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Google afirma que não criará brechas para benefício próprio no FLoC

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 01 de Junho de 2021 às 11h30

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Souvik Banerjee/Unsplash
Souvik Banerjee/Unsplash
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O Federated Learning of Cohorts (FLoC) é uma polêmica iniciativa que tem sido vista com muita cautela pelo mercado: os usuários preocupam-se com a invasão de privacidade, enquanto os anunciantes temem imprecisão na entrega das propagandas. Para tentar tranquilizar a todos, em especial aqueles que sustentam financeiramente a companhia, o Google garantiu que não criará nenhum tipo de brecha para o sistema.

Essa foi a afirmação do vice-presidente do Google, Jerry Dischler, em evento no qual participou na semana passada. A gigante das buscas prometeu se submeter às mesmas regras aplicadas a todos os demais anunciantes, sem nenhum tipo de facilitação ou benefício para si próprio. Há um certo temor no mercado de que a forçada remoção dos cookies de terceiros no Chrome leve a um monopólio ainda maior na publicidade online.

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“Os cookies de terceiros e outros identificadores propostos, defendidos por alguns no setor, não atendem às expectativas crescentes dos consumidores em relação à privacidade. Eles não resistirão às restrições regulatórias em rápida evolução e simplesmente não podem ser confiáveis a longo prazo”, detalhou Dischler.

Expansão do FLoC

Ontem, o Google anunciou a expansão dos testes com o FLoC para 10 países, incluindo o Brasil. O objetivo é fazer experimentos com uma pequena porém diversa base de usuários para implantar o novo sistema até 2022. Por enquanto, os testes estão restritos a usuários do Chrome e a poucas pessoas — quem usa a versão Canary pode participar do experimento, se quiser.

Os concorrentes do Google que se preocupam com a privacidade criticaram a iniciativa publicamente. Navegadores rivais como Firefox, Safari e Edge ainda não aderiram à tecnologia, enquanto Opera, Vivaldi e DuckDuckGo já se opuseram veementemente aos “novos cookies”.

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Os métodos empregados pela gigante levaram a uma investigação antitruste pela Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido. Empresas de tecnologia que lidam com anúncios e outros participantes importantes do setor acreditam que o Google não adotará as mesmas técnicas que está forçando o segmento a usar.

Dá para confiar?

Mesmo que o Google não abra uma brecha para si, é importante ressaltar que ela é quem manda no modelo de negócios. Todos os dados serão centralizados e ficarão sob responsabilidade dela, o que, em tese, daria controle total sobre eles. Seriam muitas informações sensíveis nas mãos de uma única pessoa jurídica.

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Por enquanto, boa parte do mercado ainda olha com muita desconfiança para essa tentativa de renovação do rastreamento online. O jeito é aguardar os testes iniciais e torcer para novos esclarecimentos que tornem mais claro o propósito do Google.

O que você acha de tudo isso? Acredita que o Google fará uma "backdoor" para explorar o sitema ou vai, de fato, se iguar aos demais? Deixe sua opinião nos comentários.

Fonte: Engadget