Publicidade

Serviço oferece modelos gerados por IA para publicidade

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 17 de Março de 2023 às 10h49

Link copiado!

Reprodução/Deep Agency
Reprodução/Deep Agency

Uma agência poderá dispensar fotógrafos e modelos para usar apenas figuras criadas por inteligência artificial nas campanhas a partir de agora graças à Deep Agency. Trata-se de um serviço pensado para gerar humanos digitais para divulgar produtos ou serviços para empresas.

O projeto é do desenvolvedor dinamarquês Danny Postma, que explica ter criado uma ferramenta capaz de produzir modelos virtuais com base nas descrições do usuário, ao estilo DALL-E e Midjourney. Quando a pessoa pesquisar por algo como "mulher com blusa preta", o algoritmo vai gerar um personagem usando uma peça de roupa na cor desejada.

Continua após a publicidade

Uma das vantagens é a possibilidade de ser específico na pesquisa. Se o cliente quiser uma campanha com diversidade, é possível descrever as características da roupa e do modelo que a usará.

O resultado é uma imagem realista que pode ser manipulada digitalmente para inserir cenários virtuais e outros elementos. É possível até escolher hora do dia, iluminação, abertura da lente e tipo de câmera usado na captura da imagem — Fujifilm XT3, Canon EOS Mark III ou Sony a7.

Quem quiser pode tirar uma selfie própria e usar o serviço para inserir peças de roupa ou acessórios. Assim, a pessoa decide se aquele estilo fica bem nela antes de gastar dinheiro.

Continua após a publicidade

Agência de modelo de IA

Embora não seja perfeito, o sistema pode despontar como uma alternativa barata para pequenas marcas ou profissionais autônomos. Os custos podem ser muito menores que contratar pessoas de verdade, fotógrafos e acessórios. Isso sem contar no tempo menor gasto na criação de uma campanha.

Continua após a publicidade

Não é muito difícil encontrar críticas à Deep Agency nas redes sociais. A maioria das pessoas reclama da solução, que seria uma forma de oferecer lucro apenas para o desenvolvedor, que usa imagens de pessoas para treinar o modelo, mas sem repassar nada para elas. Há também algumas reflexões de como IAs poderiam causar desemprego no mundo ao substituir profissionais de verdade.

O dilema ético é nítido, mas também é possível que produtos assim sofram com ações na justiça por violação de direitos autorais. Imagine se uma inteligência artificial gerar uma fotografia artística semelhante a uma pessoa de verdade? Ela certamente poderia alegar uso indevido da imagem.

Ontem (16), o Escritório de Direitos Autoriais dos Estados Unidos (Usco) decidiu que imagens produzidas por IA não podem ser protegidas por direitos autorais. Não seria surpresa se empresários investissem em ideias similares para outros nichos, especialmente na área criativa. A polêmica das IAs só está começando no mundo.