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Brasil atingiu marca de mais de 122 milhões de internautas em 2020

Por| Editado por Claudio Yuge | 19 de Março de 2021 às 10h49

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Reprodução/freestocks (Unsplash)
Reprodução/freestocks (Unsplash)

O Brasil ultrapassou a marca histórica de mais 122 milhões de cidadãos conectados à internet em 2020 — uma evolução razoável, se levarmos em conta que, em 2016, esse número era de 116,1 milhões. Os novos dados são oriundos do mais recente relatório da ComScore, respeitada empresa de inteligência de mercado conhecida justamente por apurar estatísticas a respeito da taxa de conectividade de países ao redor do globo.

O levantamento aponta que também houve um aumento no tempo gasto na rede: foram 774.205 milhões de minutos de conexão, um possível reflexo da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV2), que forçou os cidadãos a se manterem socialmente isolados e causou uma dependência das plataformas virtuais para comunicação profissional ou familiar. Aliás, 88% desse consumo foi registrado em dispositivos móveis.

O “boom” dos smartphones e tablets não para por aí. A análise mostra que, entre janeiro e dezembro do ano passado, os gadgets portáteis foram a escolha de mais de 105 milhões de consumidores, sendo a preferência (uso exclusivo) entre 72 milhões. O principal motivo para acesso é “entretenimento”, sendo que “games” fica em segundo lugar — novamente, possíveis reflexos do isolamento social causado pela COVID-19.

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“O último ano foi referenciado por muitos especialistas pela crescente aceleração digital. Nos âmbitos social e de negócios, muito do que acreditávamos que estaria acontecendo nos próximos cinco anos, já acontece agora, ou está prestes a acontecer. Com isso em mente, preparamos uma análise abrangente do panorama digital no país para entender o que nos espera no futuro próximo”, afirma Eduardo Carneiro, da Comscore.

Os mais velhos dominam

Em relação ao perfil dos internautas, 51% são homens e 49% são mulheres. Impressiona o fato de que as gerações baby boomer (mais de 45 anos) e millenial (entre 25 e 34 anos) dominam a maior faixa de uso da internet, desmentindo a sensação natural que costumamos ter de que os mais jovens são os mais “antenados” na web.

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Aliás, os baby boomers se destacam pelo forte uso de motores de buscas e serviços financeiros. Com um aumento exponencial no número de fintechs e avanços consideráveis na tecnologia de internet banking, ficou muito mais simples para tal faixa etária realizar movimentações bancárias com o celular. Benefícios como o Auxílio Emergencial também podem ser considerados fatores estimulantes para tal.

Mudanças nos hábitos de uso

Falando especificamente do público adulto, o YouTube se consagrou como a plataforma mais popular, respondendo por 34 milhões de usuários únicos; em seguida temos o Facebook com 39% do tempo consumido e o Instagram com 14% dos minutos de conectividade gastos. O LinkedIn fica logo atrás do trio, com apenas 1%. Geograficamente falando, o sudeste é a região mais conectada (49,8%), seguida pelo nordeste (22,5%), sul (14,9%), centro-oeste (7,7%) e norte (5,1%).

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“Notamos que o comportamento dos consumidores foi bastante impactado pelo distanciamento social. Entre as categorias que os usuários estão consumindo mais tempo, há destaque para search/navigation, que obteve um aumento de 99% de consumidores, influenciado pela busca por informações em um ano pandêmico. Outro ponto de atenção é o crescimento de 54% do segmento de varejo, comprovando a mudança do comportamento do consumidor do físico para o digital”, comenta Carneiro.

Fonte: ComScore