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Uso de assistentes de voz cresceu 47% no Brasil durante pandemia, indica estudo

Por| 07 de Outubro de 2020 às 14h40

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Bence Boros/Unsplash
Bence Boros/Unsplash

Pesquisa realizada pela consultoria Ilumeo revelou que o uso de comandos de voz cresceu 47% entre os brasileiros durante a pandemia, com mais da metade dos entrevistados enxergando um maior valor agregado a aparelhos com a tecnologia. A pesquisa realizada entre março e julho deste ano identificou que os brasileiros associam a tecnologia mais ao Google do que às outras empresas, incluindo Apple e Amazon.

O estudo realizado pela empresa de data science entrevistou 1.100 brasileiros sobre o uso da tecnologia, tanto no celular quanto em outros eletrônicos no cotidiano. O relatório mostra ainda que a maioria dos brasileiros já não se espanta ao ver pessoas utilizando comandos de voz com seus dispositivos, com 63% dos entrevistados respondendo que consideram o ato comum.

Entre os consultados, 48% responderam que utilizam comandos de voz pelo menos uma vez por semana e quase 20% usam a tecnologia diariamente. Além disso, dois terços dos entrevistados responderam que gostariam de usar mais dispositivos com assistentes virtuais a curto prazo.

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Valor agregado

Outra revelação da pesquisa é que mais da metade dos brasileiros acredita que a opção de controle por voz dá mais valor ao aparelho, com 52% dos entrevistados respondendo que estão dispostos a pagar um pouco mais caro por um produto que tenha a tecnologia.

Entre os aparelhos mais citados para trocas nos próximos 12 meses, smartphones e televisores foram mencionados por 58% e 54% dos entrevistados, respectivamente, seguido de smartwatches (37%), computadores (31%) e alto-falantes conectados (27%).

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Curiosamente, ao serem perguntados com quais marcas associam com o termo “assistentes de voz”, os entrevistados citaram majoritariamente o Google, Apple e Amazon, mas se lembraram ainda de empresas como Bradesco e Vivo, que divulgaram o lançamento de suas assistentes em campanhas online e nas mídias tradicionais.

Bem-estar e saúde

Apesar de a pesquisa não ter abordado especificamente questões de saúde — particularmente ansiedade e estresse durante a pandemia — algumas das respostas citaram o tema, tanto física quanto mental.

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“Seria legal se ele auxiliasse na crise de ansiedade, reconhecendo a voz de nervosismo da pessoa e abrindo algo que o acalme” “Para ser um doutor para nosso dia a dia e cuidando da nossa saúde básica” “Programação de vacinas para recém-nascidos”

Outros entrevistados lembraram ainda do potencial das tecnologias de assistentes virtuais em acessibilidade, com menções à possibilidade dos dispositivos ajudarem, por exemplo, pessoas com deficiências visual e física:

“Um aplicativo de transporte que auxiliasse as pessoas cegas ou com baixa visão a pegar o ônibus corretamente” “Para acessibilidade de pessoas com algum tipo de deficiência física”

Espaço para melhorar

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Apesar do aparente otimismo dos consumidores, alguns aspectos negativos foram destacados pelos entrevistados. 43% consideram os aparelhos caros, enquanto pouco mais da metade dos participantes revelaram desconfiança com relação à privacidade — mas apenas 22% afirmaram que consideram isso um impedimento de uso da tecnologia.

Cerca de um terço dos participantes afirmou que o principal impedimento para o uso dos comandos de voz são os erros de interpretação dos comandos. Ao ser consultada pelo Canaltech, a Ilumeo não identificou uma variação expressiva nas respostas de entendimento das assistentes virtuais em diferentes grupos sociais, faixas etárias ou regiões do país, o que indica que não se trata de uma questão de sotaque, repertório linguístico ou sociocultural.

Potencial doméstico

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Além dos eletrônicos, os entrevistados lembraram de outros aparelhos pela casa que gostariam de controlar com comandos de voz. O mais citado foi a iluminação doméstica, com 68% de menções, seguido de ar condicionado/ventilador (64%), eletrodomésticos de cozinha (63%), chuveiros e torneiras (54%) e compras para o lar (50%).

Outro uso desejado foi o dos aplicativos de transporte, como Uber ou 99. A consultoria lembra que os apps já oferecem integração com as assistentes de voz em celulares com os sistemas da Apple e Google, indicando um possível problema de divulgação do recurso.

A Ilumeo destacou que a pesquisa mostra o quanto a tecnologia das assistentes virtuais agrega valor a produtos e serviços aos olhos dos consumidores, mas que ainda há muito espaço para que seu uso cresça. Uma das sugestões da empresa é que as soluções precisam ser voltadas para praticidade e conforto, especialmente porque, diferentemente do que alguns podem pensar, os consumidores brasileiros não enxergam na tecnologia um símbolo de status.