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Como celulares 5G podem ajudar a acompanhar a Copa do Mundo

Por| 31 de Outubro de 2022 às 20h25

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Tudo sobre Qualcomm

A Copa do Mundo do Catar começa no próximo dia 20 de novembro, e esta será a primeira edição com ampla conectividade 5G disponível não apenas no país-sede, como também no Brasil. Com isso, surgem as dúvidas sobre como os espectadores do torneio poderão se beneficiar da nova geração da internet móvel, estejam eles no Catar, no Brasil, ou em qualquer outro lugar do mundo. E foi sobre isso que conversamos com Helio Akira Oyama, Diretor de Desenvolvimento de Negócios na Qualcomm.

Dentre os tópicos comentados, temos o uso da Copa do Mundo como um "laboratório" para ver como o 5G se sai em eventos de grande porte, algo que já foi feito também nos Estados Unidos com o Super Bowl, além dos aprendizados que o evento poderá dar a consumidores e empresas, bem como os benefícios que o 5G traz também para o dia a dia e os avanços esperados para o futuro breve.

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Avanços do 5G no Brasil

O primeiro ponto abordado com Helio Akira Oyama foi o avanço do 5G no Brasil, que finalmente teve sua liberação "pura" iniciada neste segundo semestre de 2022 após seguidos adiamentos no leilão das frequências e no prazo de implementação. O executivo lembra que o 5G começou no Brasil ainda com o chamado 5G DSS — um agregamento de faixas que entrega velocidades pouco superiores ao 4G na prática —, e que isso foi importante para educar o mercado durante o período de transição para o 5G "puro", além de ajudar na chegada de novos produtos compatíveis com a tecnologia.

Além disso, Oyama aproveita para relembrar que a implementação pós-leilão vem sendo mais rápida do que o esperado, com muitas operadoras entregando cobertura acima das metas estabelecidas como uma forma de se diferenciar e atrair novos consumidores, o que no final das contas beneficia o próprio consumidor.

"O 5G começou com o DSS, que foi importante para começar a educar o mercado, depois veio o lançamento do 5G nas versões de 3,5 GHz. Em termos de introdução está bastante bem, as operadoras têm implementado com uma velocidade maior do que próprio requerimento da Anatel. Várias operadoras têm implementado uma quantidade muito maior de estações por habitante, e isso mostra que o 5G, para as operadoras, tem sido uma grande chance de se diferenciar. Para o usuário final temos duas grandes vantagens, que são a maior velocidade e a latência quase instantânea."— Helio Akira Oyama, Diretor de Desenvolvimento de Negócios na Qualcomm.
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Chegada do 5G a celulares mais baratos

Outro assunto comentado com o executivo da Qualcomm foi a ampliação no acesso ao 5G por meio da chegada de celulares cada vez mais baratos compatíveis com a tecnologia, como o Galaxy M23 5G da Samsung e o Moto G62 da Motorola. Segundo ele, isso já era previsto pela Qualcomm há algum tempo e vinha sendo anunciado a parceiros, enquanto que por parte da própria empresa vem sendo feito um trabalho de popularizar cada vez mais tecnologias que até então ficavam restritas a chipsets mais caros, algo especialmente necessário em mercados emergentes como o Brasil.

"A Qualcomm tem um portfólio bastante completo de processadores Snapdragon para 5G, desde a família 8 até a família 4. A maioria dos mid-high (intermediários premium) já conta com 5G como única opção de venda, algo que praticamente todos os fabricantes estão adotando, e é exatamente isso que a gente previa em um passado recente e já havia comunicado a operadoras e parceiros. A estratégia da Qualcomm de trazer 5G nas famílias 6 e 4 é justamente para democratizar e popularizar o 5G, algo muito importante para os mercados emergentes e, sem dúvida nenhuma, para o mercado brasileiro. Permitir que esses telefones cheguem por um preço mais acessível ao consumidor final para que eles possam aproveitar todos os benefícios que sabemos que o 5G tem a oferecer."— Helio Akira Oyama, Diretor de Desenvolvimento de Negócios na Qualcomm.
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5G na Copa do Mundo do Catar

Sobre a Copa do Mundo do Catar, Helio Oyama acredita que os consumidores serão muito beneficiados pela tecnologia, incluindo tanto aqueles que forem aos estádios quanto quem estiver em outros locais do mundo. Além da óbvia vantagem de assistir vídeos em altíssima resolução sem atrasos, os consumidores também poderão aproveitar de taxas de upload muito maiores, especialmente os que estiverem usando o 5G de ondas milimétricas, podendo assim fazer postagens e vídeos nas mais diversas redes sociais sem se preocupar.

"O consumidor vai ter a possibilidade de assistir vídeos com muito mais qualidade. Grande parte dos smartphones atualmente contam com suporte a vídeos em 4K, e temos alguns processadores (plataformas Snapdragon) em nosso portfólio que suportam inclusive o 8K, e tudo isso vai melhorar ainda mais a experiência. E para aqueles que forem ao estádio assistir presencialmente, especialmente em locais onde o 5G de ondas milimétricas vai permitir uma altíssima capacidade de transmissão de dados, e também alta capacidade de rede, será possível fazer upload de vídeos e compartilhar em redes sociais com o máximo de velocidade, sem gargalo na rede."— Helio Akira Oyama, Diretor de Desenvolvimento de Negócios na Qualcomm.
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Outro ponto destacado é a maior capacidade das redes 5G no que diz respeito a múltiplos usuários e largura de banda, algo especialmente problemático em estádios cuja lotação ultrapassa algumas dezenas de milhares de pessoas. Além de gerenciar um número muito maior de usuários conectados sem problemas, a maior velocidade e menor latência fará com que os "serviços" sejam concluídos mais rapidamente, o que por si só já desafoga a rede — sem falar que até mesmo os usuários do 4G serão beneficiados, já que serão menos aparelhos competindo na mesma frequência.

"É algo similar ao que acontece com uma caixa d'água e um cano. Se você tem 100 litros para escoar e um cano com vazão de 10, você leva 10 segundos, se você tem um cano mais robusto de 50 você leva 2 segundos. É muito mais rápido, e no que é mais rápido você libera aquele recurso para que outro usuário possa aproveitar toda a capacidade. Isso também beneficia a bateria, pois na hora em que você está fazendo o download ele precisa estar com todos os transceptores ligados, onde se impõe o maior gasto de energia. Ao terminar rápido você volta rápido ao estado de standby da rede e o consumo cai."— Helio Akira Oyama, Diretor de Desenvolvimento de Negócios na Qualcomm.

Também é lembrado que a frequência do 5G de 3,5 GHz adotada no Brasil (a chamada n78) está alinhada com o que vem sendo feito em outros países, o que reduz as chances de um celular 5G comprado no Brasil não funcionar no Catar. Porém, é bom lembrar que o 5G de ondas milimétricas — que possui velocidade e capacidade ainda maiores, sendo justamente o tipo mais usado em estádios no exterior — é uma tecnologia ainda restrita a poucos dispositivos e países selecionados.

Segundo Oyama, é apenas uma questão de tempo até que o 5G por ondas milimétricas seja popularizado, devendo coexistir com o 5G de 3,5 GHz e aos poucos ir aumentando a sua área de cobertura para entregar todo o potencial da quinta geração da internet móvel a mais localidades. No Brasil os testes com o 5G de ondas milimétricas vem sendo feito, mas sem previsão de quando estará disponível.

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Por fim, o executivo da Qualcomm pontua que a empresa já teve uma experiência muito bem-sucedida nos Estados Unidos com o Super Bowl, onde a Qualcomm foi uma das convidadas a otimizar a cobertura de rede no evento que teve um público local superior a 70 mil pessoas — e atraiu mais de 100 milhões de espectadores a nível global —, algo similar ao que veremos na Copa do Mundo do Catar. Com isso, as expectativas são as melhores possíveis para que tudo corra bem e o 5G mostre todo o seu potencial como uma parte determinante do evento futebolístico mais importante do mundo.