (2); COVID-19 Community Mobility Reports; Meio e Mensagem