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Meta vai lançar IA para criação de anúncios

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 06 de Abril de 2023 às 13h31

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Reprodução/Meta
Reprodução/Meta

A Meta pode liberar em breve uma inteligência artificial capaz de criar anúncios otimizados para as redes sociais. A empresa-mãe do Facebook pretende comercializar essa ferramenta junto da sua IA generativa LLaMA até dezembro de 2023, após a finalização da fase de testes.

A IA poderia melhorar a eficácia de um anúncio informando ao criador quais ferramentas são mais adequadas para a necessidade. O chatbot também ajudaria na produção do texto das legendas e escolheria o público ideal.

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A tecnologia ainda poderia gerar imagens publicitárias e textos a partir de uma única fotografia. Possivelmente, não seria preciso contratar designers e fotógrafos para se fazer um megaensaio, algo com potencial de ajudar especialmente pequenos anunciantes.

Meta confiante em sua IA generativa

As informações são do diretor de tecnologia da Meta, Andrew Bosworth, em entrevista concedida ao site Nikkei, na última quarta-feira (5). O executivo comentou sobre o desenvolvimento das IAs de larga escala, que teria começado em 2013, e dos planos para os próximos meses.

"Temos investido em inteligência artificial por mais de uma década e temos um dos principais institutos de pesquisa do mundo", ressaltou Bosworth.
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O modelo criado pela Meta foi liberado para testes fechados em fevereiro, mas vazou na internet e já foi usado para criação de outras soluções derivadas. De lá para cá, a companhia se manteve em silêncio sobre os planos de comercialização ou uso em suas plataformas.

Segundo o executivo, a tecnologia da Meta está na “vanguarda” das IAs, porque teria sido pioneira.”Acabamos de criar uma nova equipe de IA generativa, alguns meses atrás, e eles estão muito ocupados. É provavelmente a área que estou gastando mais tempo, assim como [o CEO da Meta] Mark Zuckerberg e [o chefe de produto] Chris Cox”, enfatizou.

Publicidade no centro das atenções

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O carro-chefe da Meta na atualidade é a venda de anúncios para Instagram, Facebook e WhatsApp, por isso é natural que a sua primeira frente de atuação seja de onde retira seus lucros. Inclusive, Zuckerberg já tinha avisado que WhatsApp e Messenger ganhariam reforço de IA.

Outra promessa seria usar a tecnologia também para o Metaverso, em uma tentativa de manter a ideia viva em meio a um cenário de descrença do mercado. Bosworth pretende dar toques de utilidade para a IA dentro do ambiente virtual:

“Então, anteriormente, se eu quisesse criar um mundo 3D, precisaria aprender muita computação gráfica e programação. No futuro, você poderá apenas descrever o mundo que deseja criar e ter o modelo de linguagem gerando isso para você. Assim, tornaremos coisas como criação de conteúdo muito mais acessíveis para as pessoas", enalteceu o executivo.

Briga das IAs

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Meta e Google travam uma batalha no mundo das pesquisas de IAs desde o começo da década passada. A empresa de Mark Zuckerberg convidou uma série de especialistas para trabalhar por lá desenvolvendo soluções inteligentes para os serviços. Já o Google incorporou a empresa DeepMind à Alphabet para cuidar exclusivamente das tecnologias inovadoras, que prometeu entregar um concorrente forte do ChatGPT em 2023.

Ambas as companhias foram pegas de surpresa com a movimentação da Microsoft, que investiu centenas de bilhões de dólares na OpenAI, criada por Sam Altman, no desenvolvimento de uma IA produtora de conteúdo. Isso fez com que as duas companhias se tornassem líderes no segmento, o que obviamente colocou Meta e Google em uma saia-justa.

Agora, o desenvolvimento de chatbots e IAs criadoras segue em meio a um cenário incerto, no qual a organização Future of Life solicitou uma pausa até que se criem mecanismos de segurança para os serviços. Obviamente que nenhuma das companhias desejam obter prejuízo após tantos anos de estudo, então é improvável que isso siga adiante.

Bosworth, inclusive, comentou sobre essa questão na entrevista. Ele disse ser importante investir no desenvolvimento responsável e garantiu que a Meta faz isso sempre. “No entanto, é muito difícil interromper o progresso e tomar as decisões corretas sobre quais mudanças você faria. Muitas vezes você tem que entender como a tecnologia evolui antes de saber como protegê-la e torná-la segura. E, portanto, acho que não apenas é irreal, mas também não seria eficaz”, concluiu.

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Fonte: Nikkei